κεφάλαιο 55

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// C A P Í T U L O 55 \\

Na Lista dos Malvados do Papai Noel
• 𖥸 •

– Me avisa quando acabar ‐ Thalia sussurrou.

Seus olhos estavam bem fechados. A estátua segurava os três de modo que não pudéssem cair de nenhum jeito, mas ainda assim Thalia se agarrava entre Rose e o braço do anjo como se fosse a coisa mais importante do mundo. Percy estava quase dormindo de tão tranquilo que estava o voo.

– Tá tudo bem ‐ Rose lhe garantiu, em um sussurro.

– Estamos... estamos muito alto?

Rose olhou para baixo. Embaixo deles, uma cordilheira de montanhas cobertas de neve passou rapidamente. Ela esticou o pé e chutou a neve de um dos picos.

– Não ‐ ela respondeu docemente – Não tão alto.

– Estamos nas Sierras! ‐ gritou Zoë. Ela e Grover pendiam dos braços da outra estátua – Já cacei por aqui. A essa velocidade, estaremos em São Francisco em algumas horas.

– Ei, ei, é Frisco! ‐ disse o anjo segurando Rose, Thalia e Percy – Ô, Chuck! Podíamos visitar aqueles caras no Monumento dos Mecânicos de novo! Eles sabem como se divertir!

– Ah, cara ‐ disse o outro anjo – Tô dentro!

– Vocês já foram a São Francisco? ‐ Percy perguntou.

– Nós autômatos precisamos nos divertir um pouquinho também, né? ‐ replicou a estátua que o segurava – Aqueles mecânicos levaram a gente pro Museu do Jovem, conhecemos umas estátuas de mármore, uma belezinhas, sabe? E...

– Hank! ‐ cortou-o a outra estátua, Chuck – Eles são crianças, mano.

– Ih, é ‐ se estátuas de bronze podem enrubescer, Rose poderia jurar que Hank ficou vermelho – De volta ao voo. As aventuras de vocês são outras.

Eles aceleraram, o que mostrou que os anjos estavam entusiasmados. As montanhas se transformaram em morros, e logo estavam sobrevoando campos cultivados, cidades e estradas. Grover tocava sua flauta para passar o tempo.

Zoë, entediada, começou a disparar flechas em outdoors ao passar por eles. Todas as vezes que via uma loja de departamentos Target –e passaram por dezenas delas– ela acertava algumas flechas na mosca da placa em forma de alvo, a cento e sessenta quilômetros por hora. Rose fez o mesmo algumas vezes, mas logo se entediou e guardou o arco.

Thalia manteve os olhos fechados o tempo todo. Sussurrava para si mesma, como se estivesse rezando. Rose suspirou e se aconchegou nela.

– Ei... ‐ a loira sussurrou – Tá tudo bem.

– E‐eu sei...

– Você foi bem lá na represa ‐ Rose disse suavemente – Zeus te ouviu.

Era difícil dizer o que ela estava pensando com os olhos fechados, mas pareceu relaxar um pouco com a voz de Rose.

– Talvez ‐ ela respondeu, seu tom igualmente baixo – Como foi que vocês conseguiram fugir dos esqueletos na sala dos geradores, aliás? Percy disse que eles encurralaram vocês.

Rose olhou pro lado, Percy estava apagado nos braços do anjo de bronze, então ela contou para Thalia sobre a estranha mortal, Rachel Elizabeth Dare, que parecia capaz de ver através da Névoa.

– Alguns mortais são assim ‐ disse ela – Ninguém sabe por quê.

De repente, ocorreu a Rose algo em que nunca havia pensado. Seu pai e Sally eram assim. Seu pai viu o Cocatriz anos atrás e soube exatamente do que se tratava. E Sally não ficou nem um pouco surpresa no último verão quando lhe contaram que Tyson era na verdade um ciclope. Talvez ela soubesse o tempo todo.

ÁGAPE || Clarisse La RueOnde histórias criam vida. Descubra agora