κεφάλαιο 46

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// C A P Í T U L O  46 \\

Mamãe
• 𖥸 •

Na enfermaria, Rose havia deixado sua irmã, Milla, examinar seu tórax.

– Olha, eu não tô vendo nada de errado... ‐ disse Milla.

A garota gordinha de pouca altura, tinha cabelos loiros mel e olhos verdes, estava entre os melhores curandeiros do acampamento. Se ela dizia que não tinha nada errado, Rose acreditava.

– Tipo, uma descarga elétrica daquelas deveria ter te fritado ‐ ela continuou – Mas, sério, tá tudo bem.

– Ah, que bom então... ‐ Rose suspirou um tanto aliviada – Obrigada

Milla sorriu e entregou uma camiseta do acampamento para Rose vestir, já que a dela havia queimado. Rose agradeceu novamente e vestiu a camiseta, então sentou na cama por um momento, ainda processando tudo o que tinha acontecido durante o jogo de captura da bandeira.

– Aquilo foi bem... sinistro ‐ Milla comentou.

– Qual parte? ‐ Rose ironizou – Percy e Thalia quase se matando ou a múmia que saiu pra dar uma voltinha na neve?

– Você... ‐ Milla respondeu meio sem graça – É normal alguns filhos de Apolo brilharem um pouco, mas aquilo... você parecia até um sol, se lá.

Rose sorriu um pouco nervosa, ela não fazia ideia de como responder aquilo. Só então passou pela sua mente que ela não sabia como seus irmãos iriam reagir quando descobrissem, embora ninguém tenha parecido se importar quando foi anunciado que ela era a herdeira de Apolo –muitos campistas tinham opiniões negativas sobre isso, e ela nem os culpá-los por ficarem ressentidos, os deuses não eram o melhor exemplo de paternidade presente, dar uma "regalia" a um filho e não ao outros parecia injusto–, mas ela não sabia se seus irmãos continuariam tranquilos quanto à isso quando descobrissem que Rose não era herdeira de um só deus, mas de dois deuses.

De toda forma, Rose não precisou responder, pois a porta a enfermaria foi aberta numa batida, Rose e Milla foram pegas de surpresa, mas mais surpresa ainda ficou Rose quando Vinci entrou e pulou em cima dela. O garoto ainda usava seu peitoral de bronze, então não foi o mais confortável dos abraços.

– Amiga, você tá bem? Tá machucada?

– Ai... se antes eu não tava, agora eu tô.

Vinci se afastou, rindo um pouco, mas o alívio em seu rosto era evidente.

– Quando eu soube, eu vim correndo. Eu tava com o grupo da Silena, então perdi toda a fofoca. Pena.

Rose sorriu arqueando uma sobrancelha.

– Achei que tava preocupado comigo.

– Isso também ‐ ele abriu um sorriso zombeteiro.

Rose negou, só então vendo Diane logo atrás de Vinci.

– Dee! ‐ Rose exclamou, feliz em ver a amiga depois de tantos meses.

Diane sorriu minimamente, e rapidamente se aproximou para abraçá-la de forma breve e cuidosa.

– Bom te ver ‐ Diane disse um tanto baixo, olhando para loira como se sentisse mais dor do que ela quando levou uma descarga elétrica.

Rose franziu o cenho.

– Ei, Dee‐Dee, eu tô bem ‐ ela disse sorrindo levemente.

– Eu sei ‐ Diane se afastou como se mal pudesse suportar o toque de Rose.

ÁGAPE || Clarisse La RueOnde histórias criam vida. Descubra agora