κεφάλαιο 62

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// C A P Í T U L O  62 \\

“ Audiência

• 𖥸 •

Nada melhor que um longo percurso de táxi em um silêncio mortal para fechar uma manhã perfeita!

No banco de trás do carro estavam Rose, Percy e Annabeth, respectivamente, Ulric estava no colo de Rose em forma de lobo, em um tamanho muito menor que o de costume –ele podia escolher, podendo ficar do tamanho de um carro ou o tamanho de um cão de médio porte–, ele odiava carros e estar dentro de um era ainda pior, mas estar nos braços de Rose era calmante.

Rose falou um pouco com Annabeth, explicou a situação com as vampiras líderes de torcida e acabou comentando sobre como conheceu Ulric. Annabeth não sabia sobre a experiência de Rose com Ártemis, aquela era a primeira vez que se falavam desde o último ano.

Percy tentou conversar com Annabeth também, mas ela estava agindo um pouco indiferente. Tudo o que conseguiu arrancar dela foi que tivera uma primavera infestada de monstros em São Francisco; que havia voltado ao acampamento duas vezes depois do Natal, mas não quis dizer o motivo; e que nada soubera sobre o paradeiro de Nico di Angelo.

— Alguma notícia de Luke? ‐ Percy perguntou.

Ela sacudiu a cabeça. Sabiam que esse era um assunto delicado para ela. Annabeth sempre admirou Luke, ele já fora como seu irmão mais velho, cuidou dela, então a traiu e se uniu ao maléfico Senhor Titã, Cronos. Ela não admitia, mas sabiam que ela ainda se importava com ele, algo que, no fundo, irritava Percy, mas Rose só conseguia se sentir triste por ela.

— O Monte Tam continua infestado de monstros ‐ disse Annabeth — Não tive coragem de me aproximar, mas não creio que Luke esteja lá. Acho que eu saberia se ele estivesse.

— E o Grover? ‐ Rose perguntou.

— Está no acampamento ‐ disse ela, simplesmente — Vamos ver ele hoje.

— Ele teve alguma sorte com procura de Pã?

Annabeth mexia nas contas de seu colar, como sempre fazia quando estava preocupada.

— Vocês vão ver ‐ disse ela. Mas não explicou.

Enquanto atravessavam o Brooklyn, usaram o telefone de Annabeth para ligar para sua mãe. Os meios-sangues evitavam usar celulares, pois transmitir sua voz era como enviar um sinal luminoso para os monstros implorando para ser atacado. Mas Rose e Percy acharam que fazer essa ligação era importante. Deixaram uma mensagem no correio de voz de casa, tentando explicar o que aconteceu na Goode e afirmaram que estava tudo bem, que ela não deveria se preocupar, mas que ficariam no acampamento até a situação esfriar. Mais que tudo, pediram a ela que pedisse desculpas a Paul Blofis por eles.

— Ela vai entender ‐ disse Annabeth, assim que Percy lhe devolveu o celular.

— É... ‐ Rose suspirou, afagando o pelo de Ulric, que estava como um filhote de lobo em seu colo — Não podemos evitar essas coisas. Infelizmente.

— O seu amigo ‐ Annabeth começou, olhando o lobinho avermelhado — Sabe quem é o pai ou mãe dele?

Ulric fez um barulhinho, um uivo de filhote.

— Ainda não ‐ Rose respondeu tranquila.

— Nunca vi nenhum de nós com habilidades assim, não sem usar algum objeto mágico.

— Ah, essas coisas não são exatas, eu mesma tenho habilidades que meus irmãos não tem.

Annabeth assentiu, desviando seu olhar para a janela do carro. A viagem seguiu em completo silêncio depois disso. A cidade foi ficando para trás, até que saíram da via expressa, atravessando a área rural no norte de Long Island, passando por pomares, vinícolas e barracas de produtos frescos.

ÁGAPE || Clarisse La RueOnde histórias criam vida. Descubra agora