κεφάλαιο 59

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// C A P Í T U L O  59 \\

Isso Não é Uma Despedida
• 𖥸 •

Existem festas, existem festas enormes, espetaculares, estrondosas. E existem também as festas olimpianas. Rose tinha que dar o braço à torcer, os deuses realmente sabiam dar boas festas.

As Nove Musas deram início à música, a canção era aquela que os convidados queriam que fosse em suas mentes. Os deuses podiam ouvir música clássica e os jovens semideuses, pop ou outra coisa qualquer, eram todas a mesma trilha sonora. Não havia brigas. Nenhuma disputa para mudar a música. Somente pedidos para aumentar o volume.

Dionísio circulava, fazendo surgir do chão mesas de comes e bebes, acompanhado por uma bela mulher, que andava de braços dados com ele –sua esposa, Ariadne–, o deus do vinho parecia feliz pela primeira vez.

Néctar e ambrosia transbordavam de fontes de ouro, e travessas de tira-gostos mortais lotavam as mesas de banquete. Taças de ouro se enchiam com a bebida desejada. Grover trotava de um lado para o outro, com um prato repleto de latas e enchiladas, a taça cheia de café com espuma de leite de amêndoas, e ele seguia murmurando acima dela, como um encantamento: "Pã! Pã!"

Os deuses iam a todo o momento dar parabéns aos heróis. Felizmente, haviam se reduzido ao tamanho humano, para que não esmagassem acidentalmente os convidados da festa. Hermes começou a conversar com os loiros, ele estava tão alegre que eles não tiveram coragem de dizer o que havia acontecido com seu filho, Luke. Mas, antes que pudessem reunir a coragem, Hermes recebeu uma ligação em seu caduceu e se afastou.

Apolo se aproximou todo saltitante e disse para Rose que ela podia guiar sua carruagem do sol a qualquer hora, e ofereceu aulas de arco e flecha para Percy.

– Obrigado ‐ disse Percy – Mas, é sério, não sou nada bom com arco e flecha.

– Sim, temos alguns campistas furados de prova ‐ Rose deu risada, recebendo um empurrãozinho de Percy em troca.

– Ah, bobagem ‐ disse o deus sol, fazendo um gesto vago com a mão – Vamos os três praticar tiro ao alvo enquanto sobrevoamos os Estados Unidos, que tal? Não existe diversão melhor!

– Só se você puder consertar os estragos depois ‐ Percy respondeu, encolhendo os ombros.

Apolo deu risada.

– Ei, pai... ‐ Rose chamou um pouco mais séria – Estamos com um alvo nas costas, não é?

– Ah, querida, vocês sempre estiveram ‐ ele respondeu tentando soar descontraído, mas Rose notou o leve pesar em seus olhos cor de céu – Mas os outros deuses iriam saber em breve, se o inimigo já sabia... mas, não se preocupem com os deuses. Ofender a mim e Poseidon, e ainda ofender ao Rei? Eles não fariam isso.

Então uma voz masculina disse atrás de Percy e Rose:

– Não vou me decepcionar nesse plano, espero.

Eles se viraram, dando de cara com Poseidon sorrindo para eles.

– Pai... oi ‐ Percy respondeu, levemente intimidado.

– Olá, Percy. Você se saiu muito bem.

Percy ficou corado e desconcertado. Quer dizer, era bom ter reconhecimento, mas ele sabia o quanto seu pai havia se arriscado –desde a primeira vez–, empenhando sua palavra por sua causa. Teria sido muito mais fácil deixar que os outros o desintegrassem.

Rose olhou para Apolo, se perguntando se deveriam dar privacidade aos dois para uma conversa de pai e filho.

– E você, Rosalind... Rose ‐ disse Poseidon, ela imediatamente o olhou – Obrigado.

ÁGAPE || Clarisse La RueOnde histórias criam vida. Descubra agora