// C A P Í T U L O 52 \\
“ Sabe Qual o Animal Que Não Vale Nada? ”
• 𖥸 •No fim da linha, todos desceram, seguindo adiante até chegar aos limites de uma pequena estação de esqui aninhada nas montanhas. A placa dizia: Bem-vindos a Cloudcroft, Novo México.
O ar era frio e rarefeito. Nos telhados das cabanas, a neve se acumulava, e montes de neve suja se erguiam em ambos os lados das ruas. Pinheiros altos sombeavam-se acima do vale, lançando sombras escuras, embora a manhã fosse de sol.
Rose, mesmo com sua "descendência solar", estava congelando no momento em que chegaram à Main Street, que ficava a cerca de meia hora da linha férrea. Enquanto caminhavam, Rose contou sobre sua conversa com Apolo, pedindo descrição sobre isso, não queria que seu pai ficasse encrencado. E contou também que ele lhe disse que procurassem Nereu em São Francisco.
Grover pareceu inquieto.
– Isso é bom, eu acho ‐ ele disse, pensativo – Mas primeiro temos de chegar lá.
Rose se demonstrou otimista, mesmo com suas chances, que eram bem desanimadoras. Teriam que salvar Ártemis a tempo de ela participar do conselho de deuses. O General dissera que Annabeth só seria mantida viva até o solstício de inverno, e ele mencionara algo sobre um sacrifício. O que não devia ser nada bom.
Eles pararam no meio da cidade. Dava praticamente para ver tudo dali: uma escola, algumas lojas e cafés para turistas, alguns chalés de esqui e um armazém.
– Ótimo ‐ disse Thalia, olhando à volta – Nada de rodoviária. Nada de táxi. Nada de aluguel de carros. Nenhuma saída.
– Tem um café! ‐ exclamou Grover.
– Sim ‐ disse Zoë – Café é bom.
– E pãezinhos ‐ completou Grover, sonhador – E papel encerado.
Thalia suspirou assentindo em concordância. Rose deu uma risadinha.
– Vamos fazer assim, Zoë e eu vamos comprar comida e vocês dão uma olhada na cidade ‐ Rose sugeriu – Talvez alguém possa dar informações.
Todos concordaram e eles combinaram de se encontrar na frente do armazém.
Só depois de ter sugerido aquilo foi que Rose notou que estaria tecnicamente sozinha com Zoë. Ela nunca tinha falado apenas com a garota, isso junto ao seu estranho sonho a deixou confusa, mas tentou não demonstrar.
O café era bem aconchegante, tinha uma decoração meio rústica, com mesas de madeira e cadeiras confortáveis. O aroma de café recém-torrado pairava no ar, misturado com o cheiro reconfortante de pães frescos. Além delas e do balconista, havia um casal de idosos tomando café em uma mesa afastada e uma mulher em outra mesa, trabalhando em um notebook.
Elas se aproximaram do balcão e o rapaz, que não deveria ter mais de vinte e poucos anos, sorriu simpático. Ele era alto e robusto, com bochechas fofas e olhos castanhos muito doces.
– Bom dia, moças ‐ ele tinha um sotaque sulista, falava como um cowboy – Posso ajudar?
Zoë permaneceu calada, apesar da expressão mais agradável, Rose interpretou que os pedidos seriam por sua conta.
– Bom dia! ‐ Rose sorriu de forma ensolarada – Vamos querer três chocolates quentes, um café com leite de amêndoas, um café preto com dose extra de açúcar e... ‐ ela olhou para Zoë como se tentasse adivinhar – Um café da casa simples, mas bem forte?
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ÁGAPE || Clarisse La Rue
Fiksi Penggemar[5 temporadas completas] Ágape, "αγάπη", significa amor. Aquele amor incondicional, que se doa e se entrega. O amor em várias formas. Rose não queria ser uma semideusa, mas escolheu aceitar essa realidade quando perdeu quem mais amava e quando jurou...