κεφάλαιο 68

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// C A P Í T U L O  68 \\

O Pior Pesadelo dos Ciclopes "
• 𖥸 •

A boa notícia: o túnel da esquerda era reto, sem qualquer ramificação lateral, desvio ou curva. A má notícia: não tinha saída.

Depois de correr por pelo menos cem metros, o grupo deu de cara com uma pedra enorme bloqueando completamente seu caminho. Atrás deles, os sons de passos arrastando-se e da respiração pesada ecoavam pelo corredor. Algo –indiscutivelmente não humano– estava em seu encalço.

— Tyson ‐ Percy chamou — Você pode...

— Sim! ‐ ele jogou o ombro contra a pedra com tanta força que o túnel todo tremeu. Fios de poeira caíram do teto de pedra.

— Depressa! ‐ disse Grover — Não traga o teto abaixo, mas se apresse!

A pedra finalmente cedeu, com um rangido horrível. Tyson a empurrou para dentro de uma sala pequena onde entraram correndo.

— Feche a entrada! ‐ pediu Annabeth.

Do outro lado da pedra todos empurraram. O que quer que estivesse os perseguindo, uivou, frustrado, enquanto forçavam a pedra de volta ao lugar, vedando o corredor.

— Acho que prendemos... o que quer que tenha sido isso ‐ Clarisse respirou fundo, se apoiando na pedra.

— Segurança finalmente ‐ Grover suspirou,  aliviado.

Rose gostaria muito de concordar com ele, mas o inconfundível zumbindo em seus ouvidos lhe diziam o contrário.

— Acho que não ‐ a loira murmurou.

Todos se viraram para olhar ao redor. Estavam em uma sala de cimento de menos de dois metros quadrados e a parede oposta era feita de barras de metal. Uma cela.

— Que merda... ‐ Clarisse puxava com força as barras, que nem se moveram.

Rose "apagou" para não chamar atenção e se aproximou das grades com os outros. Pelas frestas podiam ver uma sequência de celas em formação circular em torno de um pátio escuro. Pelo menos três andares de portas e passarelas de metal.

— É uma prisão ‐ disse Percy.

— Sempre soube que iríamos parar em uma algum dia ‐ Rose ironizou, analisando as barras — Talvez Tyson possa quebrar...

— Espera ‐ pediu Grover — Tão escutando?

Em algum ponto acima deles, soluços profundos ecoavam pela edificação. Havia também uma voz áspera murmurando algo incompreensível, as palavras eram estranhas, como pedras sacudidas em uma coqueteleira.

— Que língua é essa? ‐ Rose sussurrou.

Os olhos de Tyson se arregalaram.

— Não pode ser ‐ disse ele.

— O quê? ‐ Percy perguntou.

Tyson agarrou duas barras da porta da  cela onde estavam e as entortou, abrindo‐as o suficiente para que até um ciclope passasse.

— Espera! ‐ pediu Grover.

Mas Tyson não estava disposto a esperar. Os outros correram atrás dele. A prisão era escura, apenas umas poucas lâmpadas fluorescentes às vezes brilhavam no teto.

— Eu conheço este lugar ‐ disse Annabeth — Estamos Alcatraz.

— Aquela ilha perto de São Francisco? ‐ Percy perguntou.

ÁGAPE || Clarisse La RueOnde histórias criam vida. Descubra agora