ÁGAPE || Clarisse La Rue

κεφάλαιο 95

// C A P Í T U L O 95 \\

" Como Nós Velhos Tempos "
• 𖥸 •

Felizmente, Blackjack e Aurus estavam de serviço, já que os três semideuses tinham certa pressa. Percy deu seu melhor assovio de chamar táxi e poucos minutos depois duas formas escuras descreviam círculos no céu. A princípio pareciam falcões, mas enquanto desciam foi fácil distinguir as longas pernas galopantes dos pégasos.

"Opa, chefinhos!" Blackjack pousou com um trote.

"Milady! Senti sua falta." Aurus pousou logo após Blackjack e correu para Rose. "Você está belíssima."

Rose já estava trajando sua armadura. O peitoral dourado junto ao mando branco e a tiara de louros prateados a faziam parecer uma deusa.

— Ei, Auri - Rose afagou o focinho do pégaso branco — Obrigada.

"Caras," Blackjack se sacudiu "pensei que aqueles deuses do vento fossem nos mandar lá para a Pensilvânia, até que eu disse que estávamos com vocês!"

— Obrigado por virem - disse Percy — Ei, por falar nisso, por que os pégasos galopam enquanto voam?

Blackjack relinchou.

"Por que os humanos balançam os braços enquanto andam? Sei lá, chefe. Fazemos isso naturalmente."

"Não seja ignorante." Aurus o repreendeu. "Fazemos isso para ajustar nossa coordenação durante o voo. Como os lemes dos barcos."

"Tá, tá, sabe tudo." Blackjack bufou. "Para onde vamos?"

— Precisamos ir para a Ponte de Williamsburg - disse Rose — Aurus, você pode levar a Annabeth? Eu posso voar.

"Como quiser, milady."

Blackjack abaixou o pescoço.

"Sobrevoamos a ponte a caminho daqui, e a situação não é nada boa mesmo. Subam!"

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Eles viram a batalha antes de estar perto o suficiente para identificar os lutadores. Já passava muito da meia-noite, mas a claridade na ponte era intensa. Carros queimavam. Arcos de fogo se desenhavam em ambas as direções à medida que espadas e flechas chamejantes cruzavam o ar. Se aproximaram voando baixo, e viram os campistas de Apolo recuando. Eles se escondiam atrás de automóveis e emboscavam o exército que se aproximava, disparando flechas explosivas e largando estrepes pelo caminho, montando barricadas de fogo onde quer que pudessem, tirando dos carros motoristas desacordados para deixá-los em um local seguro. Mas o inimigo continuava avançando.

Toda uma falange de dracaenae marchava na vanguarda, os escudos colados uns aos outros, as setas das lanças despontando no alto. Vez ou outra uma flecha atingia o tronco de cobra de uma delas, um pescoço ou uma fenda na armadura, e a mulher cobra se desintegrava, mas a maioria dos disparos de Apolo ricocheteava na parede de escudos sem oferecer perigo. Cerca de uma centena de monstros marchava atrás delas. De vez em quando, cães infernais saltavam para a linha de frente. A maioria era destruída pelas flechas, mas um deles conseguiu abocanhar um campista de Apolo e o arrastou para longe.

Nesse momento, Rose não esperou mais nem um segundo, descendo em um rasante na direção da ponte, o brilho prata ao redor de seu corpo a fez parecer uma estrela cadente. Ela pousou em cima do cão infernal que arrasava seu irmão, afundando diversas flechas em suas costas e transformando em pó.

— Derek! - Rose chamou ao reconhecer o garoto.

Derek estava estava com um ferimento bem feito no braço, fora todos os arranhões e hematomas. A noite realmente não favorecia muito os filhos de Apolo. Mas ele se levantou com um sorriso no rosto.