ÁGAPE || Clarisse La Rue

κεφάλαιο 48

Uma sexta-feira muito santa pra todos vocês, filhos!
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// C A P Í T U L O 48 \\

“ Orgulho das Princesas Disney ”
• 𖥸 •

Aurus e Blackjack deram uma carona ao irmãos sobrevoando a praia. A frustração por terem sido acordados até passou, poucas coisas se comparavam com montar um cavalo alado, roçando a superfície das ondas a mais de 150 quilômetros por hora com o vento nos cabelos e o borrifo do mar no rosto.

"Pare, é aqui!", Aurus reduziu a velocidade e traçou um arco no céu.

"Isso mesmo!", disse Blackjack. "Agora é só descer reto."

– Obrigado ‐ disse Percy – Rose, tá pronta?

– Sim ‐ ela respirou fundo – Obrigada, garotos.

Percy e Rose deram as mãos e pularam para mergulhar no mar gelado. Nos últimos dois anos, não só Percy como Rose também ganhara mais confiança em fazer proezas como essa. Separados, eles tinham habilidades incríveis, mas juntos eram praticamente imbatíveis. Percy podia se mover e mover qualquer um como quisesse debaixo da água, simplesmente ao determinar que as correntes oceânicas mudassem à sua volta. Ele podia respirar debaixo da água e suas roupas nunca se molhavam, a menos que ele quisesse.

Rose não podia respirar debaixo da água, obviamente, mas Percy podia criar uma espécie vácuo ou bolha ao redor dela, assim ela poderia falar, respirar e não se molharia, nem seria afetada pela pressão. Se estava muito escuro, não havia problema, Rose podia se tornar um farol, depois de dois anos finalmente descobriu que a maioria dos filhos de Apolo literalmente brilhavam no escuro, ela também podia se guiar pelo som, como um golfinho.

Então mergulharam nas profundezas. Cinco, dez, quinze metros. A pressão não era desconfortável. E ao se aproximar do fundo, viram três cavalos-marinhos (hipocampos) nadando em círculo em torno de um barco emborcado. Os cavalos marinhos eram lindos de se ver. Seus rabos de peixe tremeluziam com as cores do arco-íris, brilhando fosforescentes. E com o brilho de Rose, eram mais lindos ainda.

Eles galopavam pela água da maneira como cavalos nervosos faziam numa tempestade. Algo os estava aborrecendo. Os loiros chegaram chegaram mais perto e viram o problema. Uma forma escura, algum animal, tinha metade do corpo presa sob o barco e emaranhada em uma rede de pesca, uma daquelas redes enormes que se usam em traineiras para pegar tudo de uma vez só.

Rose odiava aquelas coisas, Percy ainda mais. Já era ruim demais o fato de afogarem botos e golfinhos, mas, de vez em quando, também apanhavam animais mitológicos. Quando as redes se emaranhavam, alguns pescadores preguiçosos simplesmente as cortavam e deixavam os animais presos ali morrerem.

Parecia que aquela pobre criatura estivera chafurdando no fundo do estreito de Long Island e, de alguma forma, se embaraçara na rede do barco de pesca naufragado. Tinha tentado se soltar, mas conseguira apenas ficar ainda mais enredada, fazendo o barco deslocar-se. Agora os destroços do casco, que se apoiava em uma pedra grande, oscilavam e ameaçavam desabar sobre o animal emaranhado.

Os cavalos-marinhos nadavam ao redor do barco freneticamente, querendo ajudar, mas sem saber como. Um tentava cortar a rede com os dentes, mas os dentes dos cavalos-marinhos não foram feitos para cortar corda.

Rose olhou para Percy que olhava pros cavalos-marinhos, provavelmente falando com eles.

– Acho que dá pra você cortar a rede ‐ Rose falou, sua voz saiu quase que como um gargarejo, afinal estava falando debaixo d'água.