κεφάλαιο 49

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// C A P Í T U L O 49 \\

" O General "
• 𖥸 •

Rose gostaria muito (muito mesmo), que alguém tivesse avisado que o maior desafio daquela missão não seria a pressão de ter resgatar a deusa Ártemis antes do solstício de inverno, não seriam os monstros e nem o terrível trânsito de Nova York. Seu maior desafio estava sendo ficar em um carro com Thalia e Zoë.

Já faziam algumas horas que haviam deixado o acampamento. A manhã já ia pelo meio quando chegaram à Manhattan. O trânsito de Nova York realmente não era bom, mas com a neve deixando as estradas escorregadias e a aproximação dos feriados de fim de ano, o trânsito estava um caos.

E dentro da van estava pior. Enquanto Zoë dirigia tal qual uma motorista de fuga, Bianca estava ao seu lado, tranquila, com um mapa em mãos. E no banco de trás da van estavam Thalia, Rose e Grover, respectivamente.

Passando pelo Túnel Lincoln, Thalia alfinetava Zoë pela milésima vez sobre sua direção e Grover tocava sua flauta de junco com a tal canção de rastreador, não era a melhor coisa de se ouvir. E no meio disso tudo, Rose, com mil coisas em sua mente.

Rose tentou manter a calma e se concentrar em sua respiração enquanto o caos reinava dentro da van. Thalia e Zoë começaram sua quinta discussão sobre a rota a seguir, enquanto Grover ainda tocava sua flauta, o que começava a incomodar um pouco os ouvidos de Rose.

Ela tentou desviar sua mente para questões mais importantes, como a missão em si e como eles iriam resgatar Ártemis a tempo e achar Annabeth. No entanto, a cacofonia dentro do veículo tornava difícil se concentrar em qualquer coisa.

– Pelos deuses! ‐ Rose exclamou, elevando a voz para ser ouvida acima do barulho – Será que dá pra vocês pararem? Thalia, a gente mal entrou em Manhattan! Zoë, isso aqui não é o Need for Speed, vai mais devagar! E, Grover, por tudo que é mais sagrado, vai demorar pra terminar esse feitiço? Porque os meus tímpanos vão com Zeus daqui a pouco!

O interior da van ficou momentaneamente em silêncio após a explosão de Rose. Zoë se calou, Thalia e Grover se entreolharam, claramente surpresos com a reação da loira. O sátiro parou de tocar sua flauta, olhando para Rose com uma expressão mista de vergonha e preocupação, já que ela normalmente não estourava daquele jeito.

– Desculpa aí, Rose... ‐ Thalia murmurou, parecendo um pouco envergonhada.

– Eu... uh, é ‐ Zoë murmurou, reduzindo um pouco (bem pouco) a velocidade da van.

– Tudo bem, tudo bem... ‐ Rose respirou fundo e contou até sete mentalmente – Desculpa também... eu me exaltei, mas por favor, vamos seguir em paz ao menos até a próxima parada.

Todos concordam e o silêncio reinou por uns cinco minutos até saírem do túnel.

– Ah, gente ‐ Grover se pronunciou – Eu terminei o feitiço e, bem, a melhor rota é seguindo pelo sul.

– Sul? ‐ Zoë questionou – Tende certeza?

– S‐sim, é o caminho mais rápido e seguro para chegarmos ao nosso destino.

Rose, que confiava nas habilidades de rastreamento do sátiro, assentiu em concordância.

– Confio em você, Grover. Vamos seguir pelo sul, Zoë ‐ disse ela, olhando para a Caçadora pelo retrovisor.

Zoë parecia um pouco relutante, mas acabou concordando com um aceno de cabeça.

– Tudo bem, pro sul.

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A paz dentro do carro não durou muito, mas pelo menos as trocas de farpa entre Thalia e Zoë estavam acontecendo de forma mais espaçada e sem brigas, o que Rose considerou uma vitória.

ÁGAPE || Clarisse La RueOnde histórias criam vida. Descubra agora