CAPÍTULO 9: DECLARAÇÕES💫

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Eu entendia o motivo da reação deles, mas podiam ter disfarçado mais. Porém conseguiram manter a calma e não houve desentendimentos... Foram logo pros abraços;
--Amigo, que bom que finalmente saiu. (Bella)
--Nem fale amiga.
--Planejamos essa recepção toda pra você, esperamos que goste. (João)
--Claro que eu gostei, eu amei.
Abracei ele com muita alegria, depois abracei cada um dos meus amigos queridos que estavam lá. Em seguida, Levy entrou pela porta com as irmãs dele;
--Demoramos um pouquinho. (Levy)
--Tá tudo bem Levy, fica a vontade.
--Quem é esse ai Espurr? (Dylan)
--Ele é o filho do médico que cuidou de mim e do Edward, Levy.
--Que gato. (Bella)
--Para de ser atirada Bella, você acabou de conhecê-lo. (Clarice)
--Parem de discutir as duas, vamos curtir essa bela recepção juntos. (Álice)
Começaram a se servir e a jogar os jogos que trouxeram. Nos divertimos muito, porém vi Edward e Levy meio envergonhados, então tomei uma atitude meio inusitada;
--Gente atenção, essas são as irmãs do Levy, Luna e Elisa... Tratem elas muito bem, são minhas convidadas especiais de hoje.
Elas ficaram meio vermelhas, mas começaram a se enturmar. Fiquei entretido com o Denver, mas eis que senti uma mão me cutucando;
--Acho que não é uma boa ideia eu ficar aqui.
--Deixa de ser bobo Edward, venha vou te mostrar seu quarto.
Fomos pro segundo andar, porém enquanto subíamos, senti os olhares fulminantes dos meus amigos por ele estar ali entre nós.  Chegamos ao quarto que eu pedi ao João para preparar a ele, estava bem organizado do jeitinho que eu pedi;
--Que quarto legal, quem dorme aqui?
--Agora você .
--Tem certeza que não vai dar ruim eu ficar aqui?
--Não cara relaxa, arruma suas coisas ai e tem roupas no closet se precisar.
--Porque?
--Pra você não andar nu?
--Não, porque está me ajudando?
--Ué, porque sim.
--Simplesmente isso?
--Sim, não tem um motivo em particular.
Saí e deixei ele se acomodando, mas quando eu viro o corredor, fico cara a cara com Cris;
--Estava te procurando, podemos conversar?
--Claro, vem comigo.
Fomos pro meu quarto;
--Sente-se.
--Olha Espurr, eu meio que bom... Exagerei no hospital. Me desculpa, mas eu fiquei cego.
--Pude perceber, só não sei o porque disso.
--Eu também não sabia, mas agora eu creio que sei. Olha faz um tempo que...
--Antes de você dizer o que tem a dizer, espero que não fique chateado ainda mais pelo fato do Edward estar aqui.
--Ah não, isso é ..  Espera o que? Como assim aqui? Aqui onde?
--Aqui em casa ora.
--Você o trouxe pra cá com você?
--Sim eu trouxe.
--Porque? Por acaso esqueceu as coisas que ele já te fez?
--Deus ensinou a perdoar Cris, e ele não tinha ninguém para cuidar dele nesses tempos que ele precisa de cuidados por causa da operação no estômago. Não sou uma pessoa má, eu não ia deixá-lo lá.
--Espurr eu sei que seu coração é bom, mas colocar esse cara na sua casa , isso é fora do normal. Ele não te suporta.
--Engano seu, estamos até que tranquilos um com o outro agora.
--Não vai me dizer que virou amigo dele?
--Não é bem isso, mas se continuar assim, quem sabe não viramos amigos. 
--Como assim?
--Quando fugimos do hospital, tivemos uma conversa bem séria e justa. Ele se abriu comigo e contou o motivo por tanto me odiar.
--Que motivo faria ele te odiar?
--Ciúme.
--Ciúme?
--Ele tem ciúmes de você... Na verdade ele não suporta a ideia de que você tenha me perdoado pelo que fiz.
--Espurr, eu não tive o que perdoar, porque você não me fez nada.
--Eu fiz sim, não foi culpa minha, mas fiz... No entanto ele pareceu me compreender. Diria até que ficamos menos inimigos, até dormimos juntos.
--Como é ? Como assim dormiram juntos?
--Calma, não nesse sentido ne Cris... Apenas dormimos no mesmo quarto. Ele estava mal por conta do que conversamos.
--E que assunto foi esse que o fez ficar mal?
--Ele me contou sobre a morte da mãe dele... Sobre como o pai dele o trata desde então. Eu não queria que ele dormisse sozinho pensando nisso, então deixei ele dormir comigo. Porém foi só isso, sério.
--Espurr, não que eu achei isso ruim, só tome cuidado com o Edward, ele não é exatamente uma pessoa má, mas...
--Mas?
--Tenho receio que ele ainda tente algo contra você.
--Não tenha, ele não fará isso eu tenho certeza. Só não garanto dele se tornar uma boa pessoa por completo.
--Isso eu já sabia.(riso)
Ficamos nos olhando por um tempo... Eu estava indeciso se falava ou não falava,  mas afinal qual seria a reação dele? E se ele dissesse que eu estaria ficando louco de passar isso de uma amizade a um... Um...ai não consigo nem dizer o nome;
--Espurr antes de eu dizer algo que está me atormentando, quero saber o que há exatamente entre você e o G.
--Só uma amizade Cris, eu te disse isso.
--Essa parte eu entendi, mas que lance é esse que você tem com ele?
--Assuntos da antiga escola, ele me pede ajuda as vezes e eu o ajudo mesmo não podendo estar lá.
--O.K, agora a pergunta final, quem é G? Pois certamente G não é o nome dele e sim a inicial.
--Bom, ele é... Gabriel. Esse é o nome dele.
--Se tem certeza que ele não é perigoso?
--É claro, o G não seria perigoso... Que pergunta é essa Cris.
--Noite passada ele me ligou... E eu achei ele muito suspeito.
--Espera ele o que?
--Ele me ligou e disse que foi você que deu meu número a ele.
--Eu o que? Ah, sim fui eu sim.
--Desculpe, mas eu não gostei desse seu amigo G, não vou me opor a amizade de vocês, mas vou ficar de olho nele.
--Como quiser. Agora me diga o que está te atormentando?
--Olha Espurr, faz um tempo que eu...
--Licença, posso entrar? (Papai)
--Claro pai.
--Desculpe atrapalhar, mas Cristian sua nana está ao telefone. (Papai)
--Ah, claro já estou indo. (Cristian)
Ele desceu pra sala;
--Filho, desça também, seus amigos estão perguntando por você.
--Já vou pai.
Ele saiu também... Agora eu tinha um certo assunto para resolver. Como é que pode o G ter ligado pro Cristian sem me avisar? Ah, mas ele ia me ouvir. Peguei meu celular e liguei pra ele;
--Olha, recuperou o telefone paciente?
--Já recebi alta espertão... Agora eu quero uma explicação e eu quero agora G.
--Como assim?
--Porque ligou pro Cris?
--Ah, ele te contou.
--Claro que me contou, agora ele está com medo que você me faça mal... O que é que se tem na cabeça? Quer expor meu passado pros meus amigos é?
--Claro que não, como pode pensar isso. Eu liguei para ver se nos daríamos bem, afinal se eu tiver a confiança dos seus amigos eles não vão suspeitar de nada.
--Que belo plano em.
--Queria que eu ficasse sem fazer nada?
--Se fosse pra fazer isso, era melhor mesmo.
--Enfim, o bom é que tenho notícias.
--Boas ou ruins?
--Metade a metade... A boa é que descobri mais dois aliados do Doutor P e seu sócio presidente da Castanho.
--Quem ?
--Brad Hart e Jane Biers.
--Quem são esses?
--Não reconheceu nenhum dos nomes?
--Nunca ouvi falar em nenhum Brad Hart.
--E a mulher, Jane  nunca ouviu falar?
--Jane Biers, Jane Biers... Ah, bom eu ouvi falar em uma mulher chamada Jane, mas faz muito tempo... Era uma amiga da minha avó e membro da...
--CRC, Clube de Resolução Criminal.
--É, nossa você lembrou.
--Porque é ela mesma meu caro Espurr. Jane Biers é a mesma Jane que pertenceu ao Clube de Resolução Criminal.
--Impossível... Todos eles morreram antes mesmo do meu avô falecer, só resta minha avó.
--Pensei nisso também, e descobri coisas inacreditáveis, como por exemplo que Henrique Salinas morreu a pouco tempo e ele também pertenceu ao Grupo CRC junto com seus avós.
--Ah, bom isso eu sabia.
--Como?
--Então, eu meio que moro com o neto dele.
--Espera, como é? Está morando com o neto do Henrique Salinas?
--Sim, porque?
--Se só me diz isso agora?
--Ué, como eu ia saber que isso ia te interessar? Afinal o que o Henrique Salinas e a morte dele tem haver com isso?
--Ele não foi o único que se manteve vivo em segredo todo esse tempo... Você se lembra como quebrávamos a cara tentando desvendar o mistério do sumiço dos corpos de Henrique Salinas e Jane Biers da CRC no último caso que resultou no fim deles?
--Lembro, mas depois de uns meses acharam os restos da Jane, então não tem como ser ela.
--Também acharam os restos do Henrique, mas ele estava vivo não é? Ou seja, era falso.
--Parando pra pensar faz sentido, mas se os restos de Henrique eram falsos... Os da Jane...
--Também eram. Ela está viva e se aliou ao Doutor P , para encontrarem o tesouro escondido em Cajamar.
--Mas como, ela deve estar muito idosa assim como minha avó.
--Nem tanto, Jane era a membro mais nova da CRC. Quando estava na CRC ela tinha 15 anos, enquanto os outros membros possuíam 18 a 19 anos.
--Espera, se minha avó tem 52 anos...
--Ela tem atualmente 49 anos.
--Até que não está tão velha.
--Nem aparenta.
--E quem é Brad Hart?
--O marido dela.
--Gente, mas porque se aliariam ao Doutor P?
--Pelo tesouro ora. Ela e  a CRC passaram anos atrás desse tesouro, mas nunca encontraram.
--Temos que fazer algo já G, isso está piorando a cada dia.
--Nós vamos, mas precisamos saber o que eles querem fazer.
--Fique de olho e me avise.
--Fechado.
Desligou e eu desci. Aproveitei com meus amigos, já que no momento eu não podia fazer nada para ajudar o G.

Teens 2 💫 Elos InabaláveisOnde histórias criam vida. Descubra agora