Hoje, meu pai completa 60 anos. Ele sempre adorou festas e, agora que está se aposentando, resolveu convidar alguns amigos e pessoas importantes para comemorar este dia.
- Senhorita Winston, o que faz aqui fora? - escuto a voz da minha madrasta me chamar. Desde que minha mãe morreu, meu pai se casou com a mulher que era sua amante.
- Já se passaram alguns dias desde que tudo aconteceu. - Olhei para ela, que cruzava os braços perto da porta. - Pode chamar o Owen, já que ele não foi embora quando pedi.
- É claro, mas não acho adequado vocês ficarem aqui sozinhos. - Ela deixou o quarto.
Minha madrasta tenta agir como se fosse nossa mãe. Meus irmãos a aceitaram, mas para mim ainda é difícil.
Escuto batidas na porta e, ao abrir, Owen está parado, me olhando de cima a baixo. Dei um passo para trás.
- Me chamou? - ele perguntou, fechando a porta.
- Preciso que feche meu vestido. - Virei-me de costas para ele e sua mão afastou meu cabelo para o lado. - Não fique olhando muito; sabe o que aconteceu da última vez.
Ele subiu o zíper do vestido até a metade da minha cintura.
- Por que me chamou aqui? - Ele se afastou, colocando as mãos para trás.
- Precisava de alguém para fechar o vestido. Estou nervosa, sinto que alguma coisa vai dar errado.
Ele me abraçou com tanta força que quase não consegui respirar, mas isso ajudou a me acalmar. Olhei para seus olhos azuis e passei meus dedos sobre seus lábios. Owen segurou minha mão.
- Se era só isso que precisava, tenho que ir, senhorita Winston. - Ele saiu do quarto, batendo a porta.
A festa
A festa aconteceria em um castelo da família, comprado no século XV pelo meu tataravô. Havia algumas pessoas importantes: presidentes, empresários, sócios da empresa, magnatas.
Me servi de champanhe. Minha família, além de estar no mundo do tráfico, também era amante de arte.
- É uma bela arte. - falou o homem parado ao meu lado, apontando para o quadro.
Aquela voz, o cheiro... sabia muito bem quem estava ao meu lado.
- Senhor Blackwood, não sabia que estaria aqui esta noite.
- Não precisa ser tão formal, senhorita Winston.
Seguimos andando e conversando. Chegamos ao salão onde estavam várias pessoas.
- Eu poderia te convidar para um jantar? - Ele perguntou, segurando minha mão.
James estava parado na minha frente esperando minha resposta, quando sinto alguém puxando meu braço.
- Senhorita Winston, seu pai está aguardando no salão. - Uma das secretárias do meu pai veio me chamar.
- Desculpa. - Falo, dando um sorriso de lado. - Preciso ir, mas curta o leilão. - Afasto-me dele.
Ao me afastar, senti o peso das expectativas da noite. Encontrei meu pai no salão principal, conversando com alguns dos convidados.
Edmund se aproximou da filha, um sorriso sincero nos lábios.
- Está tudo perfeito, Carter. Você organizou uma festa maravilhosa.
- Fico feliz que tenha gostado, pai. Você merece. - Carter, abraçando-o com carinho.
- Agora, por favor, não trabalhe hoje. Apenas aproveite a noite.
- Prometo tentar. - Ele riu. - Filha, venha aqui. Quero que conheça algumas pessoas. - Ele me puxou para perto de um grupo de empresários.
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Sombra de Poder
RandomCarter Winston nasceu em uma das famílias mais poderosas e temidas do submundo do crime. Filha primogênita de Edmundo Winston, um empresário e joalheiro que lidera uma vasta organização de tráfico e contrabando, Carter está destinada a assumir um im...