Sem saber o que fazer com Alissa, Carter era pressionada pelos outros líderes da organização. Eles exigiam respostas e ações decisivas diante da situação.
Ela estava em seu escritório, olhando fixamente para os papéis sobre sua mesa, quando Owen entrou.
— Eles estão ficando impacientes, Carter — disse Owen, sentando-se na cadeira em frente à sua mesa. — Precisamos tomar uma decisão sobre Alissa. Não podemos mantê-la aqui indefinidamente.
Carter suspirou, passando a mão pelo cabelo. — Eu sei, Owen. Mas se a soltarmos, ela pode ser um risco para nós. E mantê-la aqui só vai alimentar mais a desconfiança entre os líderes.
— Talvez haja uma terceira opção — sugeriu Owen, inclinando-se para frente. — Algo que possa mostrar aos outros líderes que estamos no controle, mas também nos dê tempo para descobrir toda a verdade.
— E o que seria? — Carter perguntou, curiosa.
— Podemos colocá-la sob vigilância em um local seguro, fora das instalações principais. Assim, ela estaria longe o suficiente para não causar problemas imediatos, mas ainda sob nosso controle. E ao mesmo tempo, podemos usar isso como um sinal de que estamos lidando com a situação.
Carter ponderou a ideia. — Isso pode funcionar. Mas precisamos garantir que ela não tenha contato com ninguém que possa usar contra nós.
— Vou cuidar disso — Owen garantiu. — Vou organizar tudo e escolher a equipe de vigilância pessoalmente.
Carter assentiu, aliviada por ter uma solução temporária. — Certo. Vamos fazer isso. E enquanto isso, continuamos a investigar o envolvimento de James e do meu tio. Precisamos de provas concretas antes de agir.
Owen levantou-se, pronto para colocar o plano em ação. — Vamos resolver isso, Carter. Você está no comando e ninguém vai tirar isso de você.
Carter desceu para o bar do cassino, que estava vazio, e pediu a um de seus funcionários para preparar uma bebida. Quando uma voz feminina a chamou, seus pelos se arrepiaram. Carter sabia quem era, a pessoa que tirava suas noites de sono.
— Senhorita Winston. — falou a mulher com a voz aveludada.
Carter se virou, dando um sorriso, mas o medo tomava conta dela.
— O que faz aqui?
— Temos muito o que conversar.
Helena, a mulher conhecida como a Juíza, estava ali. Ela nunca aparecia a não ser que algo muito importante tivesse acontecido. Helena era conhecida por dar a última ordem, uma presença temida e respeitada no mundo do crime.
Carter respirou fundo, tentando manter a compostura. — Então, sobre o que precisamos conversar?
Helena sorriu, mas seus olhos estavam frios e calculistas. — Ouvi dizer que a organização está enfrentando alguns problemas. Problemas que, se não forem resolvidos rapidamente, podem colocar tudo a perder.
Carter assentiu, sabendo que não adiantava mentir. — Sim, estamos lidando com algumas traições internas. Mas estamos trabalhando para resolver tudo.
— Traições são sempre complicadas. — Helena se aproximou, sentando-se ao lado de Carter no bar. — E sua madrasta, Alissa, é uma peça-chave nesse quebra-cabeça, não é?
— Ela é — Carter admitiu. — Mas ainda estamos tentando entender o papel dela em tudo isso.
Helena fez um gesto para o bartender, pedindo uma bebida para si. — Você sabe que não podemos deixar nenhuma ponta solta, certo? A ordem deve ser mantida a todo custo.
— Eu entendo. — Carter respondeu, sua voz firme. — E estou fazendo o meu melhor para garantir isso.
— Espero que sim. — disse Helena, tomando um gole de sua bebida. — Porque se você não conseguir, a responsabilidade vai recair sobre você. E sabemos o que acontece com aqueles que falham.
Carter sentiu um calafrio percorrer sua espinha, mas manteve o olhar fixo em Helena. — Não vou falhar. Vou resolver isso e garantir que a organização continue forte.
Helena se levantou, deixando uma nota sobre o balcão. — Espero que sim, senhorita Winston. Vou estar observando de perto. E lembre-se, estou aqui para ajudar, mas também para garantir que a ordem seja mantida.
Carter observou Helena sair do bar, sentindo o peso da responsabilidade sobre seus ombros aumentar. Ela sabia que o tempo estava contra ela e que cada movimento precisava ser preciso e calculado. A presença de Helena era um lembrete de que o fracasso não era uma opção.
◇◇◇◇
Casa de Carter
Carter estava sentada na sala, tentando organizar seus pensamentos, quando Owen entrou, trazendo notícias.
— A extração de Alissa está tudo certo para acontecer — disse Owen, sentando-se ao lado dela.
Carter suspirou, aliviada, mas ainda preocupada. — Ótimo. Precisamos fazer isso rápido e sem falhas.
Owen a olhou, percebendo sua tensão. — Algo mais aconteceu?
Carter assentiu, seu olhar se tornando mais sombrio. — Helena esteve no cassino hoje.
Owen franziu a testa, surpreso. — Helena? A Juíza? O que ela queria?
— Disse que ouviu falar dos problemas na organização e veio me lembrar da responsabilidade que carrego — Carter respondeu, sua voz carregada de preocupação. — Ela deixou claro que está observando e que a ordem deve ser mantida a todo custo.
Owen ficou em silêncio por um momento, processando a informação. — Isso não é bom. Se Helena está se envolvendo, significa que a situação é mais grave do que pensávamos.
— Eu sei — Carter disse, levantando-se e começando a andar pela sala. — Não podemos errar. Precisamos garantir que tudo saia conforme o planejado.
Owen se levantou, aproximando-se de Carter e segurando suas mãos. — Vamos conseguir. Estamos juntos nessa, e não vou deixar nada acontecer com você ou com a organização.
Carter olhou para ele, encontrando algum conforto em suas palavras. — Precisamos fazer logo.
Owen assentiu, decidido. — Vamos começar a preparar tudo para a extração de Alissa. Não podemos perder mais tempo.
Carter concordou, sentindo um renovado senso de urgência. — Vamos fazer isso. E depois, vamos lidar com o que vier, um passo de cada vez.
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Sombra de Poder
AcakCarter Winston nasceu em uma das famílias mais poderosas e temidas do submundo do crime. Filha primogênita de Edmundo Winston, um empresário e joalheiro que lidera uma vasta organização de tráfico e contrabando, Carter está destinada a assumir um im...