Capítulo 15

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Atualizei! E pra compensar a minha grande ausência( e os dias que eu prometi que ia posta e não postei), eu resolvi adiantar um momento que vocês queriam muito, eu acho. Espero que gostem.

Obs: Já dando spoiler, eu sou péssima com declarações.
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Pov: Maraisa

Não sabia quanto tempo exato havia se passado ─ meu celular estava sem bateria ─ mas parecia que tinha passado bastante. Ou talvez fosse minha pressa em sair logo dali.

Eu até acionei o botão de emergência no manual na parede do elevador, mas parecia que não tinha feito nenhuma diferença, tirando o fato de ter ascendido uma luz amarela, um pouco fraca, na parte de cima.

Eu ainda permanecia em pé desde o momento em que entramos, e estava tão perdida entre meus pensamentos que não percebi o estado do Fernando ao meu lado, só fui percebê-lo quando senti alguma coisa quente apertando fortemente a minha mão. Eu fiz a menção de reclamar, pois minha mão estava começando a doer, mas quando olhei para ele vi que ele não estava bem. Ele estava com os olhos fechados os apertando fortemente e em seu rosto não havia cor alguma, ele estava completamente pálido.

━ Por favor... não solta ─ ele implorou ainda apertando minha mão contra a sua.

━ Fernando, você está bem? ─ pergunto genuinamente preocupada, pelo que eu conhecia de estado físico podia perceber que ele estava tendo uma crise de pânico.

━ Eu tô, só preciso que esse elevador se abra logo ─ eu podia sentir que ele estava mentindo, mas não insistiria, pelo menos não agora.

━ Vem, senta aqui no chão. Fernando, pode soltar só um pouquinho a minha mão? ─ eu não queria pedir mas chegou num ponto que eu não conseguia mais aguentar a força dele.

━ Desculpa. Quando eu tô assim eu não meço a minha força ─ sussurra soltando a minha mão por completo. Foi quase impossível segurar o gemido de alívio por estar livre.

Massageio o meu pulso na intenção de fazer a circulação de sangue voltar naquela região.

━ Tudo bem. Me fala o que você tem? Eu sei que você não tá bem, e tô ficando preocupada ─ já estava na verdade.

Seguro delicadamente seu rosto enquanto ele ainda permanecia de olhos fechados só que agora sentado no chão e eu estava de joelhos ao seu lado.

━ É que eu tenho fobia de elevador ─ ele confessa.

━ Tá tudo bem, eu tô aqui do seu lado. Toma, tenta usar isso ─ entrego um nebulômetro (ou bombinha) de ar para. ele.

Ele começa a puxar o ar pelo aparelho e consegue acalmar seus batimentos cardíacos.

━ Eu sempre carrego um desses caso eu tenha algum ataque também ─ explico pegando de volta o aparelho e guardando na bolsa.

━ Obrigada ─ agradece me encarando por fim.

Não respondo, apenas lhe dou um sorriso sincero e ele retribui com um sorriso fraco.

Ficamos nos encarando esquecendo completamente de tudo. Sem segurar a vontade, me rastejo até ficar de frente e o pegando de surpresa, o abraço.

Quando ele finalmente se dá conta do mesmo gesto me abraça de volta sem falar nada.

━ Eu também ─ digo quebrando o silêncio.

━ Você também o que? ─ pergunta depois de esperar a minha continuação que não vem.

━ Eu também gosto de você ─ continuo, ainda colada nele ─ E...

Como eu era antes de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora