Capítulo 4

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Continuando...

━ Maraisa, o que cê vai fazer, metade? ─ pergunta com cara de desconfiada.

━ Nada de mais, Maih. Na hora você vai ver. Bom, eu espero que você não tenha vindo aqui só pra falar do que aconteceu, né.

━ Na verdade, sim. Do jeito que você saiu do restaurante...

━ Se você queria saber como eu tô, tô ótimo. E não vou mais falar sobre esse almoço, sobre a atitude da Bárbara e muito menos sobre o passado.

━ Ah não, o que eu menos quero também é fala do-

━ Maiara, não ─ ela fala firmemente sabendo que a irmã ia falar o nome dele e ela já deixou claro que não quer ouvir esse nome nunca mais.

━ Desculpa. Bem, eu queria pedir um pequeno favor pra você, irmãzinha ─ ela fala olhando para ela com cara de bebê, sabendo que é impossível ela lhe dizer não com essa cara.

━ Ih, lá vem ─ fla fala revirando os olhos. ─ Fala logo, Maiara, antes que eu diga não.

━ Bem, você sabe que a Tia Mônica e o resto dos nossos parentes vieram passar uns dias aqui-

━ Sem avisar inclusive ─ diz a interrompendo de novo.

━ Maraisa deixa eu terminar! Então, como eu tava falando, eles vieram passar uns dias aqui, sem avisar, e você conhece a Tia Mônica né ─ pergunta e ela assenti revirando os olhos, lembrando-se do jeito fresco e metido da tia. Não sabe por que ainda se pergunta da onde saiu o jeito insuportável da Bárbara ─ Ela esta se recusando a ficar no hotel, é eu até abrigaria ela é os outros lá em casa, com muito custo, mas tem os meninos né ─ Maraisa não deixa ela nem terminar e começar a rir. Ela ainda não acredita que ela se refere os animais dela como "meninos","bebês"...─ Maraisa, é sério kkk! Continuando, você sabe que que ela não suporta os meus bichinhos e é recíproco o sentimento. E claro que eu não vou abrir mão dos meus filhos pra ela se sentir "confortável", então...

━ N-Ã-O - soletra a palavra lentamente mas de forma séria, já sabendo o que a irmã ia pedir. ─ De jeito nenhum que eu vou abrigar aquele ninho de cobra, fofoqueiros, intrometidos... aqui na minha casa, Maiara! ─ fala de forma firme, se colocando de pé.

━ Mas, Maraisa, você mora aqui sozinha! Pelo tamanho dessa mansão você nem vai perceber a presença deles aqui. O que que custa você fazer um gesto de gentileza e abrigar a nossa pobre família aqui? ─ pergunta com ironia.

━ Custo a minha paz! Entre fazer um gesto de gentileza e a minha saúde mental, eu prefiro minha saúde! E você para de dizer isso de "família" que eles não são nossa família coisa nenhuma. A nossa família é a nossa avó e nosso avô, e só por eles que eu faria essa gentileza, na verdade, eu mesma convidaria-os para ficarem aqui. Esses daí só nos procuram quando precisam de dinheiro. Bando de interesseiros.

━ Isso é verdade ─ concorda se lembrando desse lado interesseiro deles. ─ Mas o que eu faço com eles, metade?

━ Sei lá, pergunta o que eles querem para voltar para a Turquia, oferece uma viagem, oferece o melhor hotel daqui! Eu mesma pago! ─ sugeriu um monte de ideias, o que mais queria era se livrar deles. Bastou passar 20 minutos num almoço com eles (antes da Bárbara aparecer e acabar com a sua calma) para perceber que não iriam se dar bem, se não se davam bem antes, quem dirá agora.

━ Você sabe que isso não vai funcionar, né?

━ Então fale a verdade, Maraisa, não quer vocês na casa DELA ─ fala se colocando como terceira pessoa.

━ Nossa, Maraisa! Kkk, sua sinceridade às vezes me impressiona, irmã.

━ É a verdade, uai ─ fala dando de ombros. Além do que, eu vou viajar para o Brasil amanhã e não quero voltar com nenhum parente chato na minha casa.

Como eu era antes de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora