Capítulo 11

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Hermione inspirou profundamente, aproveitando o aroma do chá no meio da tarde e os sons característicos da casa de cura. Apenas o caminhar suave das curandeiras e o tilintar de ferramentas médicas.

Hermione não estava mais no atendimento de emergência. Passado o período de experiência que a Sra. McGonagall havia solicitado, ela foi transferida para a ala de recuperação, monitorando os pacientes que haviam passado por tratamento e esperavam a plena recuperação para receber alta.

Uma semana depois da final do campeonato nacional de quadribol, tudo parecia estar voltando ao normal. Harry, como havia prometido, ia diariamente à casa de Hermione para continuar o tratamento. A curandeira já havia conseguido restaurar parte dos ferimentos, mas a recuperação total ainda levaria um tempo.

As pessoas também começavam a parar de falar sobre o que ela havia feito naquela noite. Nos primeiros dias depois da partida, a Casa havia tido problemas com uma série de pessoas que chegavam e exigiam ser atendidas pela curandeira que havia curado o apanhador dos Leões. Depois de muita conversa e negociações por parte de McGonagall, os pacientes começaram a aceitar ser atendidos pelas outras curandeiras, todas tão competentes quanto Hermione.

Sua vida pessoal e social, no entanto, parecia que jamais voltaria para a normalidade e, de certa forma, Hermione era grata por isso. Não havia um único dia em que não recebia convites para bailes e chás da tarde em casas de nobres que, até então, ignoravam completamente sua existência. Ela não podia participar de muitos dos eventos ao qual era convidada, no entanto. Com o trabalho na Casa, sobrava pouco tempo para eventos sociais, mas ela não se importava.

Ela dividia seu tempo entre o trabalho, tomar chá e comer doces com Luna (que a Princesa havia decidido que se tornaria um compromisso semanal das duas) e trocar cartas e bilhetes com Lady Gina, que, surpreendentemente, havia se tornado uma amiga querida.

Havia até mesmo encontrado com Lorde Ronald algumas vezes desde a final, sempre na companhia da irmã, da mãe, que Hermione descobriu ser uma mulher encantadora, ou de um de seus irmãos mais velhos, que a curandeira decidiu que gostava tanto quanto do resto da família.

Tinham sido apenas encontros rápidos, no entanto. Quando o rapaz deixava a caçula na companhia de Hermione ou apenas quando se encontravam rapidamente caminhando pelas ruas da capital, depois de um dia longo de trabalho.

O rapaz ainda não havia feito nenhum movimento que denunciasse ter interesse na curandeira, mas Hermione acreditava estar interpretando os sinais de forma correta. Ou Ronald a achava interessante ou tinha algum problema sério de visão que o fazia encará-la por longos períodos de tempo. Hermione torcia para que fosse a primeira possibilidade.

Tudo se encaminhava para um agradável estado de normalidade.

Até mesmo Nicholas de Mimsy-Porpington, o presidente dos Leões, havia a procurado, oferecendo oficialmente o cargo de curandeira oficial do time. Ela não pode aceitar a oferta, é claro, embora a quantia de dinheiro oferecida só pudesse ser descrita como obscena.

Harry recebeu inúmeras propostas de diversos times, até mesmo internacionais. Todas as propostas, no entanto, foram usadas para renegociar seu contrato com os Leões, que não hesitaram em cobrir qualquer valor oferecido e em aceitar qualquer exigência que o apanhador tivesse.

Rúbeo Hagrid realmente foi demitido pelo presidente dos Leões Alados, apenas para ser contratado por Harry como seu segurança pessoal, uma vez que o rapaz havia se tornado uma espécie de celebridade depois de sua atuação na final. Uma das exigências de Harry para continuar jogando para os Leões foi que Hagrid recebesse as mesmas permissões que recebia antes, como chefe de segurança do time, o que permitia que o homem perambulasse pela sede dos Leões e pelos estádios com a mesma liberdade que sempre teve.

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