Jeff
Não rolou nada no banho (graças aos anjos protetores dos ânus semi-virgens)! André ficou de boa e se resignou a lavar meu cabelo, uma exigência que fiz para entrar no box com ele, e ficamos só curtindo uns amassos entre conversas bobas.
— Onde você colocou minhas coisas? — perguntei. André trouxe minhas roupas e pertences, mas não vi nenhuma caixa, mala ou sacola no apartamento. Perguntei se ele havia trazido mesmo.
— Você não vai se aborrecer?
Um alerta soou.
— Por que eu me aborreceria?
— Bem... é que, quando estávamos no hospital, pedi para minha faxineira guardar as roupas. Não quero que você fique aborrecido porque alguém mexeu nas suas coisas...
— Bem... Isso é um pouco estranho.
Não sabia como me sentir acerca disso. Sinceramente.
— Desculpe, Jeff. Não vai ficar num clima estranho comigo por isso, né?
Saí do box e peguei uma toalha. Enquanto me enxugava, pensava no assunto.
— Não sei, André. Você é meio sistemático com as coisas. Vou ter que me acostumar.
— Então... Com relação a isso... — Ele tinha um olhar esquisito, meio envergonhado.
— O que mais você fez?
Ele saiu do box e enrolou uma toalha na cintura. Pegou minha mão e me levou até o quarto. Entrei e não vi nada de diferente ali, o mesmo cheiro, mesmo clima, tudo igual. Ele me conduziu até o canto do aposento, onde ficava embutido um guarda-roupa com imensas portas em cedro. Abriu a última, e para minha surpresa, não era um guarda-roupa.
Havia um banheiro ali, com um pequeno ofurô e, separado por uma parede em drywall, havia um espaço anexo com inúmeras prateleiras cheias de roupas, sapatos e caixas. As prateleiras ocupavam as duas paredes laterais e, no fundo, havia araras com cabides enfileirados. Notei que um dos lados do espaço estava preenchido com minhas coisas. Só percebi isso quando reconheci um par de tênis na última divisória.
— Caralho, André... Eu... — Eu não sabia o que dizer. Peguei uma das minhas camisetas e levei ao rosto. Estava com o cheiro das roupas dele. — Você lavou minhas roupas?
Notei como ele pareceu constrangido. Se ele estava, imagine eu?
— Desculpa, Jeff. Não queria ser invasivo...
— Invasivo? Isso beira a psicopatia! O que foi? Minha roupa não tinha o cheiro adequado? — De repente, senti-me tão envergonhado que tive vontade de ir embora.
Só que dessa vez, não tinha para onde ir.
Ele ficou chateado. Eu fiquei dividido entre curtir todo o cuidado que ele teve com minhas coisas ou brigar porque ele me achava fedido!
— Eu... Eu não queria que você interpretasse mal — ele se aproximou e se ajoelhou aos meus pés. Para minha surpresa, ele puxou a toalha que eu ainda estava usando e colocou o nariz entre minhas pernas. Aquilo foi tão inesperado que dei um passo atrás, mas ele segurou minhas coxas e lambeu meu saco.
— André...?
— Amo o seu cheiro... — Ele começou a passear com o nariz por baixo das minhas bolas e isso me deixou aturdido. É certo que o cheiro ali é diferente de qualquer outro lugar, só não esperava que...
Ele ficou de pé e lambeu meu pescoço, depois enfiou o rosto debaixo da minha axila e cheirou ali também. Eu não sabia o que queria dizer tudo aquilo.
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Improvável (Romance Gay)
Romansa🌈 Romance Gay 🥉TOP 3 NA CATEGORIA "ROMANCE LGBTQIA+" - 3ª Ed.CONCURSO CÓSMICO 2024 🥇 #1 romancegay (Jun2024) 🥇 #1 sensual (Mai2024) 🥇 #1 homoerótico (Abr2024) 🥇 #1 autodescoberta (Abr2024) 🥇 #1 policial (Set2024) 🥈 #2 novos (Abr2024) 🥈 #2...