Capítulo 19

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Um ano e meio se passou em um piscar de olhos e muita coisa mudou.

Meu irmão nasceu e ele era uma bolinha, ainda era estranho para mim ver meu pai com um bebê e mais estranho ainda ver que meu irmão tinha uma mãe.

Kakashi ganhou o processo contra Raya e ela foi condenada à 55 anos de prisão.

Eu amava Akira e como ela fazia meu pai feliz e amei ainda mais depois que vi como ela é uma boa mãe. Assim como aposto que meu pai se apaixonou ainda mais por ela depois que ela se tornou mãe.

Desejei ter tido uma mãe como Akira. Talvez na próxima vida eu tenha essa sorte.

Peguei algumas coisas no mercado para preparar a janta de hoje, amo quando chega sexta-feira e eu e Kakashi inventamos alguma coisa pra comer.

É um bom date que repetimos toda sexta-feira desde que moramos juntos.
E já faz meio ano que moramos juntos.

Kakashi vendeu a casa que ele morava antes, eu não me importava em morar no mesmo lugar, mas ele dizia que apesar de todo o amor e carinho que tinha por Hina e Rin, não queria "crescer nas sombras delas". Eu não discordei de sua decisão, então vendemos a casa dele e juntamos nossas economias para comprar outra da qual amamos.

E amo ainda mais o mosaico de fotografias que montamos na parede da escada, com fotos minhas, de Kakashi, de Hina e tanto da família dele quanto da minha.

Fui até a cozinha e comecei a preparar o almoço, eu sempre deixo meu horário das 11:00 vago para isso, e gosto da vida que levamos.

Kakashi progrediu muito em questão do luto, hoje ele fala de Hina com felicidade, com orgulho pela filha que teve. Claro que morre de saudades, mas não é a melancolia que costumava ser.

Me acostumei com a família enorme de Kakashi e com a mãe dele que é uma querida e sempre manda um bolo no meu consultório, Emiko e Akira também estavam em uma disputa acirrada pelo título de melhor mãe do mundo.

Admito que no começo eu me questionei um pouco sobre os sentimentos de Kakashi, por conta de Rin. E sempre que faço algo para ele eu ainda me comparo com Rin. Mas sei que me ama verdadeiramente.

Termino de cortar a carne e a jogo dentro da panela, lavo as mãos e ouço o carro estacionar na garagem, não demora muito para ele abrir a porta, tirar seu jaleco e se aproximar de mim.

— O cheiro está ótimo, meu amor — beija minha testa — mas se tivesse esperado um pouquinho mais eu teria chego e feito o almoço, não precisava se sobrecarregar...

— Não estou me sobrecarregando, está tudo bem.

Ele pega a toalha de mesa e começa a organizar tudo. Depois que termina, se aproxima de mim e pousa as mãos sobre minha cintura.

— Essa semana eu pensei tanto em algumas coisas... — sopra em meu pescoço — e queria te fazer uma pergunta.

— Pode fazer...

— Aika... não penso algo de imediato, quem sabe mais pra frente, mas o que acha de filhos?

A colher escorrega da minha mão e quando tento pegá-la antes que caia inteiramente dentro do molho, acabo queimando a mão na panela.

— Ai! — é tudo que consigo dizer, mordo os lábios porque queimei feio e tudo arde muito.

— Meu Deus meu amor... — segura minha mão, completamente vermelha — me desculpe...

Me afasto e olho em seus olhos, passo por ele, subindo as escadas. Que droga, justo a mão direita. Está doendo muito.

Abro a gaveta da cômoda e procuro a caixa de remédios, procuro a Kollagenase com antibiótico, isso deve resolver por um tempo.

𝘼𝙣𝙖𝙩𝙤𝙢𝙮 𝙤𝙛 𝙇𝙤𝙫𝙚  🦋  Kakashi HatakeOnde histórias criam vida. Descubra agora