𝘼𝙣𝙖𝙩𝙤𝙢𝙮 𝙤𝙛 𝙇𝙤𝙫𝙚 🦋 Kakashi Hatake

Capítulo 28

Deus sabe como tenho chorado.
E como tem sido difícil.
Como nem minha psicóloga não parece melhorar as coisas.

Mas cada dia eu sinto uma pequena evolução.
E o mais insano disso é que tudo que eu faço, penso no bebê.
Em qualquer lugar que estou, sinto que não estou sozinha.

Tentei colocar na minha cabeça que não sou uma pessoa horrível.
Que não serei uma mãe terrível como foi a minha.

E sempre que me lembro que no dia que caí da escada, a minha primeira preocupação foi saber se o bebê estava bem, me conforto nesses pensamentos.

Tudo bem...

Suspiro e toco a campainha, meu pai está de férias e sei que Akira está em casa também. Eu preciso de ajuda, não sei o que fazer.

Quando meu pai abre a porta eu desmonto.
Como vou dizer que estou desesperada sobre ter um bebê por culpa de tudo que minha mãe me fez? Não quero que ele se culpe.

— Pai... — minha voz falha.

Ele olha ao redor, sei que está procurando por Kakashi.

— Está chovendo filha... entre.

Passo pela porta e por ele.
E aquela bolinha do meu irmão vem correndo de encontro as minhas pernas.

— Vem aqui, rapaz — meu pai o pega no colo e eu sorrio de seu jeito.

— Meu Deus Aika... — Akira se aproxima com uma toalha em mãos, coloca sobre meu cabelo e o seca, como se eu fosse uma criança, como se eu fosse sua filha — a água está gelada...

Ela segura as minhas mãos.

— Está tremendo...

— Não é de frio.

Eles me olham.

— Ai meu Deus... — esfrego o rosto — como eu vou dizer isso?

Respiro fundo, olho para meu pai e para Akira, olho também para meu irmão no colo deles, como minha vida mudou loucamente em tão pouco tempo...

Flashback

— Pai? - o olho - está tudo bem?

Ele respira fundo.

— Vamos entrar... Aika.

Engoli seco e entrei em casa, me sentei no sofá e ele logo veio se sentar ao meu lado.

Esperei um sermão, mas...

— Não sei o que fazer Aika...

Era um desabafo.

— O que houve? Pai...

— Akira está grávida.

Um bebê.
Puta merda, um bebê.

— Um bebê... — sorri — nossa... pai... isso é... uau...

Ele balançou a cabeça em sinal de negação.

— Eu tô apavorado...

Endireitei minha postura, engoli seco, respirei fundo, me situando.

— Certo... pai... por que não se senta e respira fundo comigo?