Pão - VegasPete

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Boa leitura🖤💜💙

PETE

Estava no quarto, em frente ao espelho, observando a forma com que meu corpo tinha obviamente mudado. Senti olhos sobre mim, mas eu sabia quem era, então apenas ignorei. Levantei o moletom, observando minha barriga bem aparente.

Ouvi um "click" e então olhei para Vegas, que aparentemente usou alguma magia que fez uma câmera surgir em suas mãos. 

Sorri.

— Achei que não gostasse de tirar fotos de pessoas e sim de paisagens. 

Ele sorri, se aproxima e me abraça, depositando um carinho no forninho de nosso filhote.  Com ternura, ele me dá um beijo de esquimó, enquanto eu fecho os olhos e aproveito o calor reconfortante de sua pele.

— Você é mais belo e interessante que qualquer paisagem existente. Eu poderia facilmente escalar o monte Evereste, se ao topo, você estivesse lá para que eu o fotografasse. — Dou risada.

— Você é inacreditável. 

— Sabe, a gravidez te deixou tão belo, meu amor. Eu quero te ver assim mais vezes... — Abro os olhos. — Claro, se você quiser depois. 

— Estamos falando de quantos exatamente?

— Não sei...eu posso criar dois times de futebol, e mesmo que em algum  momento decida não querer mais passar pela gravidez, ou caso não possa um dia, eu adoraria esvaziar um orfanato para criar cada criança ao seu lado. 

— Eu acho que prefiro uma quantidade menor...que tal uns três, ou quatro? Depende... — Vegas sorri e enterra seu rosto em meu pescoço, ainda com a mão sob meu moletom.

— Eu posso me contentar com isso. Com você ao meu lado, mesmo que prefira não ter mais filhotes, eu ainda serei o homem mais feliz do mundo, com meu ômega e meu filho, ou filha. 

— Eu queria ter te conhecido antes, queria que você quem fosse o pai dele, acho que nunca vou me perdoar por ter permitido que fosse Time...— Vegas levanta o rosto e me observa com uma expressão dura e triste.

— Ele é meu filho, não de Time. E não me importa quem tenha o colocado aqui. — Ele acaricia minha barriga. Sinto minha visão embaçar. — Nosso filho, Pete. E eu o vejo desse jeito, e não como o filhote de outro alfa. Por favor...—Ele embala meu rosto com as mãos. — Não me diga que não sou pai dele, porquê eu sou. — Sinto o quanto dói para ele quando ele prossegue. — A menos que me expulse de sua vida, o que não mudará o que sinto por vocês, e mesmo que me ache maluco, eu seria capaz de continuar observando-os de longe como a porra de um lunático, apenas para saber todos os dias que estão bem sem mim. Esperaria anos, décadas, até que me quisesse de novo, e em nenhum momento, deixaria de ser pai. — Observo seus olhos molhados também.— Lembre-se, que se não fosse por ele insistir em comer pão aquele dia, talvez nunca estaríamos aqui, nunca nos conheceríamos, então acho que ele também me aprova. 

— Eu pretendo passar minhas próximas décadas ao seu lado, não vai precisar  adquiri uma nova profissão como stalker, pois te quero com nossa família. — Ele encosta seu nariz ao meu.

— Vocês são minha vida. Nunca se esqueça disso. Eu os amo infinitamente.

Permito-me derramara algumas lágrimas, de felicidade, é claro.