Esse capítulo é dedicado a Ry, que me fez rir em um momento que sinceramente não estava esperando e possibilitou que esse capítulo fosse finalizado sem minha morte eminente. Te amo ♡
Agora eu tenho que acionar o jurídico Anita Berlinger amante não tem lar, lembrando mais uma vez que não estou compactuando com os atos aqui descritos, é apenas o enredo da história.
Dito isso, boa leitura! Não se esqueçam de comentar e votar no capítulo 🥰
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Estar naquele tipo de proximidade era mais que meramente perigoso ou temerario para ambas, em uma proporção muito similar. Anita não cederia, não mudaria a direção de seu olhar nem mesmo em um milhão de anos, porém, seu peito pesava ao sentir seu lábio se mover embaixo do toque que parecia estar totalmente seguro de si, a fazendo tremer como nunca antes. Algo na delegada esperava que Verônica recuasse, ou mesmo findasse aquilo antes que tudo tomasse maiores proporções, entretanto, os minutos corriam e ali ela estava, compenetrada em apenas brincar com lábios que nem mesmo estavam distantes dela. Perigo iminente.
────Imagina porque não tem coragem de concretizar, não é? Foge sempre que pode de fato iniciar algo comigo, qual é a graça? ────Sabia que seu batom estava borrado, e ainda sim sorria como se sua postura estivesse totalmente intacta, vendo a outra mulher bambear em sua segurança aparentemente tão inabalável.
────Você não tem nada a perder... É tão fácil falar. ────Seu toque deslizava com força, deixando um rastro de cor avermelhada até o pescoço de Berlinger, usando sua unha para arranhar como podia. ────Porque de repente você está querendo esperar? ────Seu tronco e joelhos cediam, se abaixando um tanto mais, pairando sua boca próximo a orelha da delegada. ────Isso só me diz que estou valendo a pena, Anita!
A risada baixa fazia seu corpo pulsar por completo, bambeando em meio a pose que tentava manter a qualquer custo, visto que uma guerra por poder se instalara em questão de segundos, sem aviso.
Com uma de suas mãos, Berlinger deixava seus dedos correrem para dentro da blusa que a outra mulher usava, sentindo o quente extremo de sua pele em seu toque. Era difícil manter o controle quando tantas coisas se passavam em ambas as mentes, ponderando, considerando demais quando o momento pedia por ação.
────Talvez... ────O toque se apossara de uma só vez da cintura bem desenhada, a trazendo para si em um solavanco, sentando Verônica em suas pernas. ────...Eu já tenha te provado mais de uma vez que você vale a pena! Sei onde estou me envolvendo e estou continuando, a pergunta aqui é bem clara: você quer continuar? ────Os toques por parte da escrivã apenas exprimiam sua vontade extrema, arranhando partes do corpo da outra mulher, a puxando para si sem nem ao menos se dar conta do quão necessitada ela se mostrava.
────Anita... ────Os lábios quentes da outra mulher se aproximavam do decote que sua blusa deixava a mostra, beijando com calma, deixando a ponta da língua correr de forma a provocar um tanto mais, a segurando com ambas as mãos apoiadas em suas costas. ────...Eu... Não posso... Eu não... ────Os olhos quase se fechavam no momento que sua postura fora se modificando, se debruçando sobre o corpo da delegada, enlaçando seu pescoço com ambos os braços.
Os olhos se entreolhavam uma vez mais, abertos de modo a observar cada mísera mudança de expressão, pois sabiam que voltariam a visitar aquelas memórias. Lábios se buscavam em meio a respiração quente, se tocando de maneira temerosa sem de fato se entregar a um beijo maior. A mão da loira subia, buscando o rosto da escrivã para traze-la um tanto mais para perto, porém, seu toque fora brecado, segurado com força e colocado novamente para baixo. O rosto de Torres se lateralizava, deixando que a boca de Anita deslizasse por sua pele, por vezes tocando bocas que se procuravam e provocavam a todo custo.
────Verônica! ────Seu tom era baixo a medida que tentava manter sua própria sanidade ao ter seu toque tolhido daquela forma, não era comum a ela apenas deixar, porém, se controlara em vista do que poderia vir a seguir. ────Fez sua escolha? Hm... Diz para mim. ────O toque que mantinha sua mão para baixo agora se soltava, indo de encontro com a barra da blusa, iniciando o processo de subi-la de maneira lenta enquanto se afastava, assumindo novamente um postura que lhe possibilitava encarar a delegada.
────Entre as coisas que mais imagino... ────Por um segundo a mulher engolira seco, desconhecendo a si mesma ao simplesmente pensar e conseguir começar a verbalizar algo do tipo, deixando um sorriso travesso correr em sua boca. ────...O gosto que você tem sempre me toma a cabeça! ────A blusa fora retirada de sua só vez, ao passo que ela voltara a se aproximar, colando as testas enquanto respirava fundo. ────Seu gosto é bom, doutora? Eu quero saber. ────Dessa vez, os lábios se chocavam com mais intensidade, se entregando a um beijo que deixava ambos os desejos amostra.
De súbito, os arredores, as horas e todo o trabalho que as envolvia simplesmente assumiam um papel menos interessante, sendo possível mergulhar por completo no que viviam. A medida que os lábios de Torres eram praticamente devorados, a tela de seu celular se iluminava de longe, iniciando o processo de vibrar e tocar em alto e bom tom. Estava absorta, inebriada demais para escutar o primeiro ou mesmo o segundo toque quando a mão de Berlinger abraçava seu seio tão bem, massagendo apenas um enquanto passeava por sua coxa, a apertando. Ainda que longe, o barulho enfim se tornara audível o suficiente para incomodar, fazendo a morena expelir sua respiração com um quê de raiva.
────Eu... Preciso atender... Preciso atender, Anita! ────Os corpos se afastavam sem necessariamente ser de suas vontades, deixando claro os lábios levemente inchados e avermelhados pelo batom trocado.
Em meio ao recompor de seus sentidos, a escrivã se movia como podia, práticamente engatinhando até seu celular, o atendendo. Ainda que estivesse de costas, Verônica conseguia sentir bem o queimar dos olhos claros em seu corpo, sabia que estava sendo muito bem observada e diferente do que lhe era tão habitual, ela estava gostando mais do que deveria.
A voz de Paulo se dava como um choque em meio a tudo aquilo, tão grossa e distante, lhe lembrando de uma realidade que sumira por alguns minutos sem muito esforço. Ainda que não quisesse, uma comparação silenciosa se instalara. A voz de Anita era melodiosa, baixa e tão, tão gostosa, como tocar céu ainda com os pés no chão. Como escolher?
Os olhos castanhos se fechavam a medida que sua cintura era envolta por mãos macias que lhe tiravam de seus pensamentos, endireitando sua postura para que seu corpo se colasse ao corpo atrás de si tão bem posicionado. Fora a primeira vez que sentira a sensação de ter seios colados a suas costas, suspirando no momento em que se dera conta.
────Desliga. ────A boca quente lhe tomava a orelha em pequenas mordidas que terminavam em sorrisos.
📞 ────Verô, está tudo bem? Eu estou falando e parece que você não escuta! Quando volta para casa? ────As mãos da delegada subiam por seu abdômen com calma, deslizando para cima até alcançarem seus seios.
────Eu... Sain... Eu estou saindo, Paulo! Você pode esperar? ────Sua cabeça tombava sobre o ombro da outra mulher. ────Não vou demorar. ────Um sorriso cínico cruzava os lábios de Anita, ao que ela negava com a cabeça.
────Você vai demorar, Verônica? ────De súbito, a escrivã retomara sua postura, se afastando como podia em meio a uma respiração totalmente descompassada.
────Não precisa me esperar acordado se não quiser... Mas eu devo chegar logo! Ok? Tudo... Tudo bem, Paulo! Eu entendi. ────Aos poucos ela se colocava de pé, correndo os dedos pelo rosto, tentando se livrar de todas as sensações que se acumulavam em todas as parte de seu corpo. ────Tchau! ────A ligação se findara com um olhar inquisidor para a mulher que continuava ali, sentada de forma tranquila, brincando com sua blusa. ────Você... Anita! Ele poderia ter escutado! Isso... É errado em tantos níveis, puta que pariu. ────Os passos largos a levavam para perto da delegada, tomando de uma só vez sua blusa, a vestindo com pressa.
────Já vai? Nós não terminamos... ────Com a sobrancelha arqueada, os olhos castanhos a fitavam como se faíscas saíssem deles. ────...Eu quero você aqui mais cedo para finalizar tudo, pode ir! ────O peito de Berlinger inflara com a respiração longa, seus lábios se comprimiam ao mínimo sinal de que havia perdido, que não conseguira o que tanto desejava. ────Boa noite, Verônica... Bons sonhos!
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Under a secret | veronita fanfic
FanfictionQuantos segredos São Paulo era capaz de guardar sob suas luzes coloridas e prédios bem apessoados? O casamento de Verônica e Paulo sempre fora sinônimo de harmônia para quem quer que tivesse o prazer de cruzar o caminho dos dois, uma paixão avassal...