Olha só quem voltou rs. Um beijo pra Vit, Ry e Borken, mamãe ama!
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Era raro. O exato momento onde as substâncias perfeitas se encontravam criando chama alta e luminosa, cheia de nuances de cores a se mesclarem. Era raro o suficiente para que azul e castanhos compartilhassem do mesmo vislumbrar no exato mesmo segundo. Fogo desaguava no corpo formando sorrisos com suas faíscas bem desenhadas. Estavam em chamas em plena madrugada escura, iluminando o caminho até o interior da casa de Anita.
Como em um jogo de perseguição montada, Verônica passara a frente em puro desafio. Seu corpo exalava seus desejos mais profundos, agora tão extremamente livres de quaisquer amarras de um passado que se extinguia a cada passo dado para dentro. De longe o suficiente, a delegada lhe olhava de costas a medida que deixava seus pertences sobre o sofá de qualquer jeito, aproveitando também para se livrar dos saltos que lhe impediam de se movimentar sem se preocupar. Queria e teria toda sua atenção direcionada a outra mulher.
Liberdade tinha gosto de vinho recém aberto a ser despejado em bela taça, correndo pelo corpo que não mais tinha preocupações externas a lhe impedir de desejar e executar. Verônica sentira sua cintura ser segurada com força com ambas as mãos, a puxando de uma vez só para trás. O chocar dos corpos era gostoso, quente na medida exata para que os olhos se fechassem no exato mesmo segundo que seu lábio inferior fora mordido. A cabeça pendia para trás, encontrando conforto no ombro que parecia ter sido planejado para recebe-la em todos os detalhes.
Ainda que nada houvesse sido ensaiado previamente, os pés se movimentavam para frente de modo complementar, sem tropeços. A atenção do corpo de Berlinger se concentrava em seus lábios a correrem pelo pescoço em ebulição, que se tornava ainda mais vivo em contato com sua saliva quente. Os dentes raspavam na pele eriçada, traçando um caminho nada planejado, mais que chegava no destino onde ambas estavam satisfeitas. Eram complementares nos mais diversos tipos de detalhes.
A casa se silenciava para que apenas o barulho das movimentações dos corpos fossem ouvidos, como um show a parte. Os olhos semicerravam, mirando o balcão onde o corpo de Verônica Torres enfim parara, rente ao mármore bem feito. A morena sentia seu corpo tensionar em segundos, se tornando ainda mais sensível ao toque dos braços a lhe rodearem sem aviso prévio. As mãos da delegada se encontravam a sua frente, ali diante dos olhos castanhos que imploravam por qualquer relance dela. Dedos se encontravam, retirando o anel principal do dedo médio com maestria, o colocando de lado. Naquele exato momento, Verônica engolira seco, segurando um gemido que nem mesmo ela sabia exatamente porque queria vir ao mundo, visto que a cena em si não lhe tocara, fora apenas testemunhada por seus olhos.
A mão livre do anel descia, lhe arranhando as coxas enquanto seu rosto se lateralizava em meio aos fios soltos que lhe impediam de ver Anita por completo. O loiro se misturava ao castanhos escuro, se bagunçando enquanto sua bochecha sentia os lábios da delegada deslizarem, buscando a todo custo por sua boca. A escrivã arfara de olhos fechados a medida em que sentia a complexidade de todos os toques orquestrados acontecendo ao mesmo tempo. Suas mãos firmes se apoiavam no balcão, se segurando para apenas não derreter sob os toques da loira. Os gemidos tomavam a casa, até então provindos apenas dos lábios doces de Verônica que tinha sua calcinha retirada com sua própria ajuda. As coxas eram afastadas a medida em que os dedos da delegada lhe tocavam com ganância pela frente.
Com a ponta dos dedos ela circulava devagar, pressionando o suficiente para fazer a mulher a sua frente desferir um tapa contra a bancada que lhe dava apoio, voltando a se segurar nela com força. A boca gostosa de Anita lhe tomava o pescoço, descendo a morder seu ombro com pouca força a medida que aumentava os movimentos, descendo seus dedos apenas para encontrar Torres extremamente molhada.
────Filha da puta gostosa que você é, ein Verônica. ────A mulher arfava a medida em que deixava suas palavras saírem sem muito pensar, apenas sentindo seu toque deslizar com uma facilidade incrível.
Como quem lhe torturava, ainda que o desejo fosse extremo como sempre era, Anita tomava seu tempo, se deixando gemer ao sentir que se molhava por sentir a outra mulher molhada por sua causa. Amava como o corpo da escrivã correspondia bem ao seu, se deliciando com prazeres inenarráveis. A cozinha era cortada por gemidos altos e despudorados o suficiente para acordar vizinhos, porém, Verônica nem mesmo se tocava do quão alto seu prazer se fazia, tamanha sua concentração em apenas sentir. Uma de suas mãos finalmente se soltara da bancada, o que a desestabilizara por segundos. Estava um tanto mais fora de si do que tinha ciência.
Seu toque tomava a mão dominante da loira com força, a levando para trás, entre o corpo colado de ambas. Exatamente ao meio de suas pernas. Os dedos pincelavam seu desejo a escorrer, banhando o toque. Em questão de segundos Anita investira dois de seus dedos, os deixando dentro por alguns segundos, vendo Torres se contorcer por completo a sua frente.
────Você me tem... Não é? Me tem só para você! Por isso me... Me tortura assim, Anita. ────A delegada sorrira a medida em que deslizava sua mão livre pelas costas da outra mulher, que lhe olhava por cima do ombro como podia. ────Vai me foder mais gostoso... ────Verônica abrira um sorriso provocativo, cheio de lascívia. ────...Agora que sabe que talvez posso ser sua? ────Os olhos azuis a fitavam com empafia, junto a uma risada baixa e convencida.
Os dedos se retiravam lentamente, apenas para serem investidos com força de uma só vez. Seu toque assumia um ritmo cadenciado, indo na medida certa para fazer a escrivã se curvar mais e mais a sua frente.
────Ani... Anita! Anita! ────Tudo o que Torres ouvia era um murmurar afirmativo, que lhe respondia a cada vez que o nome da delegada era dito.
────Talvez seja minha, Verônica? ────A mão livre lhe tomava os fios castanhos, os segurando com força enquanto seus dedos diminuiam o ritmo, indo fundo e se retirando com lentidão, só para serem investidos de uma só vez. ────É o meu nome que sua boca gosta... Ama gemer! ────Ela se curvava, se abaixando sobre o corpo da outra, passando a sussurrar. ────É o meu corpo que você desejou... E escolheu pra ser seu! Você escolheu! ────A frase era dita com um nível insano de confiança. Anita sabia muito bem do que estava afirmando.
Confiança líquida se transformava em tesão a flor da pele compartilhado, sentido por ambas de maneiras diferentes.
O interior de Verônica se tornava mais e mais apertado, sendo difícil investir movimentos mais rápidos, mas Anita continuava. Os olhos azuis se fechavam em um morder de lábio a conter um gemido que ainda sim se fazia audível em meio aos palavrões murmurados pela escrivã em chamas a sua frente. As pernas de ambas tremiam a medida que os corpos fraquejavam de maneira gostosa. Fora a vez de Berlinger deixar sua mão livre se apoiar na bancada, segurando firme enquanto se encostava de uma vez só na outra mulher, perdendo o fluxo de sua respiração por segundos.
Gozar junto com ela estava em uma colocação considerável em sua lista sobre as melhores sensações do mundo. A loira sorria enquanto se sentia tremer, retirando seus dedos que haviam causado estragos enormes apenas para vislumbra-los. Molhados, escorrendo o prazer gostoso que só Verônica era capaz de ter. Seu dedo médio e anelar deslizavam um no outro, como um troféu silêncioso que ela levara ao lábios, fazendo questão de que o ato de chupa-los se tornasse audível. Apoiada com os antebraços sobre a bancada, ainda de pernas extremamente bambas, Verônica lhe olhara por cima do ombro, com os fios de cabelo espalhados por seu rosto.
────Assume escrivã. ────Um risada cínica fora dada ao retirar os dedos do conforto de sua boca, tomando a mulher a sua frente pelo queixo, a trazendo para si.
────Assumir o quê? O que é que você quer? ────Com os lábios entreabertos, buscando por ar em fluxo normal, Torres sorria lhe olhando nos olhos, sentindo seus seios se movimentarem expressivamente apenas pela proximidade.
────Gozar para mim é mais gostoso! ────Fora a vez da delegada lhe olhar sério, se aproximando mais do rosto da outra mulher, sussurrando. ────Assume!
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Under a secret | veronita fanfic
أدب الهواةQuantos segredos São Paulo era capaz de guardar sob suas luzes coloridas e prédios bem apessoados? O casamento de Verônica e Paulo sempre fora sinônimo de harmônia para quem quer que tivesse o prazer de cruzar o caminho dos dois, uma paixão avassal...