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O tanto de ameaças que sofri hoje não está escrito, senhoritas. Cadê o amor? Hm?

Boa leitura!

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O quarto de Anita Berlinger era amplo e extremamente luxuoso, com cores em branco e preto, detalhes dourados que apenas tiravam o ar tão seco. Não que os olhos castanhos estivessem preocupados com a textura das paredes, ou mesmo em como tudo ali funcionava em perfeita ordem. Longe, muito longe disso. Verônica estava longe demais de absolutamente qualquer coisa palpável que não fosse o quente da pele que se encostava na sua, causando uma onda elétrica que lhe consumia o corpo por completo.

A distância de anos que se instalara entre seu prazer completo em vista do prazer dividido enfim se tornava invisível. Estava totalmente entregue, ainda que em uma situação nova.

Sua mão tateante subia pelas extremidades dos braços da delegada com calma, delineando cada mísera parte enquanto tentava entender como um toque nada sexual podia fazer seus lábios quase proferirem um gemido. A mulher lhe olhava com total atenção, do tipo e do gosto que ela nunca experienciara na vida, algo que possívelmente ficaria marcado em sua memória, como todo resto. Com os pés fincados ao chão em porto seguro, suas mãos avançavam limites com Anita que ela nunca esperou cruzar. O gosto em seus lábios, mesmo sem toca-la, era maravilhoso.

Os dedos viajavam até as alças finas da camisola preta ao mesmo tempo, deslizando verticalmente com calma. Olhos iam do toque aos azuis que lhe instigavam em silêncio.

────Posso tirar? ────A frase quase inaudível terminara com o engolir da saliva.

────Você pode fazer o quiser comigo, tudo, Verônica. ────Com a língua, em uma velocidade quase imoral, Berlinger umedecia seus lábios, sentindo uma quente e pesada sensação de desejo tomar seu peito que afundava ao soltar o ar.

As alças começavam a deslizar em sentido aos ombros, sendo levadas para baixo. Aquilo era objeto de desejo e atenção por parte de uma visão que não deixava de transparecer o quão imersa ela estava. Seus olhos eram dela. A medida que o tecido fino descia, a nudez de Anita começava a se apresentar, lenta e gostosa visto o medo que ainda sim se fazia presente. Como a tocaria? O que deveria fazer com suas mãos? Como é que Anita gostava de ser tocada? Verônica queria lhe satisfazer a noite toda se fosse possível, ainda que não soubesse como.

Em questão de segundos, com o aval da possibilidade criada, o tecido preto fora ao chão, revelando a pele branca banhada pela luz baixa. Torres suspirara de maneira audível fazendo com que a outra mulher sorrisse. Inegávelmente, se quisesse ou não esconder qualquer reação, já era tarde demais. O toque das mãos retrocedia, se encontravam agora dispostas ao lado de suas pernas. O que deveria fazer além de se manter boquiaberta com os olhos grudados nos seios mais perfeitos tão próximo de si?

────Nunca fez isso? ────Berlinger sorria um tanto, dando um passo para frente a medida que suas mãos se posicionavam sobre as Verônica. ────Tocar uma mulher é uma arte, sabia? ────A voz baixa lhe entorpecia os sentidos a medida que suas mãos criavam vida pelo toque da delegada, que as conduzia para cima. ────Como você gosta de ser tocada? ────Os olhos antes baixos voltavam a fitar a feição da loira, se mantendo em silêncio com os lábios separados.

────Eu... Eu não... ────Um suspiro e mais uma vez a escrivã engolia seco ao sentir suas mãos tocarem o par de seios, enchendo seu toque em questão de segundos.

────Me mostra, não precisa dizer... Me mostra, Verônica. ────Anita mentiria se dissesse que seu prazer em todo aquele momento não escorria em suas pernas, aumentando considerávelmente quando as mãos tímidas enfim apertaram seus seios, os massageando. ────Isso... O que mais você gosta de sentir? ────Os pés da escrivã tomavam a coragem de fechar a distância enfim.

Under a secret | veronita fanfic Onde histórias criam vida. Descubra agora