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Três meses depois...

Hoje é aniversário de Rodolffo e ele faz seus 34 anos de vida. Sua mãe nos pediu para fazer um jantar a altura do momento, mas é surpresa.

- Mamãe... Será que o papai vai gostar do meu presente?

- Vai sim, mas ele vai amar ganhar os seus abraços.

- Também vai dá um abraço no meu papai?

Eu sorri e ela me abraçou.

- Por que não casa com meu papai?

- Elisa, de onde tirou isso?

- Papai e mamãe são casados.

- Nós somos amigos. Casados não.

Elisa ficou um pouco triste, mas logo voltou a pegar no presente para o pai. Quem escolheu o presente dele fui eu e espero que ele goste.

...

Dona Ivone comunicou a mim e a Cleonice que hoje teríamos convidados, sendo um deles a irmã de Rodolffo e o namorado. Mas também iria aparecer o pai dele que eu não conhecia e isso me deixou um pouco ansiosa.

- Espero que gostem da comida. E o bolo Juliette, já chegou? - perguntou minha prima.

- Está a caminho.

Montamos uma mesa linda e depois de tomar banho com Elisa, nos arrumamos juntas.

- Quero batom.

- Só um brilhinho. Ainda é muito bebê, minha pequena.

Coloquei um gloss infantil nela e ela ficou se sentindo.

- Está linda mamãe.

Eu não fiz nada demais. Só passei uma base, um blush, rímel e batom, essa era a minha maquiagem e vesti um vestido longo, nos pés uma sandália sem salto.

Quando desci com Elisa e todos pararam o quê estavam fazendo para nos olhar.

Uma moça morena e de negros cabelos chegou a nossa frente, falando simpática.

- Princesa de titia. - Elisa foi para os seus braços alegre. - Você deve ser Juliette?

- Sou eu mesma.

Ela me abraçou mesmo com Elisa no colo.

- Nossa, já ouvi falar tanto de você. Agora entendi o por quê.

Isso me deixou um pouco sem graça, mas lhe dei um sorriso.

- Eduarda é o meu nome. Muito prazer.

- É um prazer Eduarda.

- E eu sou o Otávio. Tudo bem? -  o senhor disse me estendendo a mão. - Sou o pai do Rodolffo e essa é a Mariza, minha namorada.

Mariza era muito jovem e o pai de Rodolffo já deveria ter seus 60 e poucos. O namorado de Eduarda não conseguiu vir e antes de Rodolffo chegar todos nós conversamos animados, até Ivone estava simpática. Mas quando ele cruzou a porta de casa todos fizeram silêncio.

- Papai... - Elisa correu e ele a pegou no braço.

- Oi princesa. Estou vendo que as coisas estão animadas aqui. - ele disse sorridente.

- Feliz aniversário papai. - ela disse feliz.

Rodolffo parecia muito mais alegre que nos outros dias e subiu rapidamente para tomar um banho, voltando extremamente cheiroso.

Cantamos parabéns logo depois do jantar e na hora de soprar as velas ele me olhou com um olhar sedutor e sorriu diretamente para mim.

Rodolffo era um homem bonito, mas sua beleza era maior por dentro que por fora.

- Ele é um gato mesmo sendo um coroa. - sua irmã fez brincadeira e eu sorri. - Menti?

- Ele é meu patrão.

- Ele quer ser mais que isso.

Senti vergonha e baixei a cabeça. Rodolffo tinha contado alguma coisa para a sua irmã.

- Meu mano está apaixonado Ju.

- Que a moça dê valor a ele. - tentei desconversar.

- Ele te adora, de verdade.

- É gratidão.

- Você realmente tem a cabeça dura. Espero que o coração não seja assim.

Eduarda foi a primeira a deixar a casa naquela noite e eu não me despedi por que fui colocar Elisa para dormir. Depois que ela se foi, os outros também se foram e por fim, ficamos a sós.

- Pode ir deitar. Eu limpo tudo aqui.

- Vou te ajudar Juliette. Nem pensar que vai lavar tanta louça sozinha.

Fomos a cozinha e ele lavou toda a louça que foi possível, eu sequei algumas peças e logo tudo estava organizado.

- Feliz aniversário Rodolffo. - disse lhe estendendo a mão e ele me abraçou.

Ele era tão quentinho e seu cheiro convidava a morar no abraço.

- Muito obrigado.

- Isso é seu presente. Um é meu e o outro da Elisa.

Era um conjunto de churrasco que a Elisa tinha escolhido por que amava comer carne assada com o papai dela.  Já eu escolhi um bom vinho e os embalei junto com uns chocolates finos.

- Esse é bom. Mas não quero tomar ele sozinho. - ele disse segurando a garrafa. - Vamos comer essas delícias comigo?

- Hoje?

- Hoje já é sábado e como não foi para casa, me faz companhia?

- Uma taça.

- E um bom bom. Depois pode ir dormir.

- Tá bem.

...

Os Caminhos (In)certosOnde histórias criam vida. Descubra agora