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Nos amamos intensamente, grudados por quase uma hora sem nos desconectar. Isso nunca tinha acontecido comigo, mas a cada novo  beijo a vontade de estar com ela só se multiplicava. Estávamos suados e exaustos, mas satisfeitos.

Juliette me olhou enquanto eu desprezava o preservativo e eu tive medo de terminar sozinho outra vez.

- Quantas vezes já fez isso? - a olhei confuso. - Digo, sem compromisso nenhum?

- Eu nunca tive um compromisso real. Como te disse, nunca tive uma namorada.

Juliette puxou um lençol e se cobriu, mas antes disso olhou o próprio corpo.

- Já eu só tive um homem...

- Agora tem também a mim.

- Não sou como as mulheres que você conhece. Meu corpo não é perfeito...

- Para mim é muito perfeito.

- Meu marido sempre me disse que eu era fria, que não lhe dava prazer...

Eu segurei o seu rosto e olhei nos seus olhos.

- Seu marido não gostava de você, por que só sendo doido para falar isso.

- Vai enjoar de mim. Eu sei que vai.

Eu sorri e beijei sua boca de um jeito suave.

- Não vou. Você é gostosa, cheirosa e eu te quero comigo para sempre.

- Não me faça promessas...

- Promessas não... Mas quer namorar comigo?

- Namorar?

- Temos que começar assim, mas não nego que quero mesmo casar contigo.

- Eu sou sua funcionária... O quê vão dizer?

- Ninguém tem nada a ver com isso. Aceita Juliette?

- E a Elisa?

- Nós podemos ir aos poucos, mas não quero mais ficar longe dos seus braços.

- Rodolffo... Não me sinto curada totalmente. Preciso de tempo para me acostumar com um novo relacionamento.

- Teremos tempo... A sintonia já temos e não é só na cama.

- Por hora continuamos como estamos, até que eu me sinta pronta.

- Isso é um sim?

- Sim. Eu quero tentar.

A beijei e ela sorriu. Depois do chamego, Juliette me perguntou:

- Seja sincero... Se a gente der certo e decidirmos seguir juntos...

- Eu quero casar e se você ainda estiver disposta, quero dá um irmão ou irmã a Elisa.

- Eu já tive duas cesarianas Rodolffo.

- Não quero impor nada, mas não há impedimentos quanto as duas cirurgias.

- Sempre sonhei ter parto normal, mas mesmo sofrendo horrores com dores, minha dilatação foi mínima. Eu tive tanto medo da cirurgia, mas do segundo simplesmente só tenho a cicatriz, não lembro de nada.

- O tempo dirá tudo, sem pressa, sim?

- Sim.

Dormimos juntos e foi uma noite que o sono nos pegou ao extremo. Só acordei quando Elisa estava literalmente berrando do lado da cama.

Juliette acordou assustada e foi uma situação embaraçosa por que Elisa era curiosa, estando diante de algo inesperado para sua rotina.

- Por que você tá aqui? - ela olhou de olhos arregalados para Juliette.

...

Os Caminhos (In)certosOnde histórias criam vida. Descubra agora