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Uma semana depois...

Eu chegava de mais um plantão. Estava cansado, mas recompensado, foi um plantão extenso de 30 horas, significativo para mim e todos aqueles que precisaram dos meus cuidados.

Mesmo cansado ainda ministrei duas aulas e depois de quase dois dias ausente, chego em casa e aqui é o melhor lugar do mundo. Ansioso para ver minha mulher e minha filha entro rápido em casa e não sou recebido por elas e sim por minha mãe.

- Boa noite Rodolffo.

- Oi mãe. Sua benção...

- Deus te abençoe. Antes que pergunte Juliette está com Elisa, foram resolver algumas coisas e eu fiquei aqui te esperando. Preciso conversar.

Minha mãe tinha o semblante sério.

- Senta mãe. Vamos conversar.

- Me fale em sério, o quê está acontecendo aqui? Hoje encontrei a babá da Elisa no seu quarto.

- Estamos juntos mãe. Juliette é minha namorada.

- Namorada? Não seria melhor outro título? Que exemplo está dando a sua filha?

- Que outro título? O quê a senhora quer dizer?

- Quero dizer que deve se casar com essa moça. É bem melhor que viver como namorados que dormem juntos. Lembre-se que Elisa vai lembrar disso no futuro.

- E a senhora não se opõe a isso?

- Não. Eu não me oponho. Toda mãe quer o melhor para os seus filhos e vejo no seu olhar um brilho que eu nunca vi antes. No dia do seu aniversário, percebi o quanto está envolvido com ela e julgo que Juliette é uma boa moça. Sinto verdade no tratamento dela com a Elisa e isso é muito importante.

- Mãe, ela foi uma luz que apareceu na minha vida. A ideia de contratar uma babá para a Elisa foi sua, então eu te agradeço muito por isso.

- Eu já não tenho pique para cuidar de crianças e confesso que não cuidei de Elisa com amor, é tanto que ela não tem apego algum comigo, me tolera e muito mal. Mas com Juliette é diferente, ela simplesmente quer ser a cópia dela.

Eu sorri.

- Ela quis sair com a mesma cor de roupa e com o mesmo jeito do cabelo da Juliette. Isso significa que ela vê nela um exemplo e isso implica na relação de vocês. Já falaram abertamente para ela que são um casal?

- A Elisa sabe que estamos juntos. Nos associa a príncipe e princesa. É o jeito dela.

- Que bom. Além de tudo que lhe disse, estou passando aqui para te dizer que passarei uns dias em Portugal.

- Portugal?

- Sim. Conheci alguém e estou indo visitá-lo.

- Mãe... Isso não é perigoso?

- Não se preocupe, tenho amigos em Portugal e nada vai me ocorrer. Deixe-me viver também por que mereço.

Não ia recriminar minha mãe. Lhe dei um abraço. Desejei uma excelente viagem. Ela me desejou boa sorte e antes que Juliette e Elisa voltassem, dona Ivone foi embora.

Subi para o quarto e quando terminei o banho, ouvi a conversa de Elisa no corredor dos quartos.

- O papai chegou mamãe... - ela disse eufórica antes de entrar repentinamente no quarto.

Por sorte estava vestido e logo segurei minha menina no colo. Juliette me dava um sorriso suave e também veio me abraçar.

- Tudo bem com vocês?

- Tudo sim papai. - Elisa disse divertida.

Depois jantamos juntos e Elisa contou tudo sobre a tarde de compras com Juliette para a festa que iríamos em dias.

Enquanto ouvia Elisa tagarelar, via Juliette que me olhava de forma tímida. Nossos olhos falavam muito e a vontade de ficar a sós era enorme.

Minha pequenina menina dormiu embalada numa história que eu te contei e quando me certifiquei que ela dormia pesado, fui direto ao meu quarto.

...

Sorri ao abrir a porta e ver aquele ambiente com a luz baixa, uma decoração romântica e o cheiro da minha mulher me inebriando.

Assim que passei a chave na porta, senti meus olhos serem tapados por suas pequenas mãos.

- Cheia de mistérios.

Girei e fiquei de frente a ela. Olhei seu corpo coberto apenas com uma mini lingerie e meu corpo já se excitou.

- Que isso moça? Que crime é esse?

- Crime? - ela disse mordendo o lábio inferior.

- Sim. Roubou toda a beleza do mundo pra si.

Juliette sorriu e eu a beijei. Nossas bocas ficaram unidas por minutos e depois comecei a explorar seu corpo.

- Eu sou louco por você. - disse antes de sugar um de seus mamilos e de sentir ela arfar, com a mão na minha nuca.

Nos despimos com pressa e logo ela estava por cima de mim, cavalgando e me dando um prazer incrível.

Segurei seu quadril por um instante e ela reclamou. Logo reassumindo o comando e em segundos chegamos ao ápice do prazer.

Seu corpo se deitou sobre o meu e nos desconectamos lentamente.

- Juliette... Nós não pensamos... Hoje eu não usei preservativo.

- Você me ama de verdade? - ela fez essa pergunta olhando nos meus olhos.

- Amo muito.

- Então não se preocupe.

- Então casa comigo?

- Sim. Eu caso.

Vivemos uma noite de amor intensa. Na cama, no banheiro, cada espaço foi testemunha do nosso amor.

...

Os Caminhos (In)certosOnde histórias criam vida. Descubra agora