Minha luz. | Filipe Ret.

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Diogo - vou trazer o seu almoço.- escuto seu passos se afastando.

Minha família desesperada tentando me encontrar e ele acha que eu tenho tempo pra comer?! Ah pelo amor de Deus.

- eu não sei oque fazer...- susurro pra mim mesma.

Estou ficando sem forças pra continuar, cada dia eu me alimento menos do que o normal, imagina quando eu voltar pra casa? vou chegar igual um esqueleto.

Diogo - come, isso vai te fazer bem.- ele estende a sua mão com o prato.- bom apetite.

- você sabe porque estou aqui?.- perguntei assim que ele trancou a porta.

Diogo - o senhor Matheus me explicou.- volta a sentar no chão.- desculpa por essa situação, eu preciso muito desse dinheiro.

- tudo bem..- a idéia de subornar ele passou na minha cabeça no mesmo segundo, mas e se fosse plano do Matheus?.- desculpa a pergunta, mas você precisa pra algum problema sério?

Diogo - minha irmã está com uma doença grave.

- sinto muito.

Diogo - agora que estou conseguindo pagar um hospital particular, ela está melhorando.

- que bom Diogo, desejo melhoras pra sua irmãzinha.

Diogo - obrigado. Emilly, eu quero te aj-

Ele é interrompido por passos barulhentos que entravam na casa, escuto ele levantando e faço o mesmo.

Matheus - como ela está?.- sua voz estava perto do quarto.

Diogo - está ótima, senhor.

Matheus - perfeito.- ele abre a porta.- boa tarde meu amor!

- boa tarde Matheus.- levanto da cama.- veio cedo pra casa hoje.

Matheus - sim, eu vim mais cedo pra passar um tempo com você.

Ele caminha até mim e coloca um pouco de cabelo atrás da minha orelha.

- o que iremos fazer?

Matheus - passear.

Maravilha, vou poder dar uma boa olhada em tudo lá fora.

- legal, posso me arrumar?.- ele me olha sorrindo e eu faço o mesmo.

Matheus - claro que pode querida. Vou esperar lá fora.

- ok.

Espero ele sair e troco de roupa, coloquei uma bermuda e uma blusinha qualquer, pra que caprichar se vou andar no mato?

Matheus - pronta?

- sim!

A porta é aberta e o rapaz entrelaça nossos dedos, fazendo descermos juntos até a sala.

Sinto nojo do seu toque, mas não posso mostrar isso.

Consegui olhar para o rosto do Diogo de longe, estou intrigada com o que ele iria falar, quero muito saber.

Matheus - pode ir descansar.- diz olhando para o Diogo.- obrigado pelos serviços.

Diogo - muito obrigado senhor, bom passeio.

Saímos da casa e em frente a ela, era bem arrumado. Nas voltas mais distante tinha apenas árvores e mais árvores.

Ele me levava por uma trilha de terra que era ao lado da casa.

Tinha até uma vista bonita de todas aquelas árvores, mas quando lembrava de quem estava ao meu lado, eu estremecia.

O Matheus não é uma pessoa.. como eu posso dizer, feia. Ele é elegante, pele morena, olhos verdes, tem algumas tatuagens pelo braço e o corpo tinha um pouco de músculos.

Mas isso não me chamava atenção, zero.

Observei cada lugar, a forma de algumas árvores e onde tinha trilha de terra sem ser a que nós estávamos andando.

Matheus - sabe emillyzinha..- o encaro.- eu estou disposto a te dar um voto de confiança, se eu quero conquistar você, não posso continuar te deixando amarrada.

- quero passar mais tempo com voce.- aperto sua mão com um pouco de força.- podemos nos conhecer melhor dessa forma, pode ser?

Agora que vão começar os joguinhos, vou ser diferente com ele, até eu achar um jeito de escapar.

Matheus - quer mesmo?.- seus olhos brilhavam.- estou muito feliz.

- eu e o Filipe não estávamos muito bem mesmo, talvez você seja o homem certo pra mim.

Minto, mordendo a bochecha. Nunca falaria isso, mas eu preciso apelar.

Matheus - que bom que você entende, eu vou fazer de tudo pra te fazer feliz.- ele sorri gentilmente.