40

4.5K 211 10
                                        


emy

Meu corpo doía um pouco ainda, mas eu esquecia dessa dor toda a vez que olhava pra ele.

O tadinho ficou bem mal mesmo, tava com o cabelo um pouco grande e a barba já estava no rosto. Mesmo assim continuava lindo.

- você brigou com o barbeiro por causa minha também?.- perguntei dando umas risadas quando estávamos descendo do carro.

ret - zoando a minha situação né, amanhã mesmo vou dar uma moral no meu corpinho pra tu.- ele diz sorrindo e beija o meu pescoço com cuidado.- vamos subir, quero que você me explique o que aconteceu.

No momento em que ele disse isso, eu lembrei do Diogo, como pude esquecer? ele pode ainda estar vivo.

- amor, a gente precisa ligar pra polícia.- ele arqueia uma sobrancelha.- preciso ajudar o homem que levou um tiro pra me ajudar a fugir de lá!

Ele liga e passa o celular pra mim. Explico toda as informações sobre o lugar onde ele está para a polícia e depois desligo.

vivi - bora entrar, eu não aguento mais a ansiedade.

ret - isso é instinto de fofoqueira.- os dois homens começam a rir.

vivi - vão se foder!

O ret abre a porta e eu entro na minha casa, o cheiro aromatizante do lugar entra pelas minhas narinas. Estou de volta.

Caminho devagar até a sala e lá estão as duas sentadas no sofá, chorando.

- mãe! Amanda!.- abraço as duas.- eu senti tanto a falta de vocês.

Amanda - não é um sonho, você realmente voltou.- diz chorando no meu ombro.- desgraçada, me assustou muito.

mãe - minha filha.- a mais velha chorava também

- está tudo bem agora, se acalmem.- sentei entre as duas e os outros na nossa frente.- vou contar o que aconteceu.

ret - quer algo pra beber ou comer amor?

- pede uma pizza, eu sei que vocês não estavam comendo direito, então hoje todos vão encher a barriga.

Amanda - pede três ret, com essa fome que eu estou, devoro uma sozinha.

Esperamos ele pedir e depois todos ficam em silêncio pra mim poder explicar.

- a pessoa que me sequestrou, era um antigo conhecido da escola, ele era uma daquelas crianças que tem poucos amigos sabem?.- todos assentem.- eu sempre brincava com ele na escola por causa disso, não gostava de ver as pessoas excluindo ele de tudo e fui ajudar, só que por causa disso ele se apaixonou por mim e meteu na cabeça que iria se casar comigo.

ret - malucão, se eu pego ele encho de bala!

poze - chama os parça pra assistir.

vivi - que porra de pensamentos são esses?.- começamos a rir.- continua emy.

- então por causa dessa obsessão, ele esperou ficar mais velho e veio atrás de mim, mas quando ele fez isso, eu já estava com o ret.- respiro fundo.- aí ele planejou tudo e me sequestrou, ele colocou até homens pra me cuidar durante o dia porque ele trabalhava. O homem que me ajudou era um contratado dele, eu estava tentando fazer de tudo pra escapar e ele me deu a mão, fizemos um plano, só que eu poderia fugir apenas depois de um mês e meio.

Continuei contando todos os detalhes pra eles que escutavam com atenção, mas a minha cabeça lembrava a todo momento do Diogo, como será que ele está?

vivi - então o cara ta lá até agora com um tiro?.- ela arregala os olhos.- eu espero que ele esteja vivo, vou orar por ele.

ret - a gente precisa descobrir quem é a irmã dele, mesmo se ele tiver morto, eu vou pagar todo o tratamento.

poze - tamo junto nessa, espero do fundo do coração que ele esteja vivo.- a campainha toca.- é a pizza, deixa que eu recebo.

mãe - você passou por muita coisa minha filha, estou orgulhosa e feliz de você ter saído bem.

Amanda - eu também.

- vocês explicaram para todos que eu estava bem agora?

ret - eu postei, já deve estar viralisando na internet.

- que bom, quando eu tiver melhor, vou voltar para as minhas lives.

vivi - mas por hoje, vamos festejar a sua volta!.- o poze chega com as pizzas.- o grande e esperado dia.

Filipe trouxe um vinho da cozinha e depois pegou taças para todos.

Ret - um brinda a volta da minha mulher!.- todos levantam as taças e brindam sorrindo.

👾










Minha luz. | Filipe Ret. Onde histórias criam vida. Descubra agora