-Você tem certeza, criança? -Quiron pergunta a mim, preocupação em seus olhos castanhos. -Você ficará sozinha aí, Farofin voltará a procurar por semideuses pelo país.
-Tenho sim, Q. Afinal das contas, eu sempre quis isso. -Respondo para o centauro que eu considerava como um pai. -Conseguir frequentar uma escola sem ter monstros tentando me matar a cada 5 segundos. Além do mais, vou ficar de olho no clã de vampiros, vendo se eles são "vegetarianos" mesmo. No início do verão, se tudo der certo, eu levo os dois semideuses para o acampamento.
Assim que chegamos no trailer eu faço uma chamada de Iris com Quiron, para informá-lo de minha decisão. Resolvo ficar em Forks durante o ano escolar, ansiosa por ter uma vida normal (até onde é possivel para um meio-sangue em uma cidade de vampiros). Passei todos os anos letivos no Acampamento desde que cheguei lá quando tinha 12 anos.
Como não tinha familiares - além da família divina – nos Estados Unidos, e minha mãe não tinha como pagar para eu voltar para o Brasil, já que não posso entrar em aviões e outras formas de viagem seriam muito mais caras, Quiron e mamãe acharam melhor eu ficar em Long Island o ano inteiro. Já que todos os filhos dos Três Grandes costumavam ter problemas com monstros em escolas e internatos normais.
Porém, os Cullens afirmam que mantém os monstros afastados de Forks e que não têm interesse em fazer lanchinho de semideus, então por que não tentar ter uma vida razoavelmente normal? Não custava fazer um teste. No máximo o que poderia acontecer era eu voltar a Long Island – ou morrer e ir passar a eternidade nos domínios de Hades, coisa tranquila assim.
-Se é o seu desejo, Marina. - O centauro fala carinhosamente. - Irei te apoiar, mas saiba que quiser voltar para cá nós damos um jeito de trazê-la.
-Eu sei, Q. Muito obrigada por isso. -Agradeço o treinador de heróis. - Lucy tentou entrar em contato com o acampamento?
Quiron faz que não com a cabeça. Quando chegamos no trailer, como já tínhamos imaginado, nem Lucy, a picape ou as coisas que ela tinha no quarto (incluindo o chifre do minotauro) estavam mais aqui. Apesar de todas as brigas que tínhamos, eu me importava com a filha de Ares e não queria que ela fizesse nenhuma bobagem.
-Você sabe como Lucy é, criança. Dê um tempo a ela, ela deve estar bem.
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Tento secar as lágrimas em minha jaqueta, como filha de Poseidon eu conseguia decidir se queria ficar com a roupa e o corpo molhados por causa de um mergulho no mar e piscinas, ou por causa da chuva, até embaixo do chuveiro eu tinha poder de decisão! Mas ao que parece, eu não podia decidir sobre as lágrimas de sátiro.
Na manhã seguinte a nossa conversa com os vampiros na floresta, eu e Farofin estávamos nos despedindo um do outro. O sátiro precisava continuar suas buscas por crianças meio-sangue no restante do país e por isso estava deixando Forks naquela manhã.
Ele usava um look meio estranho – calças jeans e tênis Vans escondendo suas pernas e patas de bode, um boné amarelo dos Lakers na cabeça para esconder seus pequenos chifres, uma jaqueta laranja e uma camiseta com estampa do rosto do Sr. D aparecendo por baixo da jaqueta aberta.
O sátiro estava abraçado comigo há uns dois minutos e não parecia que ia me largar logo.
-Marininha, vou sentir muito a sua falta. -Fin fala, sua voz estava chorosa combinando com seus olhos e rosto molhado, assim como minha jaqueta.
-E eu a sua, bro. - Falo dando tapinhas desajeitados nas costas do meu amigo. – Vamos continuar nos falando por mensagem de Iris, e no verão estaremos os dois de volta ao Acampamento. Não vai nem dar tempo de sentir saudades. Você já tem alguma ideia de onde ir agora?
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The Sea Daughter and the Immortal Beauty - Rosalie Hale
VampiroMarina tinha um plano: Atravessar o país viajando de Nova York até o estado de Washington, matar uns monstros por lá e depois voltar para o Acampamento Meio-Sangue, era simples. Mas a garota deveria saber, nada é simples na vida de uma semideusa. As...