The Sea Daughter and the Immortal Beauty - Rosalie Hale

Eu levo um pé na bunda

-Nós sabíamos que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, peixinho. – Rosalie diz, depois de eu terminar de contar para ela toda a minha conversa com o deus dos mares.

-Eu sei, só não esperava que acontecesse tão rápido, sereia. – Digo, segurando meu rosto entre minhas mãos, estava exausta. -Isso tudo é uma droga, por que as grandes profecias sempre têm a ver com algum filho de Poseidon?

-Eu tenho um palpite. – Rosalie diz e tira minhas mãos do meu rosto e as segura entre as suas. – Deve ser porque os filhos de Poseidon são fortes, justos, leais e fazem sempre o que acham certo, além de lutar pelo que acreditam. Você é assim, uma heroína por natureza, e acho que seu irmão também é deste mesmo jeito, então faz sentido vocês estarem sempre envolvidos em profecias grandiosas e destinados a salvar o mundo.

-Você tem muita fé em mim, Rosalie. – Nego com a cabeça. – Não acho que eu seja uma heroína, quem garante que na hora da escolha que a profecia fala eu não irei fazer a escolha errada?

-Eu tenho muita fé em você mesmo, amor. E ao que parece, preciso ter mais ainda, para compensar o fato de que você não tem nenhuma. – Rosalie diz, revirando os olhos. – A profecia fala que a heroína fará uma escolha, mas não diz que fará a escolha errada. Isso é a sua mente tentando te sabotar. Tenho certeza de que você fará o que é correto.

Solto um suspiro cansado e não respondo a vampira, meus pensamentos estavam um caos, a qualquer momento eu entraria em colapso e meus neurônios fritariam, respiro fundo tentando organizar minha mente, o que era mais urgente agora? Claro que era isso: o fato de que eu teria que voltar ao acampamento e deixar Rosalie para trás.

-Você sabe que eu terei que voltar logo para Nova York certo? – Pergunto e Rosalie acena de forma leve positivamente com a cabeça. – O que será de nós, sereia? Não consigo me ver indo embora e te deixando aqui.

-Mas você precisa ir, isso é um fato. Vai ser difícil, mas você mesma disse uma vez que as parcas têm um destino preparado para nós duas, e se isso for verdade, nós nos encontraremos novamente em algum momento. - A vampira afirma olhando em meus olhos. - Talvez demore um pouco, mas você voltará para mim. - Rosalie dá uma risada. - Você é muito teimosa para simplesmente desistir de nós duas.

Ela tem razão, eu sou mesmo. Se eu sobreviver (mesmo que ache difícil), volto para ela. Se eu morrer e ir para os Campos Elísios como uma heroina, tento renascer e reencontrá-la. Se eu morrer e ir para os Campos de Asfódelos ou de Punição, me torno um fantasma e retorno para a terra como uma assombração e tento achá-la. De qualquer maneira, voltarei para Rosalie.

-É, tem razão, não importa o que aconteça, não desistirei de nós duas, sereia. - Afirmo com veemência.

(...)

-Fique tranquila, tentarei manter seus filhos em segurança, Sra. Roberts. – Falo para acalmar a mãe de Max e Trevor, os dois semideuses não reclamados que foram o motivo para termos vindo para Forks inicialmente. -No final do verão eles estarão de volta.

-É difícil para uma mãe não ficar preocupada depois do que você me contou, Marina. – A senhora olha para seus filhos, que estavam em seus quartos terminando de arrumar suas mochilas para enfim viajarmos para o acampamento. – Sabendo que meus meninos estão em constante perigo, eles são crianças, Max tem 11 e Trevor tem 10 anos!

Olho para os garotos tentando descobrir quem seria seu pai divino, eles me lembravam alguém. Na verdade, eles possuíam um rosto meio élfico, pareciam um pouco com Alice.

-Eu sei que não é fácil, senhora. Mas o melhor para eles é ir para o acampamento, terem um treinamento adequado e serem capazes de se defender. – Falo e a senhora assente, com seus olhos transbordando preocupação com a segurança dos filhos. – Eu irei terminar de resolver umas coisas e em uma hora estarei aqui para buscá-los. – Me despeço da senhora e saio da casa dos Roberts, entro no Jeep e dirijo até o trailer para buscar minhas coisas, e ver se Lucy já estava pronta.