Plagiei o grande filósofo Armandinho

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Rosalie havia trocado de roupa depois de sair da cozinha, a vampira agora usava um coturno nos pés, uma calça jeans se modelava em suas pernas torneadas e o look era completado por um moletom branco com as mangas puxadas até os cotovelos, acredito que para não o manchar de graxa do motor.

Sabia que ela tinha me ouvido chegar, por causa de seus sentidos aprimorados de vampira. Mas a garota não fez nenhuma menção de olhar para mim. Preciso lembrar de agradecer a Alice por me colocar em uma situação desconfortável como essa.

-Então, hmm. Alice pediu para eu esperar aqui, ela vai me levar para casa - Pigarreio para limpar minha garganta. A sereia loira assente, mas não fala nada – Você está consertando esse Jeep?

Rosalie finalmente olha para mim, levanta uma sobrancelha e ri. Bela forma de começar uma conversa, pedir para alguém que está mexendo em um motor com as mãos sujas de graxa se está consertando o carro. Eu falo das habilidades sociais de Lucy, mas eu também não tenho nenhuma.

-Sim, é o que eu faço em meu tempo livre. -A loira me responde, sua voz estranhamente gentil. -Conserto os carros da minha família.

Tenho que admitir que não esperava isto, pensava que Rosalie Hale preferiria passar seu tempo livre no shopping comprando suas roupas elegantes, ou indo a óperas e peças de teatro, já que parecia uma pessoa clássica e culta. Mas ver a garota aqui dizendo que tinha como passatempo ficar na garagem mexendo em carros me fez perceber que na verdade eu não sabia nada sobre a sereia loira.

-Mas que droga. - A vampira diz e respira fundo, mesmo não precisando de ar para sobreviver.

-O que houve? Posso te ajudar em alguma coisa? – Pergunto, ela se vira para mim, parando de mexer no motor e responde:

- Para me ajudar você precisa entender de mecânica. – Responde. E reluta para dizer as próximas palavras, como se doesse admitir isto. – Estou há dias tentando arrumar um problema nos pistões, mas não estou conseguindo. O Jeep está muito lento, a energia de combustão não está se transformando em energia mecânica. Já tentei procurar por rachaduras ou desgastes nas peças, mas não encontrei nada.

Não entendi nada. Ia dizer que parecia que a vampira estava falando grego, mas eu entendia grego então, vou mudar a expressão. Pra mim, que não entendo nada de mecânica, ela estava falando árabe.

Uma ideia vem a minha mente, eu não entendia nada de mecânica, mas conheço quem entende. Crio um arco íris com névoa e tiro um dracma do bolso da calça jeans. A vampira me olhava confusa com o que eu iria fazer.

-Oh Iris, deusa do Arco Iris, por favor aceite minha oferenda – Falo e jogo o dracma no arco íris, vendo-o desaparecer na névoa. -Me mostre John Sparks, em Detroit, Michigan.

Logo aparece em minha frente a imagem de meu amigo John, filho de Hefesto. O semideus é excelente com motores e o resto que envolva carros, se tinha alguém que saberia o problema do Jeep era esse cara.

O garoto de Hefesto não tinha me visto, estava muito concentrado mexendo em -adivinhem- um motor.

-Ei Johnny -chamo o garoto que olha em minha direção, surpreso em me ver. -Você não deveria estar dormindo? Não são tipo, uma da manhã em Detroit?

-Se eu estivesse dormindo você teria me acordado com a mensagem, Bianchi. – John ri e continua. – Tenho que terminar de arrumar esse carro, o cliente vem buscá-lo na segunda-feira.

A mãe de John tem uma oficina mecânica em Detroit a muitos anos, na qual o semideus ajuda durante o ano letivo, foi na oficina que Hefesto conheceu ela. Os deuses tendem a se aproximar de humanos com interesses semelhantes aos seus. Por exemplo, minha mãe surfista e Poseidon, a mãe militar de Lucy e Ares, e Hefesto e a mãe mecânica de John. O único deus que parecia não ter requisitos para achar amantes humanas era Zeus, que se enrabichava com qualquer mulher que achasse atraente.

The Sea Daughter and the Immortal Beauty - Rosalie HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora