Recebo uma visita dos meus sanguessugas de estimação

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-Você precisa melhorar sua postura, Max. – Falo para o pré-adolescente. –Vai ser derrotado facilmente ficando assim todo torto.

Estava treinando os semideuses mais jovens na arena, os ensinando golpes e como manusear as espadas corretamente, treinávamos todos os dias, várias horas por dia. Precisávamos estar prontos para quando a verdadeira batalha chegasse.

-Não entendo por que eu preciso aprender a lutar, Marina. – O jovem semideus que eu havia trazido no verão passado diz. -Sabe que posso ser útil na batalha de outras formas, sei de ótimas armadilhas pra encurralar o deus velhote e o exército dele.

Dou risada e bagunço os cabelos do filho de Hermes, sim, Max e seu irmão Trevor eram filhos do deus dos ladrões, isso explicava suas feições meio élficas e seu talento para confusões.

-Tenho certeza de que suas armadilhas serão de extrema importância, Maxie. Mas é importante saber lutar também. -Sorrio para o garoto tentando convencê-lo. – Não quero que você se machuque, nenhum de vocês. -Olho para o restante das crianças treinando na arena. – Aprenda a lutar e se defenda, e me ajude a cuidar dos outros, sim?

O semideus assente e logo volta a treinar, agora com uma postura correta. Durante a próxima hora, me ocupo auxiliando o restante dos meio-sangues que treinavam, até decidir que era hora de encerrar as atividades de hoje ao ver o rosto cansado das crianças. Bato palmas chamando a atenção deles.

-Certo pessoal, vocês foram ótimos hoje, podem ir descansar um pouco e depois nos encontramos no pavilhão de refeições na hora do jantar. – Falo e vejo as crianças assentirem e se encaminharem para fora da arena. – Amanhã continuamos o treino no mesmo horário, ok?

-Você vem, Marina? – Max me pergunta, eu havia me aproximado muito do garoto e de seu irmão no último verão, considerava os dois como meus irmãos mais novos. Tentava os ensinar tudo sobre o mundo mitológico e mantê-los em segurança, como prometi para a mãe deles, além disso tínhamos vários assuntos em comum por causa de Forks, e os garotos me mantinham a par do que acontecia na cidade e com os Cullen.

-Vou terminar de ajeitar as coisas por aqui e treinar um pouco, nos encontramos no jantar, certo? – O semideus assente e sai da arena, me deixando sozinha, eu e meus pensamentos.

Aperto a pulseira em meu braço e rapidamente empunho Thalassa, correndo para o boneco de treino que tinha sido encantado por uma filha de Hécate, o fazendo se mexer e me atacar.

O ataco e consigo arrancar o seu braço de palha, que logo volta ao normal para eu continuar o treinamento. O boneco me ataca de volta e me esquivo, ficamos nessa dança por vários minutos, comigo tentando colocar meus pensamentos em ordem.

Muita coisa aconteceu depois que eu e Lucy deixamos Forks e viemos para cá com os dois semideuses. Já tinha se passado um ano e meio, um ano e meio sem ver Rosalie, um ano e meio me preparando para uma guerra, um ano e meio esperando Urano nos atacar.

Nesse período tivemos algumas batalhas com aliados do deus primordial, principalmente ciclopes e gigantes. Na maioria das vezes essas criaturas tentaram invadir o acampamento, já que nada é mais eficaz para destruir os deuses do que matar os heróis que faziam o trabalho sujo deles. Felizmente, conseguimos derrotá-los todas as vezes, mesmo tendo algumas baixas nas lutas.

Isso era uma coisa que me incomodava profundamente, quantos meio-sangue iriam morrer até conseguirmos derrotar Urano? Desde o início do último verão, quando a ameaça de Urano ficou mais eminente, recrutamos todos os semideuses possíveis para lutar ao nosso lado, tanto os mais jovens como os seniores. Eu me sentia terrível em colocar a vida desses heróis em risco, então convenci Quiron a deixar a escolha de lutar por conta dos meio-sangue e de seus pais mortais.

The Sea Daughter and the Immortal Beauty - Rosalie HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora