Minha alma gêmea é uma vampira

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Aviso: Marina tem um pesadelo sobre o passado de Rosalie nesse capítulo, se você não se sentir a vontade lendo a parte sobre o abuso que a vampira sofreu, por favor pule esse pedaço, marquei em negrito o começo e o final da cena. 



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Saímos do Acampamento no sábado e retornamos para Forks, eu não tinha mais vontade de voltar para aquela cidade, mas Quiron insistiu, dizendo que devíamos continuar de olho nos semideuses que lá viviam, argumentei que podíamos voltar para lá, buscar os meio-sangues e depois trazê-los para Nova York, mas Q contra-argumentou, usando minhas prévias palavras, de que as crianças mereciam ter um resto de ano escolar normal, antes de serem jogados no mundo grego. Não tive como discordar disso, já que eu mesma havia falado. Rachel concordou com o centauro e, em um momento que ficamos a sós a garota oráculo me segredou que sentia que eu precisava voltar para Forks e resolver o que quer que eu tinha lá (palavras dela).

Chegamos em Seattle no domingo à noite, e depois de agradecer o dono da lancha por ter nos emprestado (por livre e espontânea manipulação), voltamos na picape até Forks, onde só tive vontade de tomar uma rápida ducha, antes de deitar e me entregar ao mundo dos sonhos.

Desculpe, sonhos não, pesadelos. Passei a noite sendo desperta por lembranças e talvez indicativos do futuro, ou do passado.

O meu primeiro sonho era uma lembrança dos últimos dias no Acampamento, quando tive uma conversa com Q, depois de jantar na Sexta-feira:

-Quiron, eu sei que você não quer causar alardes para os outros semideuses. - Exponho minha opinião. - Mas eu preciso saber se você acha que nós seremos os heróis atingidos pela profecia. - O centauro olha fixamente para a praia dos fogos por alguns minutos, antes de me responder.

-Eu não tenho certeza, querida. A penúltima grande profecia demorou anos para acontecer, já a última aconteceu mais rápido do que esperávamos. -Quiron finalmente olha para mim. - O que me preocupa são essas tempestades que estão ocorrendo, não são os deuses que estão as provocando, mas alguém está. - Assinto e deixo meus pensamentos fluirem da minha mente.

- Q, o "antigo pai" da profecia não é Cronos, certo? - Pergunto e hesito antes de falar o restante. - É Urano?

-Acredito que sim, já que a profecia fala sobre o "céu perdido". - Quiron suspira. - E Urano poderia muito bem causar tempestades e eventos climáticos. Querida, acontecendo logo ou não, teremos que estar preparados de qualquer forma. - Assinto e logo sou transportada para outro lugar em meu sonho.

* Alerta gatilho - menção a abuso e agressão. *

Estou em uma rua escura, era noite, carros clássicos que a gente via em filmes antigos estavam estacionados por ali, não havia pessoas na rua, talvez pelo horário. Um forte vento soprou uma folha de jornal para a frente dos meus pés, o nome do jornal estava escrito em letras bonitas e grandes: Democrat and Chronicle, abaixo dele havia a data: sexta-feira, 7 de abril de 1933, e o local: Rochester, Nova York. Ok, por que estou sonhando com isso?

Escuto um barulho de vidro quebrando mais para o final da rua e me movo para lá, na calçada havia uns 5 homens, 2 estavam de pé segurando garrafas em suas mãos, os outros 3 estavam agachados na calçada, me impossibilitando de ver o que acontecia ali, ouço gemidos de dor e xingamentos, mas não consigo me aproximar, meus pés estavam grudados no chão e minha voz não saia.

The Sea Daughter and the Immortal Beauty - Rosalie HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora