Manipulo as correntes marítimas para voltar à baia de Santa Monica, quando emergi a praia estava vazia e silenciosa, pela escuridão, era madrugada. Meu ombro ardia como o inferno, a ferida era muito profunda e o mar não dava conta de me curar. Me jogo na areia, arfando em cansaço e dor, deixo o bidente no chão ao meu lado e puxo a camiseta para baixo, para ver o estrago que o machado havia feito. Estava horrível e sangrando muito, não sabia se ia conseguir forças para voltar ao Hades.
Fico surpresa quando escuto o barulho de asas e vejo a fúria Alecto pousando à minha frente.
-Vamos semideusa, levante-se. Temos que levar a arma de volta para o meu senhor. – A benevolente diz, esforcei-me para me levantar, mas minhas forças me abandonaram. Alecto se aproximou rapidamente, segurando meu braço ileso com suas garras. Sem hesitar, ela alçou voo, levando-me junto com ela. – Não ouse deixar o bidente cair.
Ser carregada por uma fúria, voando no domínio do cara dos raios e ainda estar gravemente ferida, tinha como piorar? Tinha sim, Alecto nos leva por um passeio nas sombras até o submundo, sinto meus órgãos se comprimirem e uma escuridão me tomar, tudo girava, até que tudo parou e estávamos no palácio do senhor dos mortos, a fúria me deixa cair sem nenhum cuidado no chão aos pés do trono de Hades, se não bastasse tudo ainda sinto um mal-estar e acabo vomitando na frente do deus e de sua esposa – Perséfone – que estava sentada no trono ao lado.
-Não acredito no que estou vendo. – Hades está irritado. – Como ousa sujar meu chão, filhote de Poseidon? – Levanto meus olhos para o deus, que parecia a ponto de me incinerar.
-Vamos meu marido, deixe-a. A garota deve ter passado por muita coisa. – A rainha do submundo diz, sua voz é suave. Com um aceno das mãos, ela chama criados esqueletos que rapidamente limpam a sujeira, me levantam do chão e me sentam em uma cadeira de galhos e flores negras que havia sido criada por Perséfone naquele momento. – A filha de Poseidon fez sua parte, querido. O bidente está em casa.
-Certo, mas só te deixarei viver pois minha esposa pediu. – O deus levanta de seu trono e vem até mim. – Vamos, Bianchi. Me dê o bidente.
Entrego a arma para o deus, e assim que sua mão entra em contato com ela, diversas sombras (que acredito serem almas) são sugadas até o bidente, finalmente, a ordem natural da vida e da morte estava recuperada.
-É bom ter o controle de volta. – O rei caveira suspira, ele parecia até um pouco feliz. – Não costumo dizer isso para a prole dos meus irmãos, mas você fez um bom trabalho, criança.
-Obrigada, senhor Hades. – Dou um leve aceno com a cabeça para o deus. – Acredito que queiram saber o que aconteceu.
-Queremos sim, querida. Mas não agora. – Perséfone diz e caminha até mim, em suas mãos um pedaço de ambrosia e uma taça de néctar. – Primeiro você descansará em um dos nossos quartos de hóspedes até se recuperar e depois disso você nos informará o que aconteceu.
Não tive tempo de chegar a um quarto, depois das palavras da rainha do mundo inferior eu simplesmente fui vencida pelo cansaço e pela dor e desmaiei.
(...)
Dormi por cerca de 4 dias direto, apesar do clima do mundo inferior não ser muito agradável. Estava exausta e ferida, então apaguei completamente. A deusa da primavera me induziu a uma espécie de "coma" para me recuperar dos machucados. O ferimento do machado não estava mais tão fundo, aos poucos ia me recuperando com a ajuda de Perséfone e da ambrosia e néctar, só iria ficar uma grande cicatriz em meu ombro.
Depois de contar a Hades tudo o que aconteceu e sobre o possível retorno de Urano (o qual o deus prometeu avisar os outros Olimpianos sobre), o rei caveira disse para uma das fúrias me levar até a alma de Royce King II, o noivo de Rosalie. Felizmente, o abusador estava passando a eternidade nos Campos de Punição, mas infelizmente a punição dele era muito simples: ficar olhando eternamente para um relógio, o cretino merecia uma tortura muito maior pelo que fez.
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The Sea Daughter and the Immortal Beauty - Rosalie Hale
VampireMarina tinha um plano: Atravessar o país viajando de Nova York até o estado de Washington, matar uns monstros por lá e depois voltar para o Acampamento Meio-Sangue, era simples. Mas a garota deveria saber, nada é simples na vida de uma semideusa. As...