The Sea Daughter and the Immortal Beauty - Rosalie Hale

Faço um acordo com monstros

O dia amanheceu com chuva, como acontece direto aqui em Forks. Pelo que as grandes poças de água na rua indicam, choveu a noite toda, tinha que torcer para Lucy não me jogar na água de novo e voltarem a me chamar de "Rainha das poças".

Estava caminhando até a escola, já que a semideusa que era minha colega de trailer me recusou uma carona, levando somente Fin na camionete. Cheguei em cima da hora, faltavam uns 2 minutos para aulas começarem, o primeiro sinal de entrada já tinha tocado. No meio do estacionamento havia uns poucos alunos pegando seus livros em seus carros.

A minha atenção foi rapidamente direcionada para três vagas no canto do estacionamento, onde os irmãos vampiros se encontravam encostados em seus carros. O grandão e a loira em um jeep. A vampira sereia, o loiro e a baixinha em uma BMW conversível vermelha. E por último, encostado em um Volvo estava o garoto de cabelos castanhos/ruivos.

Todos os seis olhando em minha direção, "ué, será que eu tenho um cheiro gostoso para receber tanta atenção assim?" pensei comigo mesma, percebi o cara do Volvo dar uma risada. Parei de olhar para eles e segui para a entrada da escola, não ia resolver a situação com os vampiros aqui, com uns 300 mortais por perto.

Minha primeira aula do dia seria literatura inglesa, era a única disponível para esse horário então não tive escolha, a maior parte do semestre era lendo clássicos em inglês e fazendo trabalhos sobre eles, como vou ler esses livros sendo que meu cérebro de meio-sangue é coordenado para ler somente em grego antigo e não em inglês? Não faço ideia, eu estava ferrada.

Como cheguei em cima da hora a sala já estava praticamente cheia, tendo só 2 lugares sobrando, o professor sinaliza para eu escolher um lugar e me sentar, voltando sua atenção para uns papéis em sua mesa, não dando importância para o fato de eu ser nova na escola.

A situação muda quando ELA entra na sala, toda a atenção do professor – e do resto da turma – se volta pra ela - Rosalie Hale, a sereia loira. Que na verdade era uma fria. Uma fria que me deixou com o corpo quente quando olhou para mim com aqueles enigmáticos olhos dourados.

-Bom dia Srta Hale. – O professor diz sorrindo. – Como está essa bela moça nesta bela manhã?

-Estou bem Sr. White. – A loira responde, mas não sorri para o homem, ela está séria.

Qual é, esse velho não tem vergonha? Ele está na frente de todo a classe dando em cima de uma aluna, que tem idade pra ser filha dele (ou não, já que descobri que ela é imortal, vai saber sua idade). Espera, mesmo assim, ele é professor dela, isso é errado ao extremo, e deu para ver que ela ficou desconfortável com a situação.

Minha vontade é de ir lá na frente, pegar esse tarado pelo cangote e limpar o quadro de giz com a cara dele, e depois fazer o mesmo com a cara dele no asfalto.

Desvio minha atenção dos meus pensamentos assassinos quando escuto uma garrafa de água, que estava sobre a classe de uma menina no outro canto da sala, explodir, jogando água nos alunos próximos. Ninguém fazia ideia do que havia acontecido. Preciso me acalmar, antes que exploda também a tubulação de água nas paredes.

Rosalie se senta na única cadeira disponível ao meu lado, olha para a bagunça com a água e depois para mim, como se dissesse com o olhar: "eu sei que foi você".

-Minha família precisa falar com você, com a filha de Ares e com o sátiro. -Ela fala em voz baixa, com a intenção de só eu escutar.

Fui pega de surpresa por essa fala dela, pensei que eu estivesse em vantagem aqui, mas os vampiros sabiam sobre Farofin e sabiam sobre Lucy ser filha do deus da guerra, o que mais eles sabiam? E como sabiam? (descubra hoje no Globo Repórter)