Causo a erupção de um vulcão

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É inusitado conseguir dormir depois de tudo que aconteceu ontem, de descobrir sobre o passado da minha namorada e ter perdido totalmente o controle e quase ter causado um desastre. Felizmente, o terremoto só foi sentido com intensidade na área que eu estava, que pertencia quase toda aos Cullens, então nenhum mortal foi atingido.

Aqui estou eu, dormindo como uma criança inocente, que a única preocupação era acordar para assistir Bom dia & Companhia, esse era um momento raro para qualquer semideus, um sono sem pesadelos e sonhos estranhos, era tudo o que eu poderia querer.

Até ser acordada subitamente por um balido de bode.

-Béé, Marina? Acorda! Preciso falar com você! - Me levanto da cama em um pulo e observo meu amigo sátiro me chamando através de uma mensagem de Iris. O garoto bode está inquieto, olhando para todos os lados como se um monstro fosse aparecer a qualquer momento.

-Fin, o que aconteceu? - Questiono, preocupada com meu amigo. - Você está bem?

-Estou bem, eu acho. Ela não fez nada comigo. - Farofin rói as unhas dos dedos, suas mãos estavam tremendo.

-Ela quem? -Pergunto, mas o sátiro não me responde, ele parecia em choque. - Fin! FAROFIN! - Falo mais alto, conseguindo a atenção dele. - Quem não fez nada com você?

- Uma Erínia, Marina. - Fin responde com a voz esganiçada. - Uma fúria! Ela era horrível, parecia um abutre. Pensei que ia me matar, mas eu não tinha o que ela queria então ela me deixou viver.

-Uma fúria? O que uma fúria fazia fora do submundo? E o que ela achou que você tinha? - Pergunto.

- Ela está fazendo um serviço para o Rei Caveira. Pelo que entendi o Bidente do Senhor dos Mortos foi roubado, e ela está tentando achar quem roubou.

Droga, isso não era nada bom, Hades usa o bidente para guiar as almas dos mortos até o submundo e mantê-las lá, será um caos se ele não tiver mais controle sobre os mortos.

-Ela disse quem pode ter roubado? Ou se eles têm alguma informação? -Tento raciocinar, todo mundo aqui em cima ficaria com problemas se a ordem natural das coisas fosse mudada. Almas vagando a esmo por aí.

- Ela não disse com todas as letras, mas deu a entender que o culpado estaria no fundo do mar. - Fin nega com a cabeça. - E algo sobre fazer picadinho de quem roubou.

-Espera, não faz sentido ela ter ido atrás de você, um sátiro não roubaria de um deus, só um semideus ou monstro faria isso.

- Ela não estava atrás de mim exatamente, Marina. Eu estou em um colégio interno em Nashville, tem um semideus não reclamado aqui, acho que é um filho de um dos três grandes, possivelmente do cara lá de cima. - Fin explica.

-Óbvio que tem. - Assinto. - E como sempre eles pensam que a culpa é de um semideus não reclamado, típico dos deuses.

- Eu tentarei levar o garoto em segurança para o acampamento, é o melhor a se fazer. - O menino-bode suspira. - Você sabe, o deus dos mortos vai mandar outros lacaios atrás dele.

-Ele vai, a não ser que achemos o real culpado. - Um milhão de ideias e pensamentos passa por minha cabeça naquele instante, se Edward estivesse lendo minha mente ele ficaria doidinho.

-Ok, leve o menino até Nova York, eu vou ver o que consigo fazer em relação ao roubo. - Suspiro. - Tome cuidado, Fin.

-Você também, Marina.

Já tinha tomado minha decisão e sabia o que precisava fazer: Eu iria até o submundo ter uma conversa com meu tio caveira.

(...)

The Sea Daughter and the Immortal Beauty - Rosalie HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora