Capitulo XXIII

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João Neves

Eu e a Kika não falávamos a mais de uma semana, ela não me respondia nem queria falar comigo, e quando me via fingia que não existia, eu não sabia o que se passava, não tinha feito literalmente nada, mas desde o último treino que ela tinha ido ver ela fingia que eu não existia, pensava que pelo o facto do primo dela estar cá ela queria passar tempo com ele, mas ele já tinha ido embora então não sabia mesmo o que ela tinha.

Durante essa semana foi bem desanimada para mim, não tinha nada para fazer, porque de certa forma o António também estava um pouco distante, mas ele eu sabia o motivo, queria passar tempo com a Carol, porque ela ia embora durante 1 mês para Londres, então era compreensível, então maior parte das vezes depois do treino ficava em casa sem fazer nada, ontem demos uma goleada ao Arouca, 5-0 era o último jogo da época em casa.

Estava a arrumar a minha casa que admito que estava muito desarrumada, até que ouço a campainha tocar, uma novidade está semana, já não ouvia a campainha a um tempo.

-Maria?- digo surpreendido a ver a minha irmã.

-Tu agora não nos vais visitar parece que eu é que tenho que vir cá- diz e eu apenas lhe dou um abraço, estava a morrer de saudades dela, e de seguida dou lhe espaço para entrar.

-Não te preocupes agora que vai deixar de haver jogos vai ser mais tranquilo- digo.

-Não te esqueças da seleção- lembra me a minha irmã.

-Eu não sei se me vão convocar novamente.

-Claro que vão- diz confiante- Se não convocarem estão a perder um dos melhores jogadores.

-Espero mesmo ser convocado, mas senão vou estar a apoiar o meu país- digo

-Ok Ok mas mudando de assunto- pelo o tom de voz dela alguma coisa se tinha passado- Estive a falar com o Tojo e...- ela esperou um pouco deixando me muito curioso.

-E oque?- pergunto curioso para saber o que o Antonio tinha dito agora, aquele rapaz é mesmo fofoqueiro.

-Que tu andas muito solitario esta semana, conta me o que aconteceu.

-Sabes a Kika?- pergunto com a intenção de lhe contar tudo, porque sabia que podia contar com a minha irmã para tudo.

-Sim a prima do Ramos certo?

- Nós meio que tinhamos alguma coisa, mas ela simplesmente começou me a ignorar e eu não sei o que aconteceu, e a Carol vai embora então o Tojo anda a passar mais tempo com ela agora, o que é normal, mas agora eu não tenho o que fazer então fico mais por casa.

-Tens que fazer mais amigos maninho- disse a minha irmã.

-Eu tenho amigos, só prefiro estar com os mais próximos- respondo a defender a minha vida social- mas o que achas que devia fazer em relação a Kika?

-Sabes onde ela vive?- ela perguntou e eu apenas assenti- vai falar com ela pessoalmente.

-De qualquer forma não sei o que lhe dizer- digo e a minha irmã começa a pensar.

-Dá me a morada dela, eu trato disso- disse mas eu não sabia se era uma boa ideia- confia em mim porfavor- eu tinha um pressentimento que não ia correr bem mas eu dei lhe, melhor assim do que não fazer nada.

-Mas o que vieste fazer a Lisboa?- pergunto.

-Só vim ver o meu irmão que parece que se esqueceu de mim- diz a ser dramática.

-Claro até parece que o teu irmão é assim- disse.

Ficamos ali a conversar mais um pouco, até ela disse que precisava de fazer uma coisa, suspeitei que tinha haver sobre a nossa conversa sobre a Kika, mas decidi deixar tudo nas mãos dela, acho que ela sabe o que está a fazer.

Maria Neves

Não gostava de ver o meu irmão triste e mesmo que estivesse a tentar parecer bem eu sabia que não estava, e acho que uma conversa de meninas com a Kika faria me entender bem a situação e quem sabe conseguir ajuda los, estava à porta da casa dela um pouco nervosa admito, mas não havia razão para estar, não me lembro de estar com a Kika pessoalmente, mas por o que as pessoas dizem ela é extremamente simpática, então decido tocar a campainha.

-Bom dia- diz a Kika com cara de confusa depois de abrir a porta.

-Bom dia, eu sei quz parece estranho eu estar aqui, e pela tua cara provavelmente nem sabes quem eu sou, mas eu só quero te ajudar, a ti e ao João- ela estava muito confusa, e é normal, eu nem tinha dito quem era nem o meu nome- Sou a Maria Neves irmã do João.

-Ah Claro, eu sabia que te conhecia de algum lugar.

-Eu não quero ser intrometida, mas eu só quero que resolvam as coisas, o meu irmão está a tentar fingir que está tudo bem mas ele não está, e eu só quero falar contigo sobre isso, se não for incomodo claro- eu não queria que ela me achasse doida ou assim, mas provavelmente era o que ela achava neste momento.

- Por mim tudo bem, entra podes te sentar no sofá eu busco alguma coisa para comer enquanto falamos- Quando eu disse que diziam que ela era simpática não imaginava tanto, para além de simpática, bonita, o meu irmão tinha mesmo sorte.


























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