Uma Breve Pausa

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Chegando aos limites da fronteira da floresta uma mulher seguia satisfeita.

Estava em uma carroça sendo conduzida por uma formiga da rocha, um monstro até então agressivo porém estava sob seu comando,  ali também havia uma grande quantidade de itens dos quais foram adquiridos em um negócio legítimo, eram suas novas mercadorias.

Conforme se aproximavam, ela solicitou uma breve parada e a formiga a escutou, após alguns segundos quando se deu conta outra figura apareceu diante dela.

Era um majin conhecido por ela, do qual acabou se sentando na carroça e ambos então seguiam juntos á uma velocidade moderada.

— Vejo que obteve sucesso em suas negociações. (IV)

— Verdade, mais uma vez você estava certo meu amigo, veja. (Lenore)

Embaixo de um lençol de seda ela revelava as suas mercadorias.

Alguns caixotes de madeira contendo poções de cura de alta eficácia , peças de tapeçaria armazenadas em um jarro e fios de seda lacrados em um baú de mogno.

Aproveitando a ocasião ela retira uma das poções de um dos caixotes.

— Um humilde presente, pela informação valiosa e claro, não poderia esquecer disso também.

 Junto dela acabou entregando uma moeda de ouro para o majin do qual chamou de amigo, um pouco relutante ele os pega.

— Suponho que vai trabalhar bem para compensá-la, acha que vai obter sucesso com isso? (IV)

— Talvez para você não importe muito, mas o equivalente ao lucro de um ano inteiro de vendas aqui comigo, estava certo quando disse que aquela draconato não era como os outros. (Lenore)

— Fico aliviado ao escutar isso, mas e então ,o que achou do lugar? (IV)

Ela apoia seus braços na borda da carroça um tanto pensativa.

— Eu não sei, o lugar me parece prospero e talvez cresça muito bem, quem sabe possa até mesmo superar uma nação sólida como Norgriw ou ao menos se equipare com a dinastia élfica de Elsari. (Lenore)

— Ah sim, as grandes nações da floresta Langri. (IV)

— Posso entender o que você viu naquele lugar, ainda assim não colocaria todas as moedas em um projeto daquela magnitude. (Lenore) 

— Poderia me dizer a razão? (IV) 

— Talvez prosperem, mas talvez também possam cair, uma sociedade composta apenas por monstros não é bem vista pela maioria. (Lenore)

— E com a maioria você quis dizer humanos? (IV)

— Não tem andado muito para fora da floresta não é? Tudo está uma bagunça lá fora, as tensões de Krygan com o Império Oeste aumentam cada dia, ruim para os aventureiros e até mesmo aos cavaleiros, mas ótimo para os negócios. (Lenore)

 — Eu tenho ciência dos conflitos humanos, no entanto eu não posso compreendê-los, uma guerra pela dominância, um ideal em comum, mas motivos completamente opostos. (IV)

— Humanos são assim mesmo, queremos o poder mas discordamos daqueles que também o querem, com vocês demônios também não é dessa maneira? No final das contas todos acabam se unindo com um único propósito a sobrevivência a questão que deve ser desenvolvida é a seguinte, porque você quer sobreviver? (Lenore)

Tal fala provocativa deixou o majin pensativo.

Ele tinha seus próprios motivos para colocar expectativas naquela aldeia de monstros comandada por Satouma, uma draconato com ideais nobres.

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