Prova de Força - Parte 1

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A maneira que os homens-lagartos agem é um tanto eficiente, mas não para um grupo como nós.

Eles escolheram utilizar o ambiente ao seu favor para se defender, haviam armadilhas por toda parte, se fôssemos desatentos poderíamos ser surpreendidos com uma avalanche de rochas ou até mesmo cair em buracos tapados na estrada.

Mas Haya e Sara cuidaram do rastreamento e dos alvos que estavam acima de nós, no caso da Anthalia, andar por um ambiente como esse é brincadeira de criança para ela.

Realmente foi uma boa ideia não vir sozinha dessa vez, acho que na pior das hipóteses eu teria que apelar por uma abordagem não tão agressiva...se bem que o que fizemos foi uma grande limpeza.

Não sei bem como escrever a experiência em lutar com os homens-lagartos, alguns deles possuíam armas bem primitivas como lanças, arcos até mesmo espadas curtas, mais uma vez me surpreendo com a capacidade evolutiva de alguns monstros ao ponto de criarem armas porém se comparado com as nossas e as habilidades que possuímos, isso não é nada, eu realmente preciso de uma arma para casos como esses.

E o que fizemos desde então? Como gesto de bom grado, reunimos todos os homens-lagartos na carroça que estava sendo puxada por Anthalia, no caminho para cá contei apenas 11, acredito que dois deles tenham fugido e reportado a situação, felizmente eu já esperava por isso.

Alguns são esguios e outros mais robustos, diria que pelo menos há mais de 300 quilos nessa carroça, ao mesmo tempo que noto a eficiência da criação de Nizalia, percebo o quão forte Anthalia é, de repente carregar 50 á 100 vezes o seu peso não era apenas uma simples falácia huh?

Depois de algumas lutas desnecessárias e um caminho tortuoso, enfim chegamos á colônia dos homens-lagartos.

Havia uma grande muralha feita com pedregulhos, madeiras e cascalhos, ela não era tão eficiente, apesar de ser bem primitiva é claro, no entanto cumpre o seu papel, protegia a parte da frente do que parecia ser a entrada do lugar, sem falar que há um grande portão em frente, ele no entanto é feito de madeira, até então, eles possuem um sistema de segurança e proteção rústico, mas bem melhor do que o de nossa aldeia.

Ruush!

Ele se abria diante de nós, o som de seu arrastar era estrondoso, como puderam elaborar algo tão funcional? É o tipo de coisa que eu vi em Norgriw mas também veria apenas em alguma nação humana.

Não havia muita coisa á frente, pelo menos de onde estávamos não conseguíamos ver nada, apenas um grupo de homens-lagartos armados com lanças.

Infelizmente creio que isso não seja uma cerimônia de boas vindas, quando vi já estávamos cercados em uma formação circular e claro, nada de bom pode ser esperado em uma abordagem como essa.

— Satouma-Sama, devemos agir? (Haya)

— Deixem comigo, não façam mais nada...quer dizer, além do que já foi feito. (Satouma)

— Mas Satouma-Sama! (Sara)

— Protejam Anthalia por enquanto, infelizmente estou acostumada com situações assim, mas apenas fiquem em alerta. (Satouma)

Acabei me aproximando lentamente deles, a maioria dos homens-lagartos tomavam sua atenção para mim enquanto um pequeno grupo ficava de olho em Anthalia e nos dois irmãos.

— Saudações...suponho que encontramos alguns dos seus pelo caminho...Há alguém disposto á conversar com a gente? (Satouma)

— O que uma draconato faz em nosso domínio? E acompanhada por homens-fera, isso seria uma tentativa de ataque? (Volut) 

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