A Marcha Voraz

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Pisoteando por tudo á sua volta o exército goblin avança em direção à Floresta.

— Marchem! Marchem! (Goblins)

Suas vozes pareciam grunhidos, com um brilho nos olhos e aparência grotesca tais criaturas continuavam avançando adiante.

Por alguma razão nada se passava em suas mentes, tudo o que queriam eram saciar sua fome e ânsia por destruição e caos, como se estivessem sendo manipulados para o fazerem.

Goblins são conhecidos por serem monstros vorazes, apesar de que em sua maioria sejam pequenos, raramente se sentem saciados sendo obrigados a caçarem diariamente para que não morram de fome.

Sua quantidade estava na casa dos milhares, dois mil? três mil? Não importava, tal número constantemente diminuía por razões naturais.

Em meio á um colapso coletivo alguns caíam porém aqueles que sobreviviam ficavam satisfeitos, mais comida! era o pensamento comum.

Apesar de serem onívoros, o comportamento de devorar seus semelhantes não era algo normal, quanto mais o faziam mais se fortaleciam ao ponto dos goblins inferiores evoluírem naturalmente para hobgoblins, mas mesmo se alimentando da carne de outros, a fome ainda permanecia.

Mesmo que alguns ainda estivessem conscientes, para aqueles que ainda tinham força, não passava de um simples alimento em seus últimos momentos de vida, apesar dos grupos esquartejarem o cadáver alheio o coração era reservado para o seu líder, o Rei Goblin, um monstro de classe A, a cada 1000 goblins existentes pelo menos um consegue atingir tal nível em vida.

Monch Monch Monch

Era um som desagradável de se escutar, monstros sendo guiados pela fome sem mais nem menos.

Por mais que se fortalecessem conforme fossem se devorando, mais forte ficavam por conta da fome, o sentimento de saciá-la era o que os moviam, esse era o efeito de uma habilidade chamada [Devorador], apesar de poderosa era uma faca de dois gumes para aqueles que não eram dignos de portá-la.

Ao todo foram contabilizado pelo menos 2000 goblins mas a medida que fossem caminhando tal número poderia ser reduzido, muitos optariam por deixá-los marchando até que se devorassem sozinhos, mas enquanto estivessem vivos andando por aquela floresta, não se sabe ao certo quanto tempo demoraria.

O rei goblin controlando um exército marchando pela fome, a salvação era algo impossível para aquele bando, nunca sendo capazes de saciá-las.

Diante deles havia uma pequena aldeia de elfos, que viviam pacificamente, em seu auge elfos facilmente poderiam chegar á classe A na classificação dos monstros, mas aqueles que nem sequer vivenciaram combates em suas vidas poderiam facilmente ser qualificados como classe D estando abaixo dos humanos.

— Marchem! Marchem! (Goblins) 

Eles não pararam, os grupos se separava correndo em direção à sua comida.

Por mais que fossem goblins, tal fome os fortaleceram ao seu auge, estima-se que se tratavam de mais de dois mil indivíduos mas aos poucos os números iam caindo já que não suportavam a fome.

Para eles, tanto a si próprios quanto aqueles que estavam á sua frente não passavam de meros alimentos ambulantes, devorar eram os maiores prazeres naquele momento, ficando felizes ao acabar com as vidas de suas presas e saciando a fome momentânea que sentiam. 

Restando apenas poucos elfos caídos os goblins começavam á desmembrá-los, bebendo seu sangue e devorando o cadáver, mas não era o suficiente, com o tempo absorveram a mana dos corpos daqueles elfos.

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