𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐗𝐈

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E se eu pudesse apenas tirar o seu fôlego

Eu não ligo se não tem muito o que dizer

Às vezes o silêncio guia nossa mente
e nos move para um lugar tão distante

Os arrepios começam a surgir

O momento em que minhas mãos encontram sua cintura

~The  Neighbourhood




Era plena 23:00, quando ouço batidas em minha porta

_Quem é? -pergunto me aproximando

-Vinnie. -quando ouço sua voz, um arrepio sobe por minha nuca e recuo da porta, corro até meu criado mudo onde em cima estava minha máscara e a ponho logo em seguida- Vim te avisar que Artos já foi para concessionária, ele disse que era pra nós irmos logo, antes que fique mais tarde.

_Tudo bem, já estou descendo. -não ouço mais nada então concluo que ele já desceu para o primeiro andar.

Eu estava de Baby Doll pronta para dormir, suspiro buscando paciência para ter que trocar de roupa novamente. Entro em meu closet e procuro uma roupa em específico que cairia super bem nesta ocasião. Optei por uma opção que me aquecesse, apesar do dia ter sido bastante quente, a noite está bem fria. Um vestido preto longo e justo em meu corpo, com alças finas e uma fenda em minha perna esquerda, para acompanhar uma jaqueta vermelha da Ferrari; e em meus pés o Scarpin Royalz Verniz. Solto meus cabelos e por fim ponho minha máscara preta já descendo para o primeiro andar

A casa estava escura e silenciosa, tudo que consigo ver é apenas uma luz do abajur ligado na sala . A lua cheia também iluminava o recinto, já que as cortinas das grandes janelas não estavam fechadas. Quando eu iria por a mão na maçaneta da porta, sinto uma presença atrás de mim. Meu corpo sobressalta em um pequeno susto quando vejo Vincent se levantar de um dos sofás e ficar atrás de mim

_O que ainda faz aqui? -pergunto frente a frente com o loiro, podia ver parte de seu rosto, os olhos avelã brilhantes.

-Artos disse para eu levar você.

_Não há necessidades, eu vou em um dos meus carros. -falo com uma pitada de arrogância e mostro as chaves pra ele

-Ele falou para eu te levar, para que assim você volte no seu carro novo, só estou fazendo o que ele me pediu -ele me entrega um capacete que estava segurando, o mais alto passa por mim e abre a porta indo direto a garagem

Fico estática no lugar, Hacker vem me ignorando desde a nossa última interação, e eu dou razão a ele. Eu o provoquei e ele tem todo direito de estar puto, mas se sobrepor à mim?

_Quem esse moleque pensa que é? -falo comigo mesma olhando para o capacete preto que o mesmo me entregou, suspiro pesado e vou direto a garagem

Vincent estava vestido no seu habitual: Coturnos e jeans preto, mas surpreendentemente, hoje ele não usava seu moletom preto. Hacker usava uma camisa social branca com quatro botões abertos e uma jaqueta de couro preta. Ele estava sentado na moto em que comprou há alguns dias atras, uma Kawasaki zx6r preta brilhante. Ele já estava com o seu capacete, possivelmente esperando a minha pessoa, olhando diretamente para mim através daquela viseira. Eu sinceramente odeio admitir, mas aquela cena, ao meus olhos, foi extremamente atraente.

_Tudo bem... -eu falo e ele olha pra mim- Eu vou com você.

Vincent sai de dentro da garagem e fica ao meu lado, subo na moto, o vestido justo quase que me deixando imobilizada ali. Rapidamente ele acelera, me fazendo agarrar seu corpo pelo susto. Tiro meus braços de sua cintura sentindo a raiva me consumir

𝕾𝐂𝐎𝐑𝐏𝐈𝐎𝐍𝐄 𝐃'𝐎𝐑𝐎 • 𝐕.𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora