𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐗𝐗𝐈𝐗

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E eu não estou procurando alguém para me resgatar

Estou procurando alguém para preencher meus sonhos

E eu quero que você esteja aqui.

~Lana Del Rey


Levanto-me lentamente de minha cama após acordar, depois da noite conturbada que tive, custei para adormecer novamente. Me alongo expulsando a preguiça que tentava me puxar novamente para as cobertas, passo o olhar pelo quarto, vendo as portas da varanda ainda abertas. A sensação de estar sendo observada se apossou de mim mais uma vez, meus olhos caíram na flor, na rosa vermelha.

Me aproximo da cômoda em frente a minha cama, onde a rosa estava. Minhas mãos pousaram no móvel, ainda longe do vaso de vidro da flor, como se eu estivesse receosa em toca-la, receosa demais para chegar tão perto daquele encanto. Meus olhos de cores diferentes apreciavam sua cor escarlate, minha mente se perguntava como e quem a pôs ali, ninguém além de meus filhos entra em meus aposentos, a não ser com a minha permissão. Franzi o cenho, confusa.

Ouço a porta bater, alguém entrou em meus aposentos, sem a minha permissão. Sem pensar duas vezes, apanho uma glock que se encontrava ali mesmo em cima daquela cômoda. Me viro de supetão com a arma estendida para o individuo sem educação. Meus olhos ferozes relaxaram quando vi o rosto de Wang.

_Figlio di puttana... -resmungo ao por a arma em seu devido lugar

-Está me xingando em italiano, Bǎobèi? -ele pergunta em um tom divertido, mas com uma expressão de coitado. O encaro com raiva, dando as costas para o mesmo e indo direto ao meu closet- Ei, não fique com raiva de mim! -ele puxa meu braço, obrigando-me a ficar colada em si- Acabou de acordar? Por que dormiu de roupão?

Reviro os olhos sentindo minha paciência se esgotar.

_Não é da sua conta, Zhiyuan. -o empurro de leve antes de entrar em meu closet, apanho uma muda de roupa e vou em direção ao banheiro- Afinal, o que faz aqui?

-Será que a senhorita poderia voltar aqui para conversarmos como pessoas respeitáveis? -Wang fala do outro lado do quarto. Paro em frente da porta do banheiro, fecho os olhos respirando fundo, antes de voltar para com sua presença.

O chinês se encontrava sentado em minha cama, observando a caixa que segurava nas mãos, ele sobe o olhar, sorrindo largamente quando me vê.

-Vim aqui para lhe dar isso... -ele se levanta, se aproximando de mim. Wang abre a caixa que segurava, revelando um lindo colar de diamantes azuis. - Me lembrou você.

Wang toca em meu queixo, o acariciando. Ele admirava todo o meu rosto, menos a minha cicatriz. Percebi isso há um certo tempo atrás, Wang sempre parece querer evitar olhar para o lado direito do meu rosto, onde a cicatriz se estendia da minha testa até o meio de minha bochecha. De início tentei ignorar este tolo fator, mas agora, está começando a me incomodar.

_Obrigada.

-Por nada... -ele sorri- Posso por em você?

Aceno positivamente, me virando de costas para o mesmo e tirando meus cabelos compridos da minha nuca. Wang desliza os dedos em minha pele, despejando um selar em meu cangote antes de fechar o colar ali. Me viro novamente a ele, deixando o ver a joia brilhante em meus torso desnudo. Os olhos puxados se focaram em meu corpo coberto apenas por aquele roupão, suas mãos me puxaram para si novamente.

-Wánměi... -o homem murmurava em chinês, começando uma trilha de beijos em meu torso, logo subindo para meu pescoço.

Me sinto sufocada quando seus braços apertaram ainda mais meu corpo, me rebato levemente contra ele, não o aceitando, mas ele não parava.

𝕾𝐂𝐎𝐑𝐏𝐈𝐎𝐍𝐄 𝐃'𝐎𝐑𝐎 • 𝐕.𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora