𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐗𝐈𝐗

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Venha e pegue agora

Venha e pegue agora

Linda, me mostre o que você está fazendo

venha e vire de costas.

Porque não é uma metáfora

Você me deixou de joelhos

Está ficando difícil de respirar

Nós nos conhecemos a poucos dia

Mas você já me fez sentir um pouco diferente.

~Chase Atlantic


Um suspiro sôfrego escapa de meus lábios, enquanto meus dedos deslizavam por toda a minha extensão. Tamanha 04:00 da manhã, e eu estava numa situação que à tempos não me ocorria. Minha última menstruação foi catastrófica, dando o resultado a minha sensibilidade extrema na ovulação. Eu não conseguia controlar meu próprio corpo nessa questão, então tudo que me restava era me aliviar e me permitir sentir. O quarto iluminado apenas por arandelas nas laterais de minha cama, o recinto parecia ficar menor, parecia ser consumido por meus pensamentos impuros. Estava quente, apesar dos  ar condicionados estarem ligados, tudo parecia queimar.

Eu estava queimando, por Vincent.

Há alguns minutos atrás, acordei de repente de um sonho um tanto inusitado. Tudo que me lembro era da imagem de Vincent pondo suas mãos em mim, ele desfrutava perfeitamente de meu corpo e eu me entregava inteiramente a isso, nossas peles se consumindo, nossos perfumes tornando-se um só, nossos olhares presos um ao outro. Acordei dispersa, atordoada, e consequentemente, úmida.  Já com dois dedos introduzidos, faço movimentos no qual minha mente imagina Vincent fazer. Acelero os movimentos, me proporcionando a sensação de extremo prazer, eu estava perto, assim que acerto meu ponto G, um gemido alto saiu de minha garganta, e inconscientemente, grito o seu nome, amassando meu seio em minha mão livre e trêmula. Sinto minhas pernas dormentes e minhas coxas meladas, assim que me recomponho, murmuro vários xingamentos em minha língua nativa. Sento-me em minha cama, tentando controlar minha própria respiração, olho para meus pés, meus cabelos caem em meu rosto pouco soado. Sorrio irônica comigo mesma, não posso acreditar nisso.


𝐕𝐈𝐍𝐂𝐄𝐍𝐓

Depois daquele breve diálogo, Aithne me deixa ali, refletindo sob tudo que aconteceu até agora, me sentindo um completo estranho com aqueles sensações ainda incertas para mim. Assim entrei dentro da casa indo direto ao meu quarto, tomo um banho rápido e durmo. Mas, depois de pouco tempo dormindo, acordo um pouco surpreso, eu sonhei com ela novamente, porém dessa vez era bem mais real. No sonho Aithne me permitia tocar em seu corpo, eu explorava cada curva de Cattaneo e em resposta, ela soltava gemidos altos, prazerosos de se ouvir. Aithne deixava minhas mãos desfruir de sua  pele, prescindia em fim, eu tê-la para mim. Eu estava louco, queria fode-la mais do que um dia já desejei, a mesma dava beijos em minha nuca descendo para o meu pescoço e logo após para meu abdômen, fazendo meu corpo inteiro entrar em colapso. No momento em que ela iria por suas mãos na barra da minha calça, acordo.
Passo as mãos pelo meus cabelos, frustrado.

Minha garganta estava seca e eu soava frio, sem contar do detalhe rígido que eu tinha entre as calças.
Resmungo levantando da cama, eu precisava de água, precisava dispensar esses malditos pensamentos da minha cabeça e tentar dormir novamente. Tudo que eu usava era uma calça moletom preta, eu costumava dormir assim, então não era uma novidade.
Abro a porta de meu quarto logo andando devagar pelo corredor escuro, passo pela porta rosa do quarto de Amelie e logo em seguida pela porta do quarto de Aithne, quando ouço algo que faz meu corpo parar ali mesmo, o barulho estava abafado por conta das paredes grosas que separavam os cômodos, mas eu ouvi nitidamente:

𝕾𝐂𝐎𝐑𝐏𝐈𝐎𝐍𝐄 𝐃'𝐎𝐑𝐎 • 𝐕.𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora