𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐗𝐗𝐗𝐈

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Baby, eu poderia desacelerar

Se é isso que você precisa que eu faça.

Podemos ir outra rodada

Talvez para uma nova altitude.

~Montell Fish

O luar era o única testemunha do nosso pecado. Meu vestido vermelho já quase em minha cintura, os ombros largos em baixo das minhas pernas vestidos por uma jaqueta de couro preta, o meu homem que ali estava dando-me o ápice do prazer, era tudo que minha alma ansiava.

Minha cabeça tomba para trás quando um gemido alto transpassou minhas cordas vocais, os dedos grandes entravam e saiam de mim numa velocidade quase desumana, a língua lenta e quente de Vincent me chupava com anseio, anseio de mais.

Agarro os cabelos curtos do loiro, na tentativa falha de conter o grito que ressoou em minha garganta quando atingi meu orgasmo. Minhas pernas tremem quando Vincent parece sorrir com o rosto ainda afundado em minha vagina, sugando todo resquício de gozo que tinha ali, o mesmo da um singelo beijo em minha intimidade antes de segurar-me em seu colo novamente. Olho em seus olhos, me certificando que aquilo não era uma ilusão de minha mente, sinto seus dedos tocarem meu queixo, um sorriso de canto nasce em seus lábios, covinhas aparecem, quase que imperceptíveis por conta da barba nascente.

Aquela imagem parece hipnotizar-me, agarro sua jaqueta, o puxando contra meus lábios, não suportando ficar longe dele. Beijo-o, sentindo suas mãos apalparem minha bunda desnuda, seu coração batia forte contra meu peito e sorrio ao senti-lo. Vincent arfa quando nossas intimidades se chocam, ele passa a apertar mais nossos corpos, parando o beijo para se afundar em meu pescoço. Ele beijava e cheirava toda aquela região, marcando minha pele pálida, deixando registrado sua presença em mim.

-Aithne... -sussurra meu nome como um obcecado- Você não faz ideia do quanto esperei por isso.

_Desde quando está aqui na China? -pergunto ao passar as unhas em sua nuca, seus pelinhos sobem

-Não faz muito tempo, mas de qualquer forma, tudo que precisas saber é que fiz muitas coisas para proteger você daqueles que queriam te tirar de mim. -franzi o cenho, puxando seu rosto para mim novamente

_Vincent, você matou Wang Zhiyuan e Adam Hughes? -perguntei sem demora, o loiro apenas me olha, trancando o maxilar, entendo sua resposta. -Por que?

-Tocaram em você. -fala curto e ríspido. O maxilar flexionado parecia fazer uma força desnecessária, os olhos avelã me observavam vividamente.

Toco em seu rosto lentamente, noto seus olhos intercalarem sob os meus, como ele sempre faz. Sorrio, o que faz seu olhar recair novamente em meus lábios, ele estava sedento, sedento por mim. Suas mãos esmagam minha pele, me segurando contra si sem nenhum esforço, os ombros extremamente largos parecem se tensionarem quando deixo um selar lento em seus lábios.

_Vamos para o quarto. -falo ainda de olhos fechados, sorrindo, com a testa colada na sua.

Vincent sorri largamente, como uma criança que acabara ganhar seu doce. Ele beija minha testa, antes de começar a caminhar em direção a casa. O loiro abaixa meu vestido abruptamente quando percebe soldados rondando por ali, os mesmos olhavam para baixo ou fingiam não ver a cena.

𝕾𝐂𝐎𝐑𝐏𝐈𝐎𝐍𝐄 𝐃'𝐎𝐑𝐎 • 𝐕.𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora