》S/n《
O gosto amargo de se sentir imunda de todas as formas é digno de suicídio. Eu já me questionei mil vezes do pq eu não ter feito nenhuma besteira contra mim, e é aí que eu tenha a plena certeza de que sou fraca pra caramba. Nem para acabar com toda essa dor eu tenho coragem.Me sento meio deitada na maca do hospital e encaro os dedos dos meus pés, sem palavras. Estava me sentindo um nada tão grande que até respirar estava me enchendo o saco.
A bomba de sangue já está vazia ao meu lado, assim como o soro também está. Eu não tenho nada a dizer, nem mesmo sou capaz disso agora. Aperto um botão ali do lado, vermelho, chamando a enfermeira. A mesma vem e troca tudo, deixando-me com a consciência pesada. Estou dando mais trabalho...
Eu:E-Eu...posso sair do quarto? -Pergunto fraco. - Quero respirar um ar.
Xx:Pode sim, mas não force tanto a sua voz. -Pede.
Sou ajudada e levantar. Seguro no ferro do soro e saiu porta a fora, andando como uma idosa com as costas curvadas. Meu corpo está todo enfaixada por conta dos cacos de vidro que entraram em minha pele e a rasgaram, além do meu corpo estar doendo demais para mim conseguir andar direito.
Fazia apenas dois dias que eles não me batiam, no terceiro, eles capricharam. Vim direto para o hospital. Isso é motivo pra rir. Né?
Me aproximei da janela, observando as pessoas doentes no pátio do hospital. Me pergunto se elas desejam o mesmo que eu, ou o contrário. Tenho quase 100% de certeza que é o contrário. Aperto o ferro do soro, segurando as lágrimas em meus olhos.
Xx:S/n...
Enfio o dedo em meu ouvido e sacudo, sentindo que estou ouvindo coisas.
Xx:S/n.
Engulo em seco, desejando estar mesmo ouvindo coisas. Talvez eu tenha perdido o resto dos parafusos que eu tinha na minha cachola.
Xx:Princesa!
Me viro devagar, trêmula. Assim que os meus olhos caem sobre o rosto nunca esquecido por mim, meu fôlego falta no peito e minhas pernas perdem as forças. Me vejo indo de encontro ao solo, mas ele, como um príncipe, me salvou dessa tragédia dolorosa.
Sou pega no colo como uma noiva. Olho em seus olhos, assustada. Ele me analisa com uma dor no olhar nunca vista por mim naqueles olhos.
Tae:Eu senti tanta falta, pequenina.
-Confessa me apertando contra si.Ainda sem acreditar que é ele mesmo ali, levo uma das mãos trêmulas até sua bochecha e a acaricio com o meu polegar coberto por um band-id.
Eu:E-Eu...nunca esqueci. -Sussurro fraco.
Ele aproxima o rosto do meu e, devagar, deposita um beijinho na minha testa. Fecho os olhos por impulso, sentindo um medo estranho. Pq estou sentindo medo logo dele? Ah, não....isso denovo não! Eu odeio tudo isso.
Passei tanto tempo tentando mudar esse medo inconsciente de tudo e todos por culpa deles e agora tudo parece querer voltar pra mim. O aperto no peito volta e meu corpo começa a tremer.
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MY MYSTERIOUS DADDY/ Nova versão ▪︎+18
FanficClassificação para maiores de 18. Sinopse: Receber dinheiro de um estranho na rua e depois mensagens da mesma pessoa a fim de querer ser seu "amigo" não é tão estranho, é? Ele não parecia ser perigoso, não para mim...não quando me dizia coisas tão l...