imagines girl x girl

𝐇𝐞𝐫𝐦𝐢𝐨𝐧𝐞 𝐆𝐫𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫

𝐧𝐨𝐦𝐞: 𝐂𝐚𝐬𝐬𝐢𝐨𝐩𝐞𝐢𝐚 𝐌𝐚𝐥𝐟𝐨𝐲
𝐭𝐞𝐦𝐚: 𝐄𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐥𝐦𝐚𝐬 𝐨𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚𝐬

A Biblioteca de Hogwarts sempre foi meu refúgio, o lugar onde eu podia me perder entre as palavras dos livros e encontrar um pouco de paz no meio do caos da escola. Naquela noite, o silêncio era quase palpável, interrompido apenas pelo sussurro suave das páginas viradas. Eu estava sozinha, ou pelo menos assim pensava, até que a porta da biblioteca se abriu, e uma figura entrou silenciosamente.

Cassiopeia Malfoy, irmã mais nova de Draco, tinha uma presença que parecia iluminar a sala. Era como se a luz das velas dançasse ao seu redor, destacando sua beleza enigmática. Ela era uma puro-sangue, e, como a maioria dos Malfoy, mantinha-se reservada, sempre à margem, observando mais do que participando. Seus olhos, de um azul profundo, pareciam enxergar mais do que revelavam.

Eu a observei de longe por um momento, meu coração batendo mais rápido do que o normal. Ela se movia com graça entre as estantes, pegando um livro aqui e ali, antes de se acomodar em uma mesa no canto mais afastado da biblioteca. Esta era a minha oportunidade, uma chance de me aproximar dela sem a barreira dos olhares alheios. Respirei fundo, tentando acalmar meus nervos, e me aproximei.

— Oi — minha voz saiu mais baixa do que eu esperava, quase um sussurro.

Cassiopeia levantou os olhos do livro que estava lendo, e por um momento, pensei ter visto um lampejo de surpresa em seu olhar antes de ele voltar a ser impassível.

— Hermione Granger — ela disse, sua voz tão suave quanto o murmúrio das páginas ao nosso redor.

— Sim — respondi, tentando não soar nervosa. — Eu só... Queria me apresentar. Sei que nunca tivemos a chance de conversar antes.

Ela fechou o livro lentamente, seu olhar agora fixo em mim. Sentia como se estivesse sendo avaliada, cada palavra, cada movimento.

— Por que agora? — ela perguntou, um leve arqueamento de sobrancelha.

Engoli em seco, sentindo o peso da sua pergunta. Havia muitas razões, mas a principal era que eu não podia mais ignorar a atração que sentia por ela, a curiosidade que se transformou em algo mais ao longo do tempo.

— Porque... eu acho que você é uma pessoa interessante, e gostaria de conhecê-la melhor — disse, tentando manter minha voz firme.

Ela me observou por um longo momento antes de dar um pequeno sorriso, quase imperceptível.

— Sentar-se, Hermione — disse ela, gesticulando para a cadeira ao lado. — Talvez possamos nos conhecer melhor, afinal.

Meu coração deu um salto. Sentei-me, sentindo a excitação misturada com um toque de medo do desconhecido. Esta noite, na calma da biblioteca, parecia o começo de algo novo, algo que eu ainda não conseguia definir, mas que sentia ser importante.

Sentada ao lado de Cassiopeia, a tensão inicial deu lugar a um silêncio confortável. Ainda assim, meu coração não parava de bater acelerado, consciente da proximidade dela.

— Então, o que você está lendo? — perguntei, tentando iniciar uma conversa.

Ela olhou para a capa do livro, e um pequeno sorriso curvou seus lábios.

— "História das Poções Avançadas" — respondeu, passando os dedos pela lombada do livro. — Sempre fui fascinada pelo poder que as poções têm de mudar as coisas. Uma gota de algo pode alterar completamente uma situação.

Havia algo poético na forma como ela falou, como se estivesse se referindo a mais do que apenas poções. Eu me inclinei um pouco mais, sentindo-me mais confiante.

— Gosto de pensar que os livros têm o mesmo poder — comentei. — Uma frase pode mudar nossa perspectiva, uma história pode nos transformar.

Cassiopeia assentiu, seus olhos azuis fixos nos meus.

— Talvez seja por isso que estamos aqui, então. Para encontrar essas pequenas coisas que mudam tudo.

Sua voz tinha uma suavidade que me envolveu, e percebi que havia algo nela que eu não tinha visto em ninguém mais. Uma profundidade, uma curiosidade escondida sob a superfície reservada.

— Concordo. Às vezes, os encontros mais inesperados são os mais significativos — disse, tentando expressar o que sentia sem assustá-la.

Ela riu suavemente, e o som era como um eco suave na biblioteca.

— Você sempre foi diferente dos outros, Hermione. Nunca se contentou em apenas aceitar as coisas como são.

A surpresa deve ter ficado evidente em meu rosto, porque ela sorriu um pouco mais.

— Eu te observei, sabe? — confessou. — Na aula, nos corredores... Sempre admirei sua coragem e determinação.

Senti meu rosto esquentar com o elogio inesperado. Não sabia que ela prestava tanta atenção em mim.

— Eu também te observei — admiti. — Sempre tão calma, tão... Misteriosa. Queria entender o que se passava na sua mente.

Ela inclinou a cabeça ligeiramente, estudando-me com aqueles olhos que pareciam enxergar além da superfície.

— Talvez possamos descobrir mais uma sobre a outra — sugeriu, sua voz baixa e envolvente.

O convite implícito em suas palavras fez meu coração acelerar novamente. Não sabia onde isso nos levaria, mas estava disposta a descobrir.

— Gostaria disso — respondi, sentindo uma onda de excitação misturada com um toque de medo do desconhecido.

Cassiopeia sorriu, um sorriso verdadeiro desta vez, e parecia que a barreira invisível entre nós estava começando a se dissolver.

— Então, Hermione Granger, vamos ver onde essa noite nos leva — disse ela, abrindo o livro novamente, mas agora com um olhar que prometia muitas outras noites como esta.

Eu sorri de volta, sentindo que aquele era apenas o começo de algo muito especial. Na quietude da biblioteca, com livros como testemunhas silenciosas, duas almas opostas começavam a se encontrar.