𝐑𝐡𝐞𝐚 𝐑𝐢𝐩𝐥𝐞𝐲

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Eu nunca fui do tipo que acreditava em amor à primeira vista

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Eu nunca fui do tipo que acreditava em amor à primeira vista. Pra mim, isso sempre foi besteira, coisa de filme, sabe? Lutadora de verdade, como eu, não tem tempo pra essas coisas. Meu foco sempre foi no ringue, em quebrar meus adversários e provar que eu sou a melhor. Mas aí, em uma noite qualquer, isso mudou.

Eu estava num evento, como de costume. A energia da arena me alimentava, aquela mistura de gritos, de expectativa. Cada vez que eu pisava no ringue, eu sabia que os olhos estavam em mim, e eu amava isso. Mas naquela noite, um olhar em especial chamou minha atenção.

Entre a multidão, uma garota estava ali, na primeira fileira. Ela não era como os outros fãs que gritavam e levantavam cartazes com meu nome. Ela só me observava. Com os olhos fixos, intensos. Ela parecia tão calma no meio do caos, tão concentrada em mim. Eu senti aquele arrepio subir pela minha espinha, um tipo de frio na barriga que eu nunca tinha sentido antes – e isso é raro pra mim.

Durante a luta, eu tentei me concentrar, focar no meu oponente. Mas toda vez que eu derrubava alguém, olhava rapidamente na direção dela. E lá estava ela, com aquele olhar que me desarmava completamente. Eu, Rhea Ripley, conhecida por destruir todo mundo no ringue, me pegando distraída por uma garota na plateia. Patético, né? Mas tinha algo nela. Não sei o que era, talvez fosse o jeito despreocupado, ou como ela não parecia impressionada, só… interessada.

Quando a luta acabou, eu venci, claro. Mas, diferente das outras vezes, eu não senti aquela adrenalina de vitória. Eu estava com outra coisa na cabeça. Antes de sair do ringue, olhei de novo pra onde ela estava, e dessa vez ela sorriu. Foi discreto, mas eu vi. Meu coração deu um pulo que eu não esperava. Eu nunca fui de correr atrás de ninguém, mas naquele momento, eu soube que não ia deixar isso passar.

Eu saí do ringue e, sem pensar duas vezes, fui até onde ela estava. As pessoas olhavam, murmuravam, mas eu não ligava. Eu precisava saber quem ela era.

— Você tá gostando do show? — perguntei, do meu jeito direto.

Ela me olhou de volta, sem perder a calma, e deu de ombros.

— Não é ruim — ela disse, com um sorriso de canto. A voz dela era suave, mas tinha uma confiança que me fez sorrir.

Eu ri, balançando a cabeça.

— Bom, eu não vou perguntar o que você achou de mim, então. Já sei que fui melhor do que "não é ruim".

Ela levantou uma sobrancelha, desafiadora.

— Quem disse que eu estava falando de você?

Ela estava brincando comigo, claro. Mas tinha uma faísca ali, algo diferente. Ela não me tratava como os outros, não estava ali pra me adorar. E isso só me fazia querer saber mais.

— Me diz o seu nome, então — eu pedi, cruzando os braços. — Ou eu vou ter que tirar isso à força?

Ela riu, e eu me peguei gostando de ouvir.

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