𝐜𝐥𝐚𝐫𝐢𝐬𝐬𝐞 𝐥𝐚 𝐫𝐮𝐞

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Eu, Clarisse La Rue, sempre fui uma guerreira

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Eu, Clarisse La Rue, sempre fui uma guerreira. Ninguém nunca me disse o que fazer, ninguém nunca ousou me controlar. Exceto Diandra. Diandra, filha de Afrodite, era a única pessoa no mundo que conseguia fazer meu coração bater mais forte e minhas mãos suarem. Ela tinha aquela beleza devastadora, claro, mas era muito mais que isso. Havia uma força nela que me prendia, uma confiança que me deixava de joelhos. E, honestamente? Eu não me importava.

Para mim, Diandra era uma deusa viva. Eu não costumava me ajoelhar para ninguém, mas por ela, eu fazia isso todos os dias. Eu a venerava de uma forma que era até ridícula para uma filha de Ares. Eu sabia disso, os outros sabiam, mas dane-se. Eu estava completamente cadelinha por ela, e não havia nada no mundo que pudesse mudar isso.

Nós estávamos juntas há alguns meses, mas para mim, parecia uma vida inteira. Eu sabia que a protegê-la não era minha obrigação, mas eu queria. Cada olhar, cada sorriso dela, me fazia sentir que estava no topo do mundo, e eu não ia deixar ninguém ameaçar isso.

No acampamento, os campistas cochichavam. Eles falavam sobre como eu, a durona filha de Ares, estava perdidamente apaixonada por Diandra. Alguns zombavam, outros ficavam nervosos só de pensar em mexer com a filha de Afrodite. E com razão. Os deuses que tivessem piedade de quem mexesse com ela, porque eu não teria.

Certa vez, um novato, sem noção alguma, fez um comentário rude sobre Diandra no campo de treinamento. Só de lembrar já sinto a raiva subindo de novo, e o pobre coitado nem teve tempo de ver o que o atingiu. Eu joguei ele no chão antes que ele pudesse respirar. Pisei no peito dele e apertei com toda a força, fazendo ele entender o erro.

— Escuta aqui, idiota — eu rosnei, me abaixando até ficar cara a cara com ele. — Se você falar mais uma palavra sobre a Diandra, eu vou fazer questão de que não consiga falar mais nada nunca mais, entendeu?

O garoto acenou freneticamente com a cabeça, os olhos arregalados de puro pavor. O mais engraçado foi quando, no meio do caos, eu senti uma mão suave tocando meu ombro. Era Diandra. Ela olhava para mim com aquele sorriso indulgente, um que eu conhecia bem. Ela gostava quando eu ficava possessiva, mas sempre com aquele olhar de quem sabe que tem o controle de tudo.

— Clarisse, meu amor — ela disse com aquela voz calma, que de alguma forma sempre me fazia querer parar qualquer coisa que eu estivesse fazendo. — Não precisa machucá-lo por mim. Já entendi o recado.

Eu me endireitei, tirando o pé do garoto. Diandra tinha esse efeito em mim, o poder de me fazer parar no meio de uma batalha. Ela podia ter me pedido para destruir o mundo, e eu faria, mas também podia me acalmar com apenas uma palavra.

Assim que o garoto saiu correndo, Diandra se aproximou de mim, entrelaçando seus dedos nos meus. Meu coração sempre disparava quando ela fazia isso. Era tão ridículo, mas era real. Eu estava completamente, irrevogavelmente presa a ela.

— Você sabe que não precisa me proteger tanto, certo? — ela sussurrou, com aquele brilho travesso nos olhos.

— Eu sei — respondi, com um sorriso torto. — Mas eu quero. Eu vou fazer qualquer coisa por você.

Ela riu suavemente e se inclinou para me beijar, e eu senti como se o mundo inteiro desaparecesse. Diandra tinha esse jeito de me fazer esquecer tudo. Tudo que importava era ela. Eu estava acostumada a lutar, mas com Diandra, eu era quem estava sempre rendida. Eu era dela, e só dela.

E qualquer um que ousasse mexer com ela, bom, melhor pensar duas vezes. Porque a única coisa que pode parar uma filha de Ares apaixonada... é o próprio amor dela.

— Minha deusa — eu murmurei entre os beijos, com a voz rouca de tanta devoção. E Diandra apenas sorriu contra meus lábios, como se soubesse que era verdade.







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