𝐏𝐚𝐫𝐢𝐬 𝐆𝐞𝐥𝐥𝐞𝐫

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Eu nunca fui fã de festas

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Eu nunca fui fã de festas. Não por timidez, pelo contrário, mas porque, honestamente, a maioria das pessoas em uma sala lotada de corpos suados e mentes vazias sempre me deu uma dor de cabeça. Yale era uma nova chance, uma nova fase — ou pelo menos era o que eu tentava convencer a mim mesma. Eu estava na festa porque supostamente deveria "me socializar", tentar me encaixar, fazer contatos. O problema? Ninguém nessa festa tinha algo remotamente interessante para me oferecer além de conversa fiada e conselhos inúteis.

Depois de ouvir um garoto tentar me explicar como economia é “mais importante do que medicina” — como se ele soubesse algo sobre salvar vidas — eu não aguentava mais. Eu precisava de ar.

Saí para o lado de fora, o ar fresco da noite me atingindo, e por um breve momento, me senti quase... aliviada. Eu sabia que festas assim seriam inevitáveis, mas isso não as tornava menos insuportáveis. A única coisa que me consolava era a ideia de que isso fazia parte do processo para dominar o mundo.

Foi quando eu a vi.

Lucy.

De todas as pessoas para encontrar aqui, claro que tinha que ser ela. Eu me encolhi, me escondendo atrás de um arbusto idiota, como se eu estivesse em algum tipo de sitcom ridícula. Uma parte de mim sabia que isso era patético, mas a outra parte... bem, aquela parte não queria ser vista. Não queria lidar com o que quer que fosse aquilo que eu estava sentindo.

Ela não estava sozinha.

Havia uma garota com ela. Uma garota bonita, sorridente... e completamente irrelevante. Eu sabia o que estava prestes a acontecer antes mesmo de ver. Mas, mesmo assim, meus olhos se fixaram neles como se eu não tivesse escolha. Lucy olhou para a garota de uma forma que... eu já conhecia. Era o mesmo olhar que ela me dava antes. Antes de eu estragar tudo. Antes de eu ser eu mesma.

E então, elas se beijaram.

E o mundo parou por um segundo. Ou talvez tenha sido só o meu mundo que parou, porque, racionalmente, eu sabia que isso era inevitável. Eu terminei com ela, não o contrário. Eu fui a covarde que fugiu quando as coisas ficaram sérias demais, intensas demais. Fiquei com medo — e isso não é algo que eu admito, mas ali, naquele momento, não havia como negar.

Eu respirei fundo, tentando ignorar o aperto no meu peito, aquele aperto ridículo e sem sentido. Não faz diferença, Paris. Isso já era esperado. Você seguiu em frente, ela seguiu em frente. É assim que funciona. Pessoas normais fazem isso o tempo todo. Eu deveria estar focada na minha carreira, nos meus planos, nas coisas que importam. Romance é distração. Sentimentos são fraqueza.

Mas, por algum motivo, assistir aquilo doeu mais do que eu poderia prever.

Eu dei um passo para trás, pronta para voltar para dentro. Porque, claro, eu não sou o tipo de pessoa que fica parada lamentando suas decisões. Eu sou Paris Geller. Eu sigo em frente, com ou sem dor, com ou sem... ela.

Certo?

Certo?

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