𝐂𝐥𝐚𝐫𝐢𝐬𝐬𝐞 𝐋𝐚 𝐑𝐮𝐞

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Eu estava em uma missão de rotina — pelo menos era o que me disseram

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Eu estava em uma missão de rotina — pelo menos era o que me disseram. Uma pequena tarefa para uma filha de Ares, algo para manter as habilidades afiadas. Mas, sinceramente, desde que voltei da última missão, estava sentindo falta de uma boa luta. Então, quando me falaram que um gigante estava causando problemas na floresta, fiquei animada. Finalmente, algo para quebrar a monotonia.

Segui as coordenadas até chegar em uma clareira. Lá estava ele, um gigante grotesco, segurando algo em suas mãos enormes. Não, não algo — uma garota. Ela se contorcia e lutava, tentando se soltar, mas não estava gritando. Fiquei surpresa por ela não estar apavorada como a maioria das pessoas ficaria.

Parei e cruzei os braços, observando. A garota chutava e socava, e o gigante balançava o braço como se fosse uma mera inconveniência. Com um suspiro, peguei minha lança. Eu sabia o que tinha que fazer, mas... não pude evitar a sensação estranha que tomou conta de mim. Aquele tipo de determinação, aquela falta de medo. Ela não era como as outras.

— Ei! — gritei, me aproximando. O gigante virou a cabeça lentamente, e seus olhos brilhavam de maldade. Mas eu não estava falando com ele. — Você quer ajuda?

A garota parou de se contorcer por um segundo e olhou para mim. Ela era bonita, isso era inegável. Tinha aquele brilho nos olhos de quem já viu o inferno, mas não estava prestes a desistir. Ela abriu um sorriso, algo entre o desdém e a curiosidade.

— Não, obrigada — respondeu, como se eu tivesse acabado de oferecer um chiclete e não uma oportunidade de salvar sua vida.

Levantei uma sobrancelha, meio surpresa, meio impressionada com a audácia dela. Quem ela pensava que era?

— Sério? Você não é por acaso uma garota indefesa?

Ela me olhou de cima a baixo, como se estivesse avaliando se valia a pena responder. E, claro, respondeu.

— Sou uma garota... estou indefesa... mas eu saio dessa. Tenha um bom dia.

Fiquei ali, processando o que ela disse, enquanto o gigante voltava a sacudir o braço, e ela, com uma destreza incrível, conseguiu dar uma cotovelada no nariz dele. Ele rugiu de dor, e eu apenas observei. A audácia daquela garota. A coragem. A completa falta de medo dela. Eu... gostei disso.

Com um sorriso de canto de boca, apertei a lança em minha mão.

— Audaciosa. Gostei de você. — murmurei para mim mesma antes de me preparar para derrubar o gigante. Porque, claro, ela podia ter tudo isso, mas eu ainda era a filha de Ares. E nenhum gigante iria me roubar o prazer de uma boa briga.

E talvez, só talvez, essa garota valesse a pena conhecer.

Derrubei o gigante com um golpe preciso. Ele desabou, balançando o chão, e a garota  saltou graciosamente da mão dele antes que ele caísse de vez. Observei-a por um momento, ainda tentando entender como alguém com tanto atrevimento havia parado naquela situação.

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