𝐀𝐦𝐛𝐞𝐫 𝐟𝐫𝐞𝐞𝐦𝐚𝐧

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Eu sabia desde o início que enganar o Richie seria fácil

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Eu sabia desde o início que enganar o Richie seria fácil. Ele era só mais uma peça em nosso plano, mas, como toda peça, tinha seu valor até o momento certo de ser descartado. Abby e eu estávamos nisso há meses, planejando cada detalhe. Desde o dia em que descobrimos nossa conexão – não só pelo ódio que sentíamos, mas pelo amor doentio que crescia entre nós – sabíamos que estávamos destinadas a algo maior.

Abby era... perfeita. Tão letal quanto eu, mas com uma fachada de inocência que enganava qualquer um. Talvez fosse o jeito dela, uma garota que parecia doce, quase ingênua, mas que no fundo era tão calculista quanto eu. Filha de Stu Macher. Era o sangue que corria nas veias dela que fez tudo isso possível. Eu não podia ter pedido uma parceira melhor. E eu amava cada pedaço dela, cada sorriso que ela lançava quando fazíamos nossas jogadas.

Richie? Ele era só um idiota manipulável, apaixonado pela Amber que eu mostrava pra ele. Ah, ele achava que tinha tudo sob controle. Pensava que eu era só uma garota apaixonada, disposta a seguir com o plano dele de vingança. Ele não sabia de nada. Nunca soube. E eu o deixei acreditar nisso, o deixei pensar que ele estava no comando, enquanto Abby e eu estávamos sempre um passo à frente.

Naquela noite, tudo estava pronto. Eu e Abby já havíamos discutido cada detalhe. A forma como Richie seria o único a ser exposto. Ele achava que seríamos um time, que nós três sairíamos como os grandes vilões dessa história. Mas a verdade é que Abby e eu tínhamos planos diferentes. Não queríamos ser pegas. Não queríamos ser lembradas como as assassinas. Queríamos ser as sobreviventes. As vítimas.

Quando a confusão começou, o sorriso no rosto de Abby me fez sentir aquela adrenalina. Era o nosso momento. Enquanto Richie se empolgava, acreditando que tudo estava saindo como o planejado, Abby e eu apenas assistíamos de camarote. Ele vestiu a máscara, pegou a faca, e foi na direção das vítimas que achava que precisava eliminar. Mas o que ele não sabia era que a verdadeira armadilha estava para ele.

O caos foi insuportavelmente perfeito. Cada grito, cada olhar de horror... Era como uma sinfonia, e eu, junto com Abby, éramos as compositoras. Estávamos no meio da tempestade, mas intocáveis. Sobreviventes, as vítimas traumatizadas. Ninguém jamais desconfiaria. Nem mesmo Sam, com todo aquele drama de sangue Carpenter, podia ver além da superfície.

Eu me aproximei dela depois do ataque, o rosto ainda mascarado com uma mistura de pavor e alívio. E, claro, um toque de atuação bem calculada. "Você está bem?" Perguntei, deixando minha voz trêmula, como se eu estivesse prestes a desabar.

Ela assentiu, mal conseguindo encontrar palavras. Sam estava quebrada, e eu saboreava cada momento, por mais que me contivesse.

Abby, ao meu lado, estava impecável. Ela sempre foi boa nisso – aquele sorriso falso de menina inocente que não faria mal a uma mosca. Mas eu sabia que dentro dela, o sangue fervia tanto quanto o meu. E naquela noite, enquanto todos estavam em estado de choque, nos afastamos discretamente, o peso de nossa vitória pairando entre nós.

"Conseguimos", Abby sussurrou quando estávamos sozinhas na garagem, longe de todos os olhares. Seu sorriso era um reflexo do meu: malicioso, satisfeito.

Eu a agarrei pela cintura, puxando-a para mim, o coração ainda batendo forte com a adrenalina. "Eles nunca vão saber", sussurrei, meus lábios quase tocando os dela. "Nunca vão desconfiar."

Ela riu baixinho, um som doce que só eu conhecia tão bem. "Claro que não. Somos perfeitas nisso. Richie era só uma marionete, e agora ele está fora do caminho."

Olhei para ela, admirando como sua mente trabalhava, sempre um passo à frente. Abby era tudo que eu precisava. Maluca, perigosa, mas leal. Eu sabia que ela faria qualquer coisa por mim. Assim como eu faria por ela.

Eu a puxei para mais perto, sentindo a tensão entre nós explodir. Nossos corpos quase colados, o som distante da sirene cortando o silêncio. Abby estava tão perto que eu podia sentir seu coração bater rápido, quase como o meu. Mas a adrenalina não vinha do medo, vinha da excitação de termos vencido, de estarmos no controle.

"Amber," ela sussurrou, sua voz baixa, carregada de promessas. "Ninguém vai nos parar."

Nossos olhos se encontraram, e naquele momento, tudo parecia se alinhar. Eu a amava de um jeito que ninguém jamais entenderia, um jeito que só Abby e eu poderíamos compartilhar. Nós éramos perfeitas uma para a outra – não porque fôssemos loucas, mas porque víamos o mundo da mesma forma: uma teia de mentiras que podíamos manipular.

E quando eu a beijei, foi diferente de todas as outras vezes. Não era só paixão ou desejo; era uma fusão de tudo o que passamos juntas, de cada plano que traçamos, de cada vez que enganamos todos ao nosso redor. Nossos lábios se tocaram com uma intensidade que eu nunca havia sentido antes. Não havia mais máscaras entre nós, apenas pura conexão, algo que Richie nunca teria entendido.

O beijo foi profundo, quente, e carregado com a promessa de que aquilo era só o começo. Suas mãos deslizaram para a minha nuca, puxando-me ainda mais, como se quisesse me fundir a ela, e eu retribuí, apertando sua cintura com força, fazendo nossos corpos se alinharem. Naquele instante, éramos invencíveis. Não havia nada além de nós duas, e a certeza de que tínhamos o mundo na palma das nossas mãos.

Quando nos separamos, Abby me olhou com aquele sorriso familiar, aquele brilho sombrio que só eu conhecia. "Nós vencemos, Amber. Eles nunca vão descobrir."

Eu sorri de volta, o gosto do nosso beijo ainda nos meus lábios. "Nunca. E se tentarem... bem, sabemos o que fazer."

Ela riu baixinho, aquela risada que só fazia meu coração acelerar mais. "Estamos sempre dois passos à frente."

Eu sabia que ela tinha razão. Richie estava fora do jogo, e nós éramos as sobreviventes perfeitas, as heroínas que enganaram a todos. E o melhor de tudo? Estávamos juntas nisso, até o fim.

"Abby," murmurei, acariciando o rosto dela com os dedos. "Isso é só o começo."

Ela assentiu, aquele brilho predatório em seus olhos. "Sempre será."

E assim, de mãos dadas e sorrisos no rosto, saímos da garagem, prontas para enfrentar o caos lá fora. Porque o mundo podia achar que éramos as vítimas . Mas nós? Nós éramos as predadoras.








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